quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Crianças fazendo coisas de adultos (e a precoce e falsa maturidade)



O vídeo acima Crianças fazendo coisas de adultos, foi indicação via Facebook do colega e amigo Alexsandro Oliveira, advogado e educador de Rio Grande, RS, Brasil. Trata-se de campanha promovida por Nuestro México del Futuro, movimento social, apartidário e inclusivo, que, conforme dados no site, é "sin precedente a escala nacional que ha convocado a todos los mexicanos a expresar su visión sobre el México en el que les gustaría vivir. Este movimiento construido por los mexicanos ha logrado recabar millones de visiones, mismas que fueron recopiladas en el libro Nuestro México del Futuro, el único libro escrito por millones de mexicanos que buscan cambiar el rumbo del país y que fué entregado a los candidatos a la presidencia 2012".
Um vídeo que nos força a pensar na exposição nociva que as crianças sofrem mundo afora, pois a realidade mexicana não é tão diversa da brasileira, sul-americana, africana, asiática... Crianças são usadas como escudos ou soldados precoces em milhares de guerras; são usadas como "aviõezinhos", "laranjas" e outros termos pelo tráfico de drogas, pela exploração sexual, tráfico de órgãos e outras desumanidades praticadas por adultos.
Crianças estão expostas diariamente a um bombardeio de estímulos consumistas, sexistas, apelativos - seja em telenovelas, videogames, videoclipes, desenhos animados etc -, como se estivessem no front de uma guerra, só que econômica. Os pais e/ou responsáveis, quando estas crianças os têm, são em sua maioria omissos ou despreocupados, sem o devido acompanhamentos... São permissivos ou tratam os filhos como adultos em miniatura, acelerando esta falsa maturidade, como se os filhos fossem personagens de videogame, onde se pode ultrapassar fases, através da utilização de "passwords".
Crianças são expostas diariamente a canções e vídeos com letras e imagens sensuais, sem a devida classificação por idade... Os produtos, de cadernos a roupas, usam e abusam de imagens de desenhos e filmes para vender produtos acima da média do mercado, estimulando o consumismo... Evidentemente que os pais não são onipresentes, precisam trabalhar, mas quando estiverem com seus filhos precisam dialogar, saber o que fazem, o que gostam, com quem andam, conversar com seus professores, com os vizinhos etc.
Como sempre o Educa Tube destaca: Não se pode gostar de coisas diversas se só é oferecido ao grande público e às crianças, em especial, apenas um tipo de produto, de programação... Como cobaias em um labirinto com um único caminho, só pode-se com o tempo colher os frutos daquilo que se plantou. E nisso, a grande Mídia é responsável pelos valores (ou falta de...) que impõe às crianças e jovens, filhos de pais omissos ou ausentes, mesmo de corpo presente. Depois não adianta combater apenas as consequências - querendo diminuir a maioridade penal e outras atitudes drásticas -, se não se combate as causas que levam à violência, insegurança, descontrole social. Daqui a pouco, seguindo este caminho, diminuindo maioridade, até bebês serão criminalizados, caso não se combata as causas e fiquemos apenas discutindo e tentando combater as consequências... As crianças são vítimas, mesmo quando fazem coisas de adultos e não adultos em miniatura que precisam ser duramente penalizados...
Antes de criticar a criança, sempre lembro que ela é o reflexo nítido de seus pais e/ou responsáveis... E que entendo os filhos quando conheço os pais... Muitos pais querem que o filho realize os seus sonhos, sejam esportivos, profissionais etc e, muitas vezes, não medem esforços e forçam demais às crianças sem sequer perceber o quanto sua atitude poderá prejudicar a formação do próprio filho, não dando espaço para a criança se divertir, forçando essa precoce maturidade...
Como educadores - sejamos pais e/ou professores -, precisamos sempre estar atentando a estas interferências externas, fazendo o contraponto e, acima de tudo, impondo desde cedo limites e valores e, mais que tudo, tratando criança como criança, deixando a criança viver a magia da primeira infância, ingressando calmamente na adolescência... Respeitar estas fases, valorizando a precocidade dos jovem, mas sem apressar estas instâncias de aprendizagem é a melhor forma de ter um adulto realizado socialmente.
Para ampliar este debate, o Educa Tube indica nos links abaixo, documentários e vídeos que tratam desta temática:

CRIANÇA - A ALMA DO NEGÓCIO

SOMENTE PARA CRIANÇAS: Anúncio com mensagem antiabuso "secreta" que "só crianças" conseguem ver

CRIANÇAS TERCEIRIZADAS: entrevista com o Dr. José Martins Filho

NINGUÉM NUNCA NOS DEUS O DIREITO... (música e educação)

CRIANÇA VÊ, CRIANÇA FAZ...

OS MONSTROS DE MINHA CASA - documentário sobre a violência contra a criança

MUDAR O MUNDO (filme educativo)

UM DIÁLOGO SOBRE INFÂNCIA, ÉTICA E AMOR - Humberto Maturana e Ximena Davila (educação e sociedade)

MUSEU DA INFÂNCIA - SITE EDUCACIONAL

INOCÊNCIA INFANTIL E A MAGIA DAS DESCOBERTAS (encantador vídeo para reflexão educacional)

TODAS AS CRIANÇAS NASCEM GÊNIOS, MAS SÃO ESMAGADAS PELA PRÓPRIA SOCIEDADE - Michio Kaku

CRIANÇAS INVISÍVEIS: documentário

A INVENÇÃO DA INFÂNCIA

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Para cada pessoa, um tipo de educação (individualizar a educação e pluralizar as formas de educar), por Howard Gardner



