quarta-feira, 25 de março de 2015

"O melhor vídeo anti fumo do mundo": Não faça pra você o que não deseja para seu filho




O vídeo acima Criança fumando, descobri visitando o portal Awebic e trata-se mesmo de talvez "o melhor vídeo anti fumo do mundo", produzido pela agência de publicidade Ogilvy, da Tailândia para a organização Thai Health, mas que causa um efeito impressionante nos fumantes abordados.
A ação é simples: "Um casal de crianças anda pelas ruas de Bangkok com um cigarro na mão, pedindo fogo para as pessoas que elas encontravam fumando".
O mais irônico de tudo é que a totalidade das pessoas abordadas, confrontadas pela inusitada atitude das crianças, recusa a acender o cigarro e reconhece os efeitos prejudiciais à saúde, relatando os males do fumo, tentando impedir que o jovem casal se inicie naquele danoso vício.
Ao final da abordagem, depois de ouvirem a "lição de moral" e os discursos sobre o malefício do fumo, feito pelos adultos, as crianças entregam um pequeno bilhete e se afastam. No papel apenas uma pergunta: "Por que você fuma?"
Uma ação anti fumo que promoveu de imediato uma mudança de hábito naqueles que foram abordados, desacomodando muitos deles e que após aquela campanha passaram a fazer contato com instituições de combate ao fumo para se tratar.
Um vídeo genial - entre tantos produzidos na Tailândia -, que tanto como peça publicitária como campanha de saúde pública, comove, desacomoda e faz refletir para o fato de que a criança ainda possui uma lógica concreta, amparada em ação e reação, que os adultos, com o tempo vão perdendo, inclusive a autoavaliação e a autocrítica; pois todos sabem que o fumo faz mal à saúde, mas poucos combate esse vício, procuram ajuda, salvo quando confrontados por ações como esta, simples e eficientes.
A lógica infanto-juvenil está presente na família, na escola e na sociedade, confrontando as ações dos adultos que muitas vezes pedem: "Faça o que eu digo, mas não façam o que eu faço". Muitos professores precisam se autoavaliar, autocriticar seus exemplos negativos que dão aos filhos e alunos, para poder avaliar a estes de forma adequada. O professor fuma mas não permite que alunos, sejam maiores de idade, na sua aula; proíbem o uso de fone celular, mas atendem o seu em sala de aula, mandam e recebem mensagens. Exigem uniforme, mas não usam o seu. E por ai vai. É a pedagogia do espelho, que se reflete nas próprias ações e nas reações conflitantes que podem decorrer disso tudo.
Enfim, dessa "concordância discordante" (do saber do mal que faz aos outros e continuar fazendo mal a si mesmo), presente neste pequeno vídeo é que são alimentados muitos conflitos cotidianos na família, na escola e na sociedade entre crianças, jovens e adultos. E saber se autocriticar antes de efetuar uma crítica é essencial para estabelecer um bom relacionamento com o seu grupo.
Parafraseando Mahatma Gandhi: "Seja a mudaça que desejamos para o mundo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário