Projeto Ondas: Alunos da rede estadual melhoram rendimento escolar com surfe

O vídeo acima, Projeto Ondas: Alunos da rede estadual melhoram rendimento escolar com surfe, descobri por acaso, mas é um ótimo projeto educacional e social, criado pelo bicampeão brasileiro de surfe, Jojó Olivença. Projeto criado há 5 anos atrás e que procura integrar adolescentes à sociedade, possui três linhas de atuação: surfe cultura, surfe educação e surfe qualificação profissional.
Ótima a metáfora utilizada por Jojó: “Nosso objetivo não é formar bons surfistas, mas bons cidadãos. Pessoas que entendam que a vida é um oceano, com vários tipos de ondas”.
Conforme dados obtidos na web (link AQUI): "Três vezes por semana, cerca de 20 alunos vão à praia da Enseada, localizada no Guarujá, [SP, Brasil] com suas devidas pranchas, para praticar surfe. Nesse grupo, está a estudante da E.E. Paulo Clemente Santini, Thaina Aparecida Vieira, que fica emocionada ao lembrar a importância do projeto em sua vida. “Essa foi uma oportunidade única. Aprendi a acreditar em mim e descobri que posso realizar meus sonhos”, conta emocionada.
Além de praticar surf, a iniciativa, que já beneficiou mais de 500 estudantes, aborda assuntos como meio ambiente, música, cultura, educação e qualificação profissional. “Usamos o esporte como ferramenta de educação e inclusão social. Oferecemos palestras e reforçamos a importância da participação dos pais”, diz.
Para Wilma Aparecida, mãe de quatro alunos que fazem parte do projeto e estudam na rede estadual [São Paulo], o Projeto Ondas foi o respaldo que precisava para ajudar na criação dos filhos. “Desde o momento em que começaram a participar, eles se empenharam mais na escola e passaram a ter uma mentalidade completamente diferente”, revela Wilma.
Uma ótima iniciativa que o Educa Tube socializa aos seus seguidores, pois educar é um ato universal (além fronteiras0, que deve ocorrer além da sala de aula e do ambiente convencional, procurando unir esporte, artes e cultura, como forma de promover o diálogo intertextual e inter e multidisciplinar com os alunos. E quando é oferecido ao aluno alguma atividade que replica o mundo em que vivem ou que lhes dá oportunidade de desenvolver alguma habilidade, o retorno para a educação é garantido.

A Montanha, por Terje Sorgjerd (vídeo mostra em sequência acelerada a beleza da terra e do céu)

The Mountain from TSO Photography on Vimeo.

O belíssimo vídeo acima A Montanha, trata-se de filme feito com a técnica de "time-lapse" (sequência acelerada de imagens), e foi obtida pelo fotógrafo Terje Sorgjerd, do alto de El Teide - a montanha mais alta da Espanha (3715 metros) -, mostrando as belezas da terra e do céu, principalmente a Via Láctea.
Uma sequência de imagens ao som da igualmente bela canção instrumental ao piano "Nuvole Bianche" (Nuvens Brancas), de Ludovico Einaudi (videoclipe ao final desta postagem), do álbum Una Mattina.
Parafraseando Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra que possa supor a nossa vã filosofia" e diria também nossa tecnologia, apesar da riqueza de imagens, que só um poeta fotográfico, como Terje, pode nos mostrar...