O vídeo acima Para cada pessoa, um tipo de educação , trata-se de fragmento de palestra ao Fronteiras do Pensamento 2009, de Howard Gardner, psicólogo norte-americano e teórico das inteligências múltiplas, que explica sobre duas implicações educativas (individualizar a educação e pluralizar as formas de educar).
Um vídeo de apenas 3 minutos mas que promove boas reflexões sobre educação, e que descobri visitando o ótimo blog Acontece na Educação Brasileira, do educador Roberto Prado, de São Paulo, SP, Brasil.
Howard desenvolveu a teoria das múltiplas inteligências e passados mais de três décadas, cada vez mais, ao meu ver, ela é atual, pois diversos projetos que tenho conhecido e divulgado no Educa Tube falam disso, da interação entre crianças e jovens de diversas idades, ensinando e aprendendo uns com os outros, de forma plural, respeitando o tempo de aprendizagem de cada um.
A Educação necessita de uma reorganização, reestruturação de tempos e espaços escolares, que levem em conta justamente estes dois princípios trazidos por Garner: individualizar a educação, com turmas menores, que possibilitem ao educador conhecer e interagir de forma individual e ao mesmo tempo, utilizando-se de diversas formas plurais de educar inter e multidisciplinar, usando a informática, a arte, a cultura, o meio ambiente de forma transversal...
Não há a necessidade da criação, por exemplo, de uma disciplina de informática, mas ela deveria perpassar a todas as demais, assim como a arte, a cultura e o meio ambiente, entre outros temas que encontram pleno eco no alunado, se bem utilizados, de forma educativa e criativa.
Individualizar a educação é justamente evitar a padronização do ensino, daquilo que vem, tipo "pacote feito" de cima para baixo, mas respeitando o tempo e espaço de cada aluno, turma, escola, conhecendo primeiro o particular para depois pensar estratégias mais universais... E acima de tudo, pluralizar o ensino é priorizar as várias formas de contar uma mesma história, de passar um mesmo conteúdo educacional e não repetir várias vezes a mesma "receita de bolo"...
Enfim, um breve vídeo que permite diversas discussões no ambiente escolar e além dele...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O que a maioria das escolas não ensina aos bilionários que você conhece (programando o futuro)



O vídeo acima, O que a maioria das escolas não ensina aos bilionários que você conhece, foi indicação via Facebook de Elisabete Pereira da Silva, educadora de Viamão, RS, Brasil, editora do blog Aprendendo Linux.
Um vídeo que valoriza a criatividade e o conhecimento, através da programação para computador e que serve também para reflexões sobre estratégias educacionais, aproveitando este rico potencial de crianças e jovens.
Na apresentação do vídeo no You Tube, traz uma citação de Bill Gates: "Aprender a escrever códigos amplia sua mente, fazendo com que você raciocine melhor, criando uma forma diferente de pensar, o que será extremamente útil em todos os desafios da sua vida." E durante o vídeo, o cantor e compositor Will.I.Am destaca que "Grandes programadores são as estrelas do rock da atualidade".
Decodificar é mesmo um aparente mistério, que logo é descoberto, muitas vezes, entre jovens, de forma autodidata. Como a animação demonstra: "Programar é basicamente explicar para um computador o que você quer que ele faça, é criar do zero, mas ao mesmo tempo, aproveitando todo conhecimento humano".
Sempre digo que gênio mesmo era o "homem das cavernas", que inventou o fogo, a roda, as armas, as ferramentas, depois a agricultura e tudo mais... Antes dele, muito pouco ou quase nada existia... Hoje, tudo ficou mais fácil... Somos todos copiadores... Entretanto, muito das ferramentas que revolucionaram o modo de vida atual, foram criadas por jovens com 20 ou menos anos de idade (You Tube, Google, Twitter, Facebook, computador pessoal, alguns sistemas operacionais, videogames etc).
Todo educador deveria saber utilizar este rico potencial do jovem, do seu aluno, em benefício próprio, da turma e da sociedade... Mas para isso, requer o desenvolvimento de um novo "código educacional", que possibilite a interação professor e alunos, priorizando a autonomia, a resolução de problemas, a iniciativa, o trabalho coletivo, a autoria, a parceria dentro e fora da sala de aula etc.
Como consta no vídeo: "O único limite é a sua própria imaginação". E não há magia maior do que poder criar algo novo, juntos... Socializando acertos e erros, avaliando experiências proveitosas, reavaliando atividades que não obtiveram o resultado esperado...
Grandes empresas, sabedoras deste potencial, têm oferecido a estes jovens condições de trabalho e de estudo, que as escolas, por questões de infraestrutura, administrativas, políticas e outras mais, não podem disponibilizar... E estas empresas começam pela própria questão espaço-tempo, flexibilizando-os, dinamizando-os, reformulando-os para incentivar o trabalho em grupo em ambientes acolhedores, que permitem pausas para descanso, para diversão (jogando games, praticando esportes, lendo, ouvindo música etc), algo, às vezes, impensável no ambiente escolar tradicional, que não permite o aluno usa bonés, andar de skate, dançar, ouvir música etc. Somente pela observação desses novos "códigos de vida" que a atual geração utiliza é possível propor nossas estratégias de interação e programação, não apenas de computadores, como de currículos escolares...
De fato, "o que a maioria das escolas não ensina aos futuros bilionários" devesse, muitas vezes, ao desconhecimento desse outro "código social" desta geração. Evidentemente que não é preciso ser gênio para fazer uma programação! Mas igualmente é (ou deveria ser) público e notório que incentivas as pessoas a fazerem o que gostam, a lerem bastante e serem criativos, valorizaria muito mais o conhecimento individual, proporcionando avanços significativos à própria sociedade...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Criança Palestrando para Adultos e mostrando a Importância de Aprender a Programar - TED



