quarta-feira, 29 de abril de 2015

Paredes que se movem: O futuro dos apartamentos e da educação?




O vídeo acima Pop Up Apartment: an interactive flexible house + ready prototype (Pop Up Apartamento Pop Up: Uma casa flexível interativa + protótipo pronto), descobri via Twitter da amiga Elenara Stein Leitão, arquiteta de Porto Alegre, RS, Brasil e editora do ótimo blog Arquitetando Ideias.
A expressão "Pop Up", lembra aqueles livros de abrir e montar que crianças e jovens adoram. Como um jogo Lego em 3D e tamanho gigante.
No caso do vídeo em questão, trata-se, conforme destaca Elenara, de:

"Apartamentos conceituais onde os espaços vão sendo usados de acordo com as conveniências é a proposta desse projeto da equipe de design Hyperbody de TU Delft, na Holanda.
A ideia básica é de um espaço único de 50 m2 que possa se mover de acordo com as necessidades.
Mover? Como assim? Através de um motor que fica sob o piso e que faz com que as paredes se movimentem e criem o espaço que se precisa. Tudo está em constante mudança, paredes, móveis, pessoas, vida...e tudo controlado por aplicativos de smartphones".


Imaginem só, espaços móveis de interatividade, não apenas na sala de casa, mas na sala de aula, em que painéis pudessem sem deslocados de lá pra cá e de cá pra lá, promovendo a mesma portabilidade e mobilidade que os equipamentos eletrônciso sem fio permitem aos jovens.
Realmente, algo muito hightec, ainda mais quando nem conseguimos imginar como será a própria tecnologia do futuro, diante dos cada vez maiores avanços tecnológicos que deixam o que era moderno hoje, ultrapassado em questão de poucos meses. O notebook nem bem foi incorporado ao ambiente escolar e já veio o tablet, logo virão outras novidades tecnológicas, requerendo cada vez mais avanços também metodológicos, na questão do tempo e espaço educacionais.
Mas é também uma genial ideia, de levar em conta um pequeno espaço, promovendo as múltiplas possibilidades de uso, respeitando a luminosidade do dia, em que são distribuídas certas divisórias, como a da noite, da mesma forma, o meio ligado ao ambiente que se deseja, adaptando-o à necesidade de cada momento. Algo para instigar, não apenas arquitetos de construções de moradias, mas aos "arquitetos" de construções do conhecimento, nas escolas. Como um jogo de montar uma aula, conforme a necessidade daquela disciplina e/ou conteúdo programático.
Esse apartamento do futuro é um protótipo, movido por motores e aplicativo, requerendo uma experimentação. A sala de aula do futuro, os motores de sua utilização devem ser os professores e alunos, e os aplicativos que movem estes, muitos estão aí disponíveis, bastando uma pesquisa e imaginação de como usá-los no cotidiano escolar. São inúmeras as possiblidades, sejam na questão da inclusão digital, seja na mobilidade de fazer uma sala de aula, qualquer lugar: uma saída de campo em torno da escola, numa biblioteca pública, num parque etc
Há que se pensar a questão da mobilidade humana, seja do mobiliário, que permita usos variados, racionalizando inclusive pequenos espaços. Pensar a mobilidade do próprio tempo e espaço escolares, através de outras formas de interação em sala de aula, dentro da escola e fora dela... A criatividade poderia ser incentivada, nas interações entre professores e alunos, pensando formas conjuntas de utilização desses tempos e espaços de convívio social, educacional e tecnológico.
Não sabemos sequer como será a internet do futuro, mas esperamos que a escola mude um pouco seu espaço, para que não continue a reproduzir seu padrão de fundação, lá no século XIX, e ainda arquitetonicamente tão fiel ao tradicional, ao formal, sem a devida mobilidade e portabilidade que as tecnologias eletrônicas já permitem aos alunos, fora das austeras salas de aula.
Mais que um exercício de iamginação, o vídeo acima nos permite pensar conceitos como portabilidadem, mobilidade, modernidade, tecnologia, metodologia, tempo, espaço, interatividade, convergência etc.
Como escreveu Elenara Stein Leitão em seu blog: "Um arquiteto tenta projetar espaços com razão e sensibilidade. Tenta transformar sonhos de vida em paredes e cores, luzes e nuances que se tornarão realizáveis com o passar das horas de um dia. Um arquiteto tenta conceber aquilo que se antevê apenas em sonhos".
O educador, seja pai ou professor, precisa ter essa concepção de intervenção, na "arquitetura" do tempo e espaço de seus filhos e alunos, antevendo o futuro, e projetando neles sonhos possíveis de realização, a partir de seu experi~encia de vida, sensibilidade e dinâmica de grupo.

Posteriormente à publicação desta postagem, encontrei outro vídeo que dialoga om a ideia de mobilidade do espaço, no vídeo abaixo, que ecncontrei no portal eCycle, com a proposta de eco design ou um "Design inteligente faz [que] espaço minúsculo ser multifuncional" e que remete a ideia também de um design educacional. Se o design instrucional é um conceito de tornar mais acessível o espaço virtual, esse design educacional, deveria ser formas de tornar o espaço físico em algo mais dinâmico, agradável, motivador e instigante. Veja que interessante ideia de tornar um espaço único em um ambiente múltiplo (sala de visitas, cozinha e quarto de dormir) com um simples uso de divisórias móveis e móveis embutidos:

ALL I OWN HOUSE by PKMN Architectures from PKMN [pac-man] on Vimeo.


O vídeo acima, encontra-se no portal Vimeo, intitulado de All I Own House (Tudo o que tenho casa) que, conforme o portal eCycle, a ideia é do "estúdio PKMN Architectures, da Espanha, [que] bolou um espaço interno de uma casa com cômodos ajustáveis. A organização lembra muito a de certas bibliotecas, em que uma estante precisa ser empurrada para liberar espaço. No projeto, as estantes foram feitas com madeira leve e colocadas sobre trilhos. Dessa forma, o mesmo espaço pode servir para receber visitas, dormir em uma confortável cama ou cozinhar".
Algumas escolas utilizam a sala de vídeos, o teatro, a própria biblioteca como esse espaço de múltiplas interações e adaptações.

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