Humildade, por Carl Sagan: um pequeno vídeo e uma grande lição

O vídeo acima, Humildade, produzido pelo cientista Carl Sagan, mais que um vídeo sobre ciência ou motivação, trata-se de uma boa oportunidade de refletir sobre a questão do conhecimento, dos conceitos, pré conceitos, preconceitos, intolerância, discriminação a partir de suposições que com o passar do tempo são substituídas por outras e assim por diante até a eternidade.
Humildade é um pequeno vídeo e uma grande lição de vida e de educação.
Na história do Universo e até de nosso planeta, nós, os seres humanos somos visitantes recém chegados, querendo determinar uns aos outros o que deve ser considerado certo e errado, falso e verdadeiro... Conceitos e atitudes generalizantes, ou binárias (sim ou não, positivo ou negativo, bom ou mal) em nada contribuem para a vida em sociedade.
Há que se valorizar o que de fato tem valor, reconhecer o erro, recomendar o respeito, incentivar a dedicação e estabelecer a convivência social entre os desiguais como meta de vida. Praticar a humildade além de prosas e versos, mas no cotidiano social.
Abaixo, ótimo documentário biografia (1999) de Carl Sagan, Uma Estrela no Cosmos (Legendado em Português, do Brasil - basta ativar as legendas do You Tube, no CC:



Quem foi criança ou jovem nas décadas de 1970, 1980 sabe o quanto deve a Sagan muitos de seus sonhos, pois a imaginação e a dedicação de Carl moldou através da ciência e da arte, toda uma geração. E o editor do Educa Tube é um destes que se considera afilhado desse brilhante e humilde pesquisador das estrelas e professor de toda uma geração.

O Sol como é visto pelas lentes dos telescópios da Terra

O belíssimo e espetacular vídeo acima, descobri por acaso, e demonstra como o Sol é observado pelas lentes dos mais diferentes e poderosos telescópios aqui da Terra.
Algo que o olho humano é incapaz de perceber e que impressiona pela beleza das imagens e contrastes do projeto Nasa Heliophysics, que apresentam as diversas observações dos telescópios, como se um mágico leque.

Ser Pai: Propaganda que trata de valores universais

O belo vídeo acima Ser Pai, foi indicação da colega e amiga Elis Zampieri, educadora de Curitibanos, SC, Brasil e editora do blog Sobre Educação. Não se trata de divulgar produto (refrigerante) - até pelo fato de que este espaço virtual é apenas um blog educacional, sem fins lucrativos -, mas de reconhecer nesta propaganda (independente do produto que mostre) um material para refletir sobre valores e o papel social dos pais, e que se utilizada num contexto escolar, favorece pensar a própria questão do ato de educar, que é universal, pois todos aprendem e ensinam uns com os outros, e não função apenas dos professores.
O Educa Tube não se cansa de destacar que são os pais os primeiros educadores que uma criança tem, justamente pois eles é que ensinam a caminhar, falar, ver o mundo ao redor; e os filhos crescem espelhados no que observam no movimento, ações e omissões de seus pais e/ou responsáveis.
Todavia, os pais também aprendem com os filhos, pelo menos os verdadeiros pais, a serem mais tolerantes, pacientes, descobrindo junto com as crianças as belezas das coisas e gentes nos pequenos gestos da vida. Com uma criança para criar, os pais voltam aos tempos de infância e deixam de vez (ou deveriam) de serem apenas filhos...

O Menino que não queria nascer (Projeto Prioridade Absoluta: Criança em primeiro lugar)