O vídeo acima Criança Palestrando para Adultos e mostrando a Importância de Aprender a Programar, trata-se de palestra ao TED, do menino Thomas Suarez, que demonstra de forma divertida e simples "a importância de crianças e adolescentes aprenderem a programar contando um pouco de sua experiência".
Thomas inicia dizendo que, ao aprender de forma autodidata, "abriu um mundo inteiro de possibilidades para mim..."
Em seguida, conta que primeiro brincou com as possibilidades do aplicativo para desenvolvimento de outros aplicativos para iphone, e depois passou a criar...
O criar e o brincar - e por que não o estudar? - deveriam andar de mãos juntas, na família, escola e sociedade, pensa o Educa Tube e a escola precisa privilegiar estas possibilidades...
Ainda relatando suas descobertas, o menino diz que fez testes, criando o Earth Fortune, aplicativo que mostra a distribuição de riquezas no mundo, de acordo com cores... E ai, ele convenceu os pais a pagarem 99 dólares para subir seu aplicativo para AppStore... Toda criança se espelha em um adulto, e Thomas não foge à regra ao confessar que se inspirou em Steve Jobs, e fundou um Clube de Programação na escola, sendo patrocinado por um de seus professores. Depois, o menino passou a compartilhar seu conhecimento com seus colegas, sendo ao mesmo tempo aluno e professor, passando a criar aplicativos e vendê-los, revertendo os lucros para ONGs locais... Consciência tecnológica, educacional e social.
Hoje, segundo ele, os alunos sabem um pouco mais sobre tecnologia do que seus professores... (Riso geral na plateia, e uma realidade que precisa ser mudada, pois os professores podem aprender sim, com seus alunos, e ensinar suas experiências de vida aos mais jovens, e dessas trocas, estabelecer-se um conhecimento mútuo).
Ao final deste interessante, divertido e reflexivo vídeo, uma informação:
Para crianças e adolescentes aprenderem a programar no Brasil, acessem http://SuperGeeks.com.br

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A vida que você escolheu # your life (Só existe um tipo de deficiência: a atitude negativa)



O vídeo acima A vida que você escolheu # your life, com texto, direção e fotografia de Renato Cabral e locução de Leandro Sosi, foi indicação via Facebook do colega e amigo Alexsandro Oliveira, advogado e educador de Rio Grande, RS, Brasil.
Trata-se de vídeo motivacional, destacando a vida e a superação de limites de pessoas com alguma deficiência. Porém, mais que isso, apresenta o esporte como a metáfora da vida, demonstrando as contradições entre o viver e o sobreviver, entre o sentido da vida e a vida sem sentido... A vida deveria ser vivida como um livro em aberto, em que somos mais que personagens e narradores, mas os próprios autores do viver... A vida deveria ser vivida também como um imenso jogo em que a cada dia precisamos ultrapassar fases, superar desafios e os próprios limites físicos, emocionais, sociais etc.
Abaixo, o Educa Tube destaca algumas partes do texto de Renato Cabral que promovem profundas reflexões sobre educação infantil, educação especial, cidadania, sociedade, inclusão e educação em sentido amplo, geral e irrestrito. Mostra que todos podemos aprender algo novo e ensinar coisas antigas, que todos podemos superar limites, seja na vida, no trabalho, na escola etc:

"Só existe um tipo de deficiência: a atitude negativa. Quanta vida pode haver numa vida só? Você vive apenas quando abre os olhos e respira? Ou quando não perde aquela chance? Vive quando larga tudo e começa uma nova ideia, quando consegue começar de novo... Mais importante que a vontade de chegar é a vontade de partir...Você vive quando um se torna dois e vocês viram três e ficam cheio de uma vida totalmente nova... Vivemos quando redescobrimos o amor, o amor próprio, o amor ao próximo... tem gente que espera pela vida e tem gente que vive correndo atrás dela..."

Abaixo, apresentação do referido vídeo, no You Tube:

"Acredito que cada um quando nasce ganha uma lâmpada mágica e, lá dentro, três milagres geniais: um passado para ser lembrado, um corpo pra viver o presente e sonhos para criar um futuro. Alguns, durante essa jornada, se lembram de retribuir essa graça com algo além de gratidão, um presente de volta, um bem para o universo. Este filme é o meu jeito de dizer obrigado. Este é o presente que deixo ao mundo pela vida que ganhei e pela que escolhi viver".

Vejam outros belos vídeos de Renato Cabral, em seu canal de vídeos no Vimeo, link abaixo:

O RUMINANTE - VIMEO

domingo, 20 de outubro de 2013

Som de Melodias e o fio condutor da interdisciplinaridade e da intertextualidade (música, cinema e educação)



O belíssimo videoclipe acima Sound of Melodies (Som de Melodias), da banda Leeland, descobri, graças a indicações de algumas bandas de rock, feitas via Twitter pelo amigo Paulo Henrique, de Natal, RN, Brasil.
Ao assistir duas, três, diversas vezes este belíssimo clipe, cuja letra e banda têm enfoques aparentemente religiosos, pensei em utilizá-los em sua universalidade, ou seja, de forma intertextual e interdisiplinar, por conta da força de suas imagens e mensagens...
O vídeo, produzido em 2006, possui uma narrativa cinematográfica, isto é, para mim parece um curta-metragem em forma de vídeo musical, pois tem o fio condutor, literalmente, na imagem de três personagens (um idoso, uma mulher adulta e um menino) que seguem um cabo de som até o seu surpreendente final...
As primeiras imagens mostram coisas do passado, como relógios de ponteiros, tipo despertador, telefone com discador, retratos antigos e amarelados, até se fixar na imagem de um idoso solitário, tomando uma sopa, que percebe uma caixa de som e segue o fio, o cabo, quem sabe, procurando sua fonte de alimentação... O que será que nos conecta uns aos outros? Qual a fonte de alimentação de nossos sonhos?
Em seguida, o idoso encontra noutro cômodo, um menino, igualmente solitário, jogando videogame diante de um televisor e este o acompanha naquela mágica e misteriosa viagem, e diante de uma porta, vão os dois sair no camarim de uma atriz, também sozinha. Então, os três seguem pelos corredores de um prédio, até chegar ao palco ou estúdio onde a banda Leeland esta em plena performance. Os três (o menino, a mulher e o velho) seguem por uma porta lateral, capitaneados pelo mais experiente deles, o idoso, evidentemente... E na última cena, a imagem símbolo de todo o fio condutor do clipe: o cabo termina e ele não esta conectado a nada, a não ser à própria natureza, à vida, enquanto a imagem da câmera se dirige ao céu e The End.
A letra original do clipe, link abaixo, é notadamente de confissão religiosa (em que o som de melodias promove revelações), mas a interpretação que o Educa Tube dá a este belo, criativo e motivador vídeo é de foco artístico, cultural e, acima de tudo, educacional.
O Educa Tube pensa no fio (cabo de som) como o condutor da trama e o idoso (que pode ser um professor, um pai, avô), a pessoa que possui um conhecimento de vida, como o condutor dos mais jovens, pelos caminhos mágicos e misteriosos do saber, do ensino e da aprendizagem. O idoso é aquele que já passou por aqueles caminhos, mas mesmo assim ainda conserva em si aquele sentido de aprendiz. E vejam que curioso: no início do clipe é o idoso que puxa o fio, mas ao final, invertem-se as posições e num efeito escada, o menino vai na frente, seguido pela moça e o velho. O professor inicia o processo, mas depois delega aos mais jovens a condução do caminho do saber... E neste sentido o fio e o condutor de um processo de aprendizagem deveriam incorporar ao fazer pedagógico conceitos e práticas vinculadas à intertextualidade e à interdisciplinaridade, como a música (banda Leeland), o jogo (o menino diante do videogame), a arte (a atriz diante do espelho) e o professor (pela sua formação, competência e papel social ou alguém notadamente experiente em algum tema, que possa contribuir com a escola, com a educação).
Mas sempre lembrando que tudo isso só tem sentido, se o fio condutor de todos esses saberes tenha uma proposta de vincular diversas atividades dentro de um conteúdo educacional, do contrário, usar jogos, clipes, danças sem este fio condutor intertextual e interdisciplinar, será mais recreação e não atividade escolar... Ai fio terá outro enredo, ou enredará seu condutor...
Um videoclipe para se pensar na verdadeira conexão e fonte de alimentação, tanto de projetos de vida como de trabalho, que é a própria vida lá fora, o entorno social, fonte geradora de todo o conhecimento universal. Atividades desconectadas de sua comunidade, raramente têm continuidade...
E o professor talvez seja esse aglutinador, já na origem do próprio nome: Professor, professar. Aquele que professa (reconhece, confessa) uma crença em algo e alguém... A educação pode salvar alguém? Ela por si só é um caminho, mas não poderá resolver todos os problemas do mundo. A educação tem salvação? Se o caminho e fio condutor dela forem a colaboração entre professores e alunos, e a cooperação entre educadores e à comunidade, fonte de alimentação mútua, ai, sim, talvez, possamos pensar a educação e a sociedade noutro plano maior...
Abaixo, link para a tradução da letra da canção Som de melodias:

SOUND OF MELODIES - LEELAND (Tradução)

sábado, 19 de outubro de 2013

Acontece na Educação Brasileira: Educação, Tecnologia e ConectaMundo por Roberto Prado



O vídeo acima Entrevista: Educação, Tecnologia e ConectaMundo, com Roberto Prado, educador de São Paulo, SP, Brasil, editor do blog Acontece na Educação Brasileira, descobri via Twitter.
Trata-se de trechos da entrevista para o site Conecta Mundo, em que o educador fala de tecnologia aplicada em sala de aula e mais especificamente sobre a ferramenta "Conecta Mundo".
Conforme apresentação do e no próprio site: "Conecta Mundo é uma rede de aprendizagem colaborativa que combina recursos de interação social e ferramentas pedagógicas em apoio à educação, incentivando o uso de novas tecnologias de comunicação por alunos e professores de modo contextualizado com projetos e temas que integram o currículo escolar.
Seu sistema é baseado na internet e pode ser usado presencialmente, em atividades dentro das escolas, ou remotamente, para realização de tarefas e troca de mensagens e recados sobre assuntos de interesse, estimulando um maior envolvimento dos estudantes no processo de aprendizagem.
Assim como nas redes sociais, cada usuário do Conecta Mundo tem um perfil pessoal, a partir do qual se relaciona com colegas de turma, amigos e professores, com instrumentos especiais de segurança e monitoramento que previnem práticas de comunicação ofensiva e impedem o uso anônimo da rede.
Tal como os portais e sistemas de educação, ele oferece diversas ferramentas e conteúdos que auxiliam o professor a incrementar seu programa de curso, com o uso de objetos de aprendizagem, fóruns de discussão, blogs, edição de textos colaborativos, enquetes, repositório de mídias e jogos educativos exclusivos"
.
O Educa Tube recomenda o blog de Roberto Prado, link abaixo, por conta do ótimo material (vídeos, textos etc) para reflexão:

ACONTECE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Educação não é o mesmo que escolaridade, por Steven Davies



O vídeo acima Education in not the same as schooling (Educação não é o mesmo que escolaridade), foi-me indicado via e-mail pelo professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
Trata-se de animação e fala do professor Steven Davies, do Institute of Economic Affair e do Institute For Humane Studies, que "afirma que as escolas não são adequadas para educar e não são a única opção para pensar a educação". Através de animações, traz um contexto histórico da escola, desde sua origem até os dias de hoje. E de fato, "Educação não é o mesmo que escolaridade", e pode-se aprender dentro e fora da escola, seja com apoio de um educador, que pode ser um pai ou um professor, ou de forma autodidata. Educação e ensino convergem mas não são sinônimos e cada qual tem suas peculiaridades.
Atualmente, parece que boa parte dos ais tem se desobrigado do ato de educar, delegando aos professores, não apenas o ensino, mas também a educação primordial, que inicia na família, através de valores e limites que são depois melhor trabalhados na escola e, por fim, na sociedade. Assistimos muitas vezes incidentes graves envolvendo crianças e jovens e, quando se descobre os motivos, normalmente são pela ausência de limites e valores...
Educar não é o mesmo que ensinar, pois educador somos todos nós... E cada um tem seu papel social, seja pai ou professor...
Se a escola moderna é uma invenção; cabe à escola do futuro reinventar-se...
Ativem as legendas, na opção CC (closed caption), ou então pelo link abaixo:

Education is not the same as schooling

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Livro: compartilhe essa ideia (cinema, literatura e educação)



O vídeo acima O Livro, de Gustavo Horn (produzido em parceria com Jacaré Banguela), foi indicação, via Facebook de Josias Pereira, educador de Pelotas, RS, Brasil.
Trata-se de um belo, criativo e original curta-metragem, com interessantes efeitos de animação, e que serve para discutir o valor do livro e da literatura.
Um dia, um jovem entediado recebe um curioso presente de algum desconhecido ao ouvir alguém bater à porta de seu apartamento. No chão, depositado estava um livro de capa vermelha. Ao abrir, o rapaz literalmente se teletransporta para um reino de magia e passa a ser um personagem daquela trama. A cada leitura, o moço vai mudando de ares e de temperamento. Ao finalizar a história, já é outra pessoa e, solidário - não mais tão solitário -, compartilha aquele "livro mágico", deixando-o na porta do vizinho...
Eis o papel da literatura - ainda que não seja de autoajuda - transformar a vida do leitor, por meio da arte, proporcionando-lhe uma experiência de imersão em outro mundo, em uma recriação da realidade. Literatura é arte e quem compartilha um livro, está disseminando múltiplos saberes...
Como sempre digo: "O livro ainda é uma das maiores tecnologias inventada, pois além de não necessidade de recarga nem energia, a não ser do leito para virar uma página após a outra, ele nos proporciona emoção superior ao cinema e a qualquer televisão 3D, pois nos permite exercitar a imaginação, criando cenários, personagens, figurinos a partir de nossa leitura de mundo. O livro é como uma pequena máquina do tempo que nos teletransporta para reinos distantes, universos paralelos, locais inimagináveis e, quando retornamos de lá, voltamos como seres mais evoluídos, por conta das descobertas e das aprendizagens..."
Incentivar a leitura de um livro para crianças e jovens é tão importante para sua formação, como distribuir equipamentos eletrônicos, com a diferença justamente que celulares, tablets, notebooks etc já vem com jogos e recursos prontos, bastando apenas apertar botões. Porém, o livro é esta pequena máquina do tempo (em mídia impressa ou digital) que incentiva a criatividade, o conhecimento e a imaginação.
Assistam outros vídeos desta talentoso cineasta, chamado Gustavo Horn, em seu canal no You Tube, link abaixo:

CANAL DE VÍDEOS DO GUSTAVO HORN

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Matemática Humanista, por Carlos Eduardo Mathias Motta (música e educação)



O vídeo acima, Matemática Humanista, descobri por acaso no You Tude, através de vídeos correlatos e trata-se de uma fala do educador Carlos Eduardo Mathias Motta, feita ao TED, (Tecnologia, Entretenimento, Design - fundação privada sem fins lucrativos dos Estados Unidos1 mais conhecida por suas conferências na Europa, Ásia e Estados Unidos destinadas à disseminação de ideias. Segundo as palavras da própria organização, "ideias que merecem ser disseminadas".2 Suas apresentações são limitadas a dezoito minutos, e os vídeos são amplamente divulgados na Internet.)
O professor Mathias, de forma tranquila, divertida e comovente, demonstra como utiliza-se da música para ensinar matemática, usando de sons e ritmos, inclusive com alunos cegos, em um projeto, que contou com o toque (batida) no corpo para que os deficientes visuais pudessem compreender sua forma peculiar de ensinar.
Como o Educa Tube sempre destaca: "Há uma matemática nas letras e orações e uma gramática nos números e equações". Agora, precisa ampliar estes versos, incorporando a noção de que há um ritmo unindo Música e Matemática. E se pensarmos a música como uma linguagem universal, que todos compreendem sua sonoridade e mensagem, mesmo que não se entenda o idioma cantado, a música, como qualquer outra manifestação artística e cultural, poderá ser uma grande aliada do educador.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Flutuando em minha mente: animação que usa balões como metáfora para relacionamentos



O vídeo acima, Floating in my mind (Flutuando em minha mente), foi indicação via Facebook da colega e amiga Elis Zampieri, educadora de Curitibanos, SC, Brasil e editora do blog Sobre Educação.
Trata-se de uma belíssima animação de Hélene Leroux que, conforme portal Brainstorm 9: "usa balões como metáfora para relacionamentos (...)" e "é um filme sobre as pessoas que conhecemos e as memórias que cultivamos".
Como bem destaca Brainstorm 9: "Se ao ler as palavras 'balões' e 'relacionamentos' no título acima, você já pensou em Up: Altas Aventuras, tenha um pouco de paciência. De certa maneira, o filme da Disney/Pixar é apenas uma influência na animação criada por Hélène Leroux como projeto de conclusão de curso na Gobelins School, em Paris."
De fato, um vídeo motivador e comovedor, que nos faz refletir sobre a importância que cada pessoa que fez ou faz parte de nossa vida representa nesta trajetória, e mais ainda, a delicadeza da mensagem, quando o idoso, viúvo, começa a perder estas memórias através da imagem dos balões esvaziando, explodindo...
A arte imita a vida, e nesta bela animação, nos promove diversas possibilidades de uso na educação e na sociedade, seja em atividades com alunos, professores, pais e comunidade. Afinal, a vida é como um balão - tão delicada e frágil - e merece ser cultivada com esta consciência de sua efemeridade... Assim também é a amizade - como um balão -, mas os verdadeiros amigos resistem e residem dentro e fora de nós... Um rico material para valorização educacional e social...

domingo, 13 de outubro de 2013

Leia para uma criança: isso muda o mundo (Campanha 2013 de distribuição de livros gratuitamente)



O vídeo acima, Leia para uma criança # Isso muda o mundo, trata-se, como o próprio nome indica, de campanha de instituição bancária para valorização do ato de leitura, através da distribuição gratuita de diversos exemplares de livros de literatura infantil, bastando cadastro prévio no portal (link abaixo), indicando endereço para onde deverão ser enviados, via correio, os referidos livros.


ITAÚ CRIANÇA - LEIA PARA UMA CRIANÇA # ISSO MUDA O MUNDO - 2013

CADASTRO PARA ENVIO DOS EXEMPLARES GRATUITAMENTE - PEÇA A SUA COLEÇÃO

Conforme apresentação do portal: "Ler para uma criança é um gesto simples e muito importante. Por meio dele, contribuímos para a educação, a cultura e o lazer das crianças e ajudamos a mudar para melhor o futuro do Brasil."
Alguns dados, extraídos do portal:

Histórias podem mudar a história de uma criança.
Crianças que ouvem a leitura de histórias e poesias aprendem melhor, desenvolvem sua percepção do mundo, a capacidade de se expressar e se comunicar com os outros.

Ler para uma criança contribui para a garantia de seus direitos.
Quando um adulto lê para uma criança, oferece a ela o acesso à cultura, ao lazer e à educação. Além disso, a leitura aproxima o adulto e a criança, transmite-lhe acolhimento e segurança, fortalecendo seu vínculo afetivo.

As crianças de hoje educarão outras crianças amanhã.
São 16 milhões de crianças e adolescentes de 0 a 5 anos que definirão o futuro do país daqui a 30 anos. Por isso, são importantes os modelos em que se espelham na infância: adultos que se importam com elas, que lhes transmitem valores, que contribuem para sua educação.

O Educa Tube socialize esta e qualquer campanha de incentivo ao hábito da leitura, desde a mais tenra idade, pois ler realmente muda o mundo do leitor, independente de sua idade. Mas se iniciado na infância, há a chance desta criança se tornar um bom leitor de mundo, e ajudar a mudar o seu, primeiro, e depois o dos outros. :-)))

sábado, 12 de outubro de 2013

Ninguém nunca nos deu o direito... (música e educação)



O belíssimo videoclipe acima No One Ever Gave Us The Right (Ninguém nunca nos deu o direito), da banda Marble Sounds (Sons de mármore), descobri por acaso no You Tube e considero uma pequena obra-prima, uma poesia visual, uma história curta, para discutir a questão do imaginário infanto-juvenil e a importância dos educadores (sejam pais ou professores) de participarem desta fabulação, como o faz a mãe da menina, neste vídeo, que também, ao final, consegue enxergar o amigo imaginário da filha...
O professor, para cativar o aluno, precisa atravessar a fronteira que separa o seu mundo do da criança e/ou jovem, resgatando dentro de si, o próprio imaginário, que pode ser um grande aporte teórico e prático, para estabelecer estratégias de comunicação e interação com o alunado, numa verdadeira viagem no tempo, entre passado, presente e futuro da própria Educação.
O título do videoclipe já diz tudo: "Ninguém nunca nos deu o direito"... É preciso dar direito à criança de ser de fato criança e não adulto em miniatura... Não cobrar de filhos posturas que sua maturidade ainda não comporta... Não tentar que os filhos sejam o nosso reflexo, no sentido de criar expectativas para suprir o que deixamos de ser ou fazer, quando éramos crianças...
Um clipe para refletir e discutir a questão da infância, na família, escola e sociedade.
Vejam também da mesma banda, o belo videoclipe e animação Sky High (Eleve ao céu), logo abaixo, que igualmente surpreendente, traz em si a discussão do micro e macrocosmos em que vivemos; dos pequenos universos que cada criança e adulto carregam dentro de si:



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dumbo - Trabalhando as diferenças com as crianças



A imagem acima, do belo vídeo Dumbo - Trabalhando as diferenças com as crianças (link abaixo)foi indicação via Facebook do colega e amigo Alexsandro Oliveira, advogado e educador de Rio Grande, RS, Brasil.
Um ótimo vídeo para comemorar o Dia das Crianças e refletir sobre questões como preconceito, discriminação, bullying, intreação, inclusão e superação no ambiente escolar e na sociedade.

Material que foi utilizado em Estágio Regular com alunos da 2ª série do ensino fundamental da Escola Unicentro, do Paraná, trabalho apresentado na disciplina de Psicologia Escolar e Problemas de Aprendizagem, do 3º Ano de Psicologia Integral.

Dumbo - Trabalhando as diferenças com as crianças

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Imagine Uma Menina Com Cabelos de Brasil: diversidade e universalidade no ambiente escolar e na sociedade



O vídeo acima Imagine Uma Menina Com Cabelos de Brasil foi indicação via Facebook da colega e amiga Suely Aymone, educadora de Uruguaiana, RS, Brasil e editora do blog Ufa! Bloguei!.
Trata-se de uma bela e divertida animação de Alexandre Bersot, ótima para trabalhar valores como nacionalidade, identidade cultural, diversidade, universalidade, valendo-se das canções Imagine, de John Lennon e de Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss, fazendo uma paródia à famosa cena do filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, quando a escova manual jogada ao céu demonstra a evolução para a chapinha elétrica.
Uma bela intertextualidade entre diversos gêneros, valendo-se de cinema, música, cultura, política, geografia, história etc.
O cabelo é literalmente o fio condutor da história destas meninas que estudam numa mesma escola e são marcadas pela forma de seu penteado, que lembra a geografia de seu país. Criativa e original a forma de abordar as características que uma pessoa carrega consigo de seu país e que não pode modificar facilmente. É possível, com este material, debater sobre diversidade e universalidade dentro e fora da escola.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um pequeno gesto que poderá fazer uma grande diferença: Campanha sobre o Cinto de Segurança



O vídeo acima sobre Campanha para Uso do Cinto de Segurança, descobri no Facebook e é um material de curta-metragem para uma profunda reflexão sobre justamente o valor de pequenos gestos no presente que poderão fazer uma grande diferença no futuro. E isto, não apenas na questão da segurança no trânsito, mas no cotidiano em geral.
Como demonstra a apresentação do vídeo no You Tube: "Colocar o cinto de segurança é um gesto muito simples. Use-o sempre, inclusive no banco de trás".
Pequenos gestos dos educadores (sejam pais ou professores), feitos com atenção, cuidado, carinho, podem ser saudáveis lições para o futuro da criança, e fazerem a grande diferença em sua personalidade, identidade e vida, já que os mais novos e aprendizes se espelham nos gestos dos mais velhos e experientes...
Pequenos vídeos (curtas-metragens, videoclipes, animações, slides, propagandas, cenas de filmes, etc), quando usados dentro de uma proposta escolar, que alie arte, cultura, conteúdo programático e sociedade, podem fazer a grande diferença na formação do aluno, sensibilizando-o para questões locais e universais; e motivando-o para projetos em co-autoria com seus colegas e com o próprio professor.
O Educa Tube tem percebido, tanto na teoria como em sua prática educacional, estas grandes possibilidades através de pequenos e breves audiovisuais que promovem grandes debates, projetos e atividades. Sempre lembrando que grandes ideias partem de atividades simples, mas que por si só proporcionem a sua continuidade. De nada adianta mega projetos que não têm sustentabilidade. Pequenas ações, feitas com cuidado e atenção, são passíveis de perenidade, seja na escola como na sociedade.

domingo, 6 de outubro de 2013

Batemos em professor: reflexão do filósofo Paulo Ghiraldelli



O vídeo acima Batemos em professor, foi indicação via Facebook da colega e amiga Ivanise Meyer, educadora do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e editora do blog Baú de Ideias.
Trata-se de reflexão do filósofo Paulo Ghiraldelli que faz também um desabafo sobre a realidade da escola pública, dos professores e dos governos, principalmente em função das greves de professores no Brasil e a reação, muitas vezes violenta dos governos.
Deixemos de lado o "politicamente correto", e coloquemos mesmo os "pingos nos is"...
Por bater no professor, não precisamos levar "ao pé da letra" tal expressão. Não é preciso fazer como o policial militar, vulgo "Tiago Tiroteio", do Rio de Janeiro, RJ, que publicou em seu perfil do Facebook a foto de um cacetete quebrado com a legenda "Foi mal, fessor", fato que causou repúdio e indignação nas redes sociais (vejam link desta notícia, ao final desta postagem).
Bater em professor é também não dar a devida valorização, que não é apenas remuneração salarial, requer capacitação continuada, plano de carreira digno, estrutura escolar adequada aos desafios do século XXI, além de apoio político e social.
É curioso ver que recentemente o país teve uma série de manifestações de rua, da sociedade pedindo mudanças no comportamento dos políticos, fato este deflagrado pelo preço dos transportes coletivos, mas esta mesma sociedade não reconhece que os professores estão nas ruas - em função de greves por valorização profissional e melhoria na educação de todos -, já fazem décadas. Mas o paradoxal nisto tudo é que a mesma população que se indigna com os políticos, não se solidariza com a luta histórica dos professores. Quiçá, por ser a escola um local que antes depositavam as esperanças no futuro de seus filhos, e hoje em dia, apenas depositam seus filhos lá, para poderem trabalhar... Escola não pode ser sinônimo de creche ou depósito de filhos dos outros... Assim como biblioteca não pode ser considerada depósito de livros. Escola e biblioteca precisam ser locais de descobertas. E para isso, há que se valorizar uma e outra, começando pelo papel social de ambos (professores e livros) em uma sociedade mais justa.
Muitos são os casos de professores que têm apanhado ou sofrido graves ameaças, não apenas de alunos, mas de seus pais, que se omitem e depois agem em defesa do agressor... A escola é cobrada pela sociedade de ter que resolver os problemas que ela não causou. Não é a escola que está em crise, é a sociedade! A escola apenas replica, em menor escala, a falência ética e moral da sociedade, cada vez mais consumista e individualista. Não é a escola que elege os políticos que vão definir metas, diretrizes, projetos de governo... A escola não tem autonomia financeira nem política para definir seus rumos...
Como sempre afirmei e repito, neste blog: "Para mim, educação é um ato universal, de diálogo, e está acima de fronteiras digitais ou reais, e de divisões administrativas (federal, estadual, municipal). Educar é dialogar. Minha bandeira é a da luta constante pela educação de qualidade e da justiça social, que só se pode obter uma através da outra. O resto é retórica, de querer justificar o injustificável, de defender o indefensável".