O belíssimo e inspirador filme acima, O Menino que não queria nascer, com direção de Estela Renner, trata-se de vídeo integrante do Projeto Prioridade Absoluta: Criança em primeiro lugar, uma iniciativa sem fins lucrativos do Instituto Alana, e que o Educa Tube socializa a todos os educadores, sejam pais e/ou professores, pois a criança é ou deveria ser a prioridade absoluta de todos.
Um vídeo que, além de trazer dados históricos da defesa dos direitos da criança, nos promove a reflexão para a prioridade absoluta que deveria se ter na escola e na sociedade.
Conforme indica o portal do Instituto Alana: "Prioridade Absoluta, um conceito presente somente no artigo 227 e que é ferramenta fundamental para garantia dos direitos da infância".
Pode até ser paradoxal, irônico e contraditório dizer que nem sempre na família, na escola e na sociedade, a criança - o chamado futuro da nação -, por conta de pais "adolescêntricos" (que ainda são filhos e não se sentem pais); professores e gestores escolares despreparados e/ou desatualizados, e gestores públicos desconectados com a comunidade; esta criança não é prioridade absoluta nas casas, nas salas de aula, nas ruas e em tudo mais...
Toda vez que um pai, um professor, um gestor nega às crianças o direito de ser criança, de aprender com o erro, de conviver num espaço que respeite a sua identidade e dignidade, todos "estes que estão ai, atravancando o meu caminho...", como escreveu o poeta Mario Quintana, todos estes estão impedindo, não apenas de uma criança nascer, crescer e sobreviver, mas de o sonho destas viver, justamente por falta de prioridade absoluta de ver na criança de hoje o futuro da sociedade. Mas, parafraseando novamente o poeta: "eles passarão, eu passarinho".
Por sinal, o termo "adolescêntrico", conheci graças a uma amiga, na rede social, e considero todos aqueles adultos que, mesmo sendo pais, ainda não amadureceram, vivendo como se o mundo girasse em torno do próprio umbigo. "Adolescêntricos", pois ainda que nascidos e vividos, se recusam a crescer... Pessoas, que muitas vezes são também educadores e professores, mas que não têm na criança e no aluno sua prioridade absoluta, nem têm a consciência que são o que chamo de "A pedagogia do exemplo", sendo o espelho e reflexo, positivo ou negativo de suas ações e omissões nos filhos e alunos...
O Educa Tube divulga e apoia todas as iniciativas que tenham prioridade absoluta na educação e na sociedade, como é o caso deste e doutros vídeos e projetos do Instituto Alana, que como este blog educacional, não possui fins lucrativos.
Para conhecer mais deste projeto, basta, primeiro assistir ao vídeo logo abaixo e depois, clicar nos link's ao final desta postagem:



PROJETO PRIORIDADE ABSOLUTA; CRIANÇA EM PRIMEIRO LUGAR - INSTITUTO ALANA

Visitem também os links abaixo:

Por que dar prioridade absoluta às crianças?

Ser criança

O Urso e a Lebre: Em algum lugar que só nós conhecemos (anúncio de Natal)

O belo vídeo acima, O Urso e a Lebre, foi indicação via Facebook da amiga Flavia Braun, médica e poeta de Porto Alegre, RS, Brasil e trata-se de anúncio natalino de TV (versão 2013), de loja de departamentos em que a Lebre que dar a seu melhor amigo, o Urso, um presente inesquecível de Natal, já que ele sempre hiberna nesta época e é o único animal que não consegue celebrar esta data com os demais amigos. Mas este ano a Lebre teve uma ideia genial, veja no final...
Um belo comercial que usa um estilo único que combina animação tradicional, animação desenhada à mão em 2D, e quadro e modelo em 3D. A história tem fundo musical da canção "Somewhere Only We Know" (Em algum lugar que só nós conhecemos), da banda Keane (videoclipe legendado, abaixo), com cover realizada por Lily Allen.
Um ótimo material para tratar com crianças e jovens sobre amizade, solidariedade, companheirismo, parceria etc.
E não esqueçam de refletir sobre o presente que a Lebre deu a seu amigo Urso. :-))

A Lista de Sonhos de um menino de 4 anos (Campanha Água é Vida)

O vídeo acima, A Lista de Sonhos de um menino de 4 anos, descobri no You Tube e trata-se de campanha "Water is Life"(Água é Vida), para coletar doações para salvar vidas de crianças como o pequeno Nkaitole, da vila de Amboseli, Quênia, que sonha um dia ser um guerreiro Maasai, mas que por enquanto toma conta de animais.
Segundo apresentação do vídeo: "Existe 1 chance em 5 de que Nkaitole não atinja os 5 anos de idade por causa do consumo de água imprópria. Então a 'Water is Life' o ajudou a realizar sua lista de sonhos". Como nunca saiu de sua aldeia, realizou primeiro sonho de viajar pelo Quênia, fazendo coisas que sempre quis. Viajou de barco; apostou corrida com um velocista; pilotou kart; voou como pássaro em um avião; jogou futebol no estádio nacional; viu o mar pela primeira vez; recebeu massagem, teve aula de patins no gelo; recebeu seu primeiro beijo; voou de balão a gás. Entre sonhos simples e outros mais complexos, assim é o imaginário infantil...
Muitas crianças não tem condições de ser crianças, de brincar, de conhecer coisas que desejam, muitas sequer ultrapassam o "País da Infância", por conta de coisas tão simples e ao mesmo tempo complexas, como o de ter água potável para beber...
Como educadores, sejamos pais ou professores, precisamos ter a sensibilidade de ouvir nosso filhos/alunos e ver sua lista de sonhos, enquanto estes ainda têm a capacidade de sonhar... Um mundo sem sonhadores é um lugar sem esperanças... E todo adulto é uma criança que já teve sonhos, alguns realizados, outros não, que tenta compensar em seus filhos...
Toda vez que passo por uma rua e vejo alguém desperdiçando água, lavando carro de mangueira, quando poderia usar um simples balde e outros desperdícios, lembra de outras pessoas mundo afora que não tem essa abundância de recursos naturais e pagam um alto custo por isso, quando tem... E lembro também de que um dia, por conta deste descaso, "num futuro não tão tão distante assim", nosso filhos, netos e os que vierem depois deles poderão sofrer pela falta daquilo que tínhamos em excesso, e por conta desse excesso, acabamos não pensando nas gerações futuras...
Para assistir, refletir e divulgar...

Nós vamos morrer, por Richard Dawkins

O vídeo acima, Nós vamos morrer, apesar do título, trata-se de "uma das partes mais belas do livro 'Desvendando o Arco-Íris - Ciência, Ilusão e Encantamento', do biólogo Richard Dawkins", e que descobri por acaso no You Tube, mas é um rico material para reflexão entre o particular e o universal.
Ainda que seja a coisa mais certa e uma das poucas certezas que temos na vida, de que todos "Nós vamos morrer", um dia, poucos tem esta consciência que o fato de estarmos vivos, mais que um acaso, ou benção, é uma vitória da natureza, um pequeno milagre da existência, diante das probabilidades imensas de não termos nascido, ou alguém ter nascido em nosso lugar, na corrida de espermatozóides para fecundar o óvulo...
Mais que um vídeo motivacional, um material para trabalhar de forma educacional (não apenas biologia, mas geografia, história, etc) e também de maneira social, para mostrar o quanto as supostas diferenças, são irrisórias, quando pensamos como espécie humana e não somente como indivíduos.

A inovação da solidão e Conectado, mas só?

O vídeo acima A Inovação da solidão, foi indicação via Facebook da colega e amiga Josane Batalha Sobreira, educadora de Campinas, SP, Brasil e editora do Josobreira's Blog. Trata-se de vídeo inspirado no livro de Sherry Turkle (vídeo palestra ao TED, logo abaixo), chamado "Conectado, mas só?", em que a mesma fala de "As redes sociais parecem ser a solução para um medo que todos temos: a solidão. Elas estão modificando a nossa forma de agir e de pensar. Como resultado disso estamos cada vez mais solitários".
De fato, há que se pensar mais na qualidade do que na quantidade. E de que o excesso influencia na qualidade do relacionamento, da formação, da própria educação... Se o ideal, como demonstra o vídeo, são grupos de até 150 membros humanos, para proporcionar intimidade, identidade, e adequado relacionamento social, pensar uma escola com 50 alunos por sala, em nada favorecerá a qualidade da educação e do ato de educar. Sem falar no convívio social, pois é impossível a um educador dar a devida atenção a cada aluno, atuando mais no atacado do que no varejo, mais no geral do que no individual...
Conforme demonstra o vídeo: O homem (espécie humana) é sim uma criatura social, e o mundo moderno e ocidental idolatra a individualidade e o consumismo. Neste contexto, as redes sociais podem isolar e tornar solitárias as pessoas, ainda que sigam e sejam seguidas por dezenas, centenas, milhares de pessoas, colecionando amigos como selos (avatares). Há uma falsa intimidade e uma profunda superficialidade, muitas vezes, quando o parecer vale mais do que o ser... Há uma construção de um perfil com base em sms, emails, postagens em blogs e redes sociais, que tornam-se "ilhas da fantasia", onde as pessoas escolhem melhor ângulo da imagem, e tudo mais... A exposição é programada: "Eu compartilho, portanto eu existo", segundo o vídeo, parece ser uma máxima do momento atual.
Se pararmos para observar o movimento retilíneo e uniforme das redes sociais, as postagens relevantes não são curtidas nem compartilhadas na mesma proporção que são as piadas, os vídeos e as imagens, muitas vezes de gosto duvidoso, jocoso, irreverente, apelativo...
Há que se valorizar a importância de momentos off line, de evitar a exposição e autopromoção exageradas. Como educadores, precisamos saber expor ideias, projetos, atividades coletivas, em que o eu é um dos atores sociais do processo em si e não o seu protagonista. Precisamos ser mais solidários do que solitários, estejamos on line ou não...
Vejam abaixo, palestra "Conectado, mas só?", com a psicóloga Sherry Turkle, dada ao TED, em 2012:



Aqui, apresentação do vídeo no You Tube: "Esperamos mais da tecnologia mas será que esperamos menos um do outro? Sherry Turkle analisa como os nossos dispositivos e personalidades online estão redefinindo conexão humana e comunicação - e nos pede para pensar profundamente sobre os novos tipos de conexão que queremos".
Um vídeo em que destaco alguns tópicos como "robos sociais", em que "esperamos mais da tecnologia do que de nós mesmos", promovendo o que Turkle chama de "a ilusão do companheirismo sem a necessidade da intimidade e as exigências da amizade", juntamente com a "necessidade de estar conectados".
O educador do século XXI precisa conhecer esses mecanismos de interação social e as implicações dessas situações para poder refletir, divulgar, debater no ambiente escolar tais situações e estabelecer estratégias adequadas de interação (do ponto de vista pedagógico, tecnológico e social), usando ou não as tecnologias da comunicação e da informação (TIC). Conectar o aluno ao conteúdo programático e programar-se para a conexão com o mundo do aluno, como forma de estabelecer um melhor diálogo, mais que um objetivo, é uma necessidade. Afinal, citando Fernando Pessoa: "Navegar é preciso, viver não é preciso", pensando nestes versos em seu sentido e significação universal, pois "navegar", seja em embarcação ou na internet, mais que necessidade, requer precisão, de dominar os equipamentos e ter uma visão mais ampla de cada situação...
Precisamos saber inovar metodológica, didática e socialmente, e não apenas pensar inovação sob ponto de vista tecnológico. Promover formas de interagir coletivamente e não nos isolarmos diante de telas e mais telas...

Um incrível stop motion sobre Sam, o homem que não ficava nu

O vídeo acima Beautiful Naked Stop-Motion, que descobri através de indicação indireta no Facebook de Zé Adão Barbosa, ator de Porto Alegre, RS, Brasil e trata-se de "Um incrível stop motion sobre Sam, o homem que não ficava nu".
Conforme apresentação do vídeo no You Tube: "Sam não está muito feliz com seu corpo, mas algo acontece quando ele começa a ouvir o que seu corpo está tentando lhe dizer".
Um vídeo com 100 pessoas, feito durante mais de 3 dias, e que precisou de mais de 2.000 fotografias que foram colocadas juntas para criar esta incrível animação em stop motion, elaborada pela Withings, e que ao final convida a todos para conhecerem o próprio corpo.
Abaixo, texto que é narrado, enquanto as imagens se sucedem:

"Aqui está um homem.
Ele é chamado Sam.
E aqui está o corpo de Sam,
Sam não é um fã.

Tudo o que Sam queria,
Esteve a olhar melhor nu,
Mas vendo o seu Corpo,
Sentia-se tão esvaziado.