PM exibe cassetete quebrado, diz 'foi mal, fessor' e causa repúdio na web

Vejam, abaixo, a ótima resposta da professora Telma Castro Silva ao PM (clique duas vezes na imagem para ver melhor):



sábado, 5 de outubro de 2013

Empatia: Restabelecendo conceitos de humanidade e dignidade



O vídeo acima Restabelecendo conceitos: Empatia, repostagem do original, em francês Définition de l'Empathie, foi indicação via e-mail do professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
Trata-se de um belo material para reflexão e crítica sobre conceitos, não apenas de empatia, simpatia e antipatia, como de humanidade e dignidade, ou como a própria apresentação do vídeo indica: "Aquilo que os humanos perderam. A empatia afirma: Eu sinto muito. Mas vai mais além: quero e vou te ajudar. Para além do especismo e de toda forma de ignorância e discriminação. Todos somos UM. Todos somos 269. ♥ Nós, como muito espécie, temos muito o que (re)aprender."
Para se ter empatia há que se entender o outro e se colocar no lugar dele, e pensando nisso, reforço a questão pedagógica e social de a escola promover esta empatia entre professor e aluno, encontrando sim, como demonstra o vídeo, "pontos em comum entre as diferenças", pois professor e aluno são de gerações distintas, de mundos diversos, falam línguas diferentes e veem o mundo cada um da sua forma.
Empatia é um belíssimo material, produzido com curiosas cenas entre animais de espécies diferentes, que por instinto, deveriam se enfrentar e que fazem justamente o contrário, remetendo ao paradoxal comportamento agressivo de certas pessoas, tanto na vida real (no trânsito, na escola, no cotidiano) ou nas redes sociais, povoadas por sentimentos e expressões de intolerância política, esportiva e religiosa, entre outras, de demonstrações explícitas ou subentendidas de racismo, preconceito e discriminação.
Há que se promover no ambiente escolar e na sociedade esta aprendizagem mútua. Algo que me remete ao eterno conflito entre povos, como árabes e judeus, entre outros, que fora daquele contexto beligerante, se dão bem, principalmente na multicultura brasileira, mas que instigados por governos e interesses políticos, econômicos etc, acabam temendo um ao outro, desde o início dos tempos...
Se a simpatia acontece sem mesmo conhecermos profundamente alguém, já a empatia se manifesta no ato de conviver e tentar entender o outro, de se colocar no lugar deste outro...
Conforme apresentação do vídeo original francês: "Empatia (ἐν grega antiga, em, dentro e πάθoς, sofrimento, como se sente) é um conceito complexo que denota o mecanismo pelo qual um indivíduo pode compreender os sentimentos e emoções de outra pessoa ou em um sentido mais geral, os seus estados mentais não-emocionais como crenças (refere mais especificamente empatia cognitiva). No estudo das relações interpessoais, há simpatia empatia, compaixão ou contágio emocional. (A noção de empatia não se envolve na idéia de compartilhar os mesmos sentimentos e emoções, ou uma determinada posição frente a frente o último)".

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A Morte do Cisne em Street dance (o clássico e o popular)



O vídeo acima, intitulado Não julgue pelas aparências e se emocione, descobri por acaso no You Tube, quando assistia um vídeo correlato e trata-se de apresentação do jovem John Lennon da Silva em um programa de TV, destes tipos de buscam talentos e, apesar de todo um trabalho que é feito nos bastidores, de seleção de candidatos, é uma ótima oportunidade para refletir sobre a arte e a cultura na educação, à medida que a dança é um rico potencial a ser explorado no ambiente escolar, seja em projetos de aprendizagem ou em atividades interdisciplinares.
No vídeo em questão, o talento de John Lennon da Silva une o clássico do balé A Morte do Cisne (curto bailado a solo, baseado no 13º andamento, "O Cisne", da suíte O Carnaval dos Animais, que o compositor francês Camille Saint-Saëns compôs em 1886) com o popular, dos movimentos de Street dance (Dança de rua), que também exige muita coordenação, versatilidade e agilidade do dançarino. A apresentação criativa e original do jovem emociona mesmo. Mais ainda, se, como educadores (sejamos pais ou professores), pararmos para pensar que temos em casa ou na sala de aula, talentos natos como John, seja para a dança, a música, o esporte, a literatura, a pintura etc etc etc.
Vejam outra apresentação dele, gravada no aniversário de 15 anos do Pavilhão D pela BolhaSet Produções, no dia 10 de dezembro de 2010.



Para complementar esta postagem, indico abaixo o clássico The dying swan (Morte do Cisne), apresentação solo interpretada pela bailarina Luiza Del Rio, da Escola Bolshoi.