Então, um dia chuvoso,
Corpo de Sam disse: "Ei!
É hora de que você ouviu,
Para o que eu tenho a dizer."

Saiu o sol,
Corpo de Sam disse: "Vamos correr!"
Sam não podia acreditar,
Correr era divertido!

Então, estava dançando!
Saltando e nadando.
Sam prometeu o seu Corpo,
Ele nunca parar de ouvir.

Agora há Sam,
Ele não é o mesmo homem,
Ele conhece seu próprio corpo,
E Sam é um grande fã!"

A imagem acima, intitulada "Bodies" (Corpos), de Fabian Laghi, que encontrei no Facebook, na página 1 Million Artists, em que outra incrível formação de corpos despidos dão vida à imaginação, construindo um automóvel inusitado.
Pensando a Educação, nas relações entre o Corpo Doente e o Discente, que interessante seria se fosse possível articular saberes que proporcionassem uma unidade como na foto e no vídeo, a partir de diversas individualidades, utilizando-se de fotos, vídeos, músicas, danças, arte e cultura em geral. A escola é um imenso Corpo, formado por cada um de seus integrantes, sejam eles, professores, alunos, pais e funcionários...

Imagine uma escola... Summerhill: Uma escola democrática e instigante

O vídeo acima, Imaginem uma escola... Summerhill , descobri no You Tube, após receber um email do professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil, com texto que falava desta fascinante e revolucionária escola, de autoria de Fátima Oliveira, cujo título é O FASCÍNIO DE SUMMERHILL, UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA E INSTIGANTE, e que reproduzo logo abaixo:

"Criar filhos em uma sociedade cada vez mais individualista e consumista é um desafio de fritar neurônios. Penso que o antídoto está nas escolas humanistas, solidárias, que educam para a liberdade e a felicidade. Sei que sou o que sou, e gosto do que sou, graças a uma escola pautada por uma visão humanista, o Colégio Colinense.
Sou uma professora normalista que se formou em medicina. Amei estudar filosofia e conhecer os grandes pensadores da educação. Já escrevi sobre uma educadora admirável: “Maria Montessori: médica italiana fascinada pela educação” (O TEMPO, 6.11.2012). Minha neta Clarinha, de quase 4 anos, vai para uma escola montessoriana, a Upaon-Açu, em São Luís (MA), que ela amou ao primeiro olhar; e quando perguntei se gostou da escola nova, ela tascou: “Hum hum… Eu não estudei lá ainda não, vovó! Fui só passear”. E se encantou com a biblioteca…
Reverencio o educador escocês Alexander Sutherland Neill (A. S. Neill, 1883-1973), o lendário criador de Summerhill, desde que li “Liberdade sem Medo (Summerhill)”. A origem da pedagogia libertária e antiautoritária de Summerhill é a International School, em Hellerau, Dresden, Alemanha, em 1921, que migrou para o topo de uma montanha na Áustria; em 1923, foi para uma casa chamada Summerhill, em Lyme Regis, Inglaterra; e em 1927 se instalou, definitivamente, numa chácara, em Leiston, condado de Suffolk, a 160 km de Londres.
O que é Summerhill? É uma escola democrática pioneira, para crianças a partir de 5 anos e jovens até 18 anos (ensino fundamental e médio), em regime de internato, que se autorregula – as decisões são tomadas em assembleias, nas quais os votos de professores, alunos e funcionários possuem peso igual – e nenhum adulto possui mais direitos que uma criança; assistir a aulas não é obrigatório, embora ofereça a grade curricular oficial. Para Neill, o objetivo da escola é fornecer equilíbrio emocional, a principal via para a felicidade.
EX-ALUNA
A dentista Nadia Hartmann, ex-aluna de Summerhill, ficou anos sem ir à aula, até que resolveu ser dentista e “decidiu se focar e estudar para as provas”. Seus dois filhos estudam lá. Ela é a prova do que Neill pensava: “Constranger uma criança a estudar alguma coisa tem a mesma força de um governo que obriga a adotar uma religião”.
A inspiração filosófica de Summerhill foi a compreensão de Neill de que “A humanidade está doente e essa doença decorre do tratamento repressivo que as crianças recebem numa sociedade patriarcal. Inclusive nas questões ligadas à repressão sexual, em especial quando associadas a normas religiosas malcompreendidas”.
Summerhill é dirigida pela filha de Neill, que nasceu, estudou e vive lá: Zoë Readhead, instrutora de equitação. A média do número de alunos é entre 80 e 90, de vários países. Em 92 anos, nenhum caso de gravidez adolescente nem de drogadização. Zoë declarou que Summerhill ignora os diagnósticos de Transtornos de Déficit de Atenção com Hiperatividade, pois “Nós não categorizamos os alunos”.
Indagada “O que será de seus alunos quando eles deixarem Summerhill?”, disse Zoë: “Nossos formandos são muito bons em concretizar a imaginação. Eles fazem acontecer! Temos empresários de sucesso, escritores, cientistas, médicos e muitos formandos se decidem por profissões criativas” – gente que guarda Summerhill como a experiência mais marcante de suas vidas, concretizando o sonho de Neill: “Preferiria que Summerhill produzisse um varredor de rua feliz do que um primeiro-ministro neurótico”. (transcrito de O Tempo)

Imaginem, então, uma escola em que o brincar e o aprender andam de mãos dadas, e que enfrentou o governo do primeiro-ministro Tony Blair, na Inglaterra, pois este dizia que "a escola Summerhill não conseguia garantir os padrões de acomodações, bem-estar e instrução. E não fornecia uma educação adequada". Algo que lembra o documentário ESCOLARIZANDO O MUNDO, já publicado no Educa Tube.
Padrões de padronizar, pasteurizar o ensino, escolarizar pessoas para o trabalho? E educação adequada para quem? Para que tipo de "comprador" de mão-de-obra boa e barata. Convenhamos, querer fechar uma escola que atinge médias acima das nacionais, só pode ser mesmo pelo perigo que ela representa, pois ajuda crianças a questionar, desafiar o sistema, ou seja, uma ameaça ao poder constituído, que deseja uma outra Matrix social, que não seja a de educar para a vida, para a felicidade, para o bem estar.
Aparentemente, o segredo de Summerhill é o fato de ser uma escola para poucos alunos, cerca de 90, com turmas pequenas, em que os professores conseguem dar uma atendimento adequado, coisa impossível quando se tem 40, 50 alunos em sala de aula. Hoje a lógica parece ser o máximo pelo menos, máxima quantidade pelo menor custo, investimento, um professor para atender quase 50, quando o ideal e máximo deveria ser 25... Educação passou a ser uma linha de produção para futuros consumidores.
Algo que me lembra citação de Gustave Flaubert: "Há no mundo uma conjura geral e permanente contra duas coisas, a poesia e a liberdade; as pessoas de gosto encarregam-se de exterminar uma, tal como os agentes da ordem de perseguir a outra."
Summerhill trabalha com arte, cultura, brincadeiras, algo que não é valorizado pelo sistema individualista e consumista em que vivemos.
Como bem escreveu Eduardo Galeano: “Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas.”
Vejam abaixo outro vídeo (em inglês), com depoimento da filha de Neill, que o sucedeu em Summerhill:


Vejam também o vídeo abaixo, Escola tradicional X Summerhill School, em que mostra a diferença entre escolas tradicionais e a libertária mais famosa do mundo: Summerhill School, em Suffolk, Inglaterra, fundada por A.S. Neill. Com música True Colors, de Cindy Lauper. Visitem o site oficial da escola: www.summerhillschool.co.uk



Por fim, filme completo (legendas em húngaro, não localizei outra. Se alguém achar outra versão, socialize aqui nos comentários do blog), que conta um pouca desta escola instigante, chamada SUMMERHILL: