domingo, 31 de março de 2013
Brincando na Rede - Portal Educacional (Vídeos, jogos e atividades diversas)
A imagem acima é do portal educacional BRINCANDO NA REDE. Nele há diversas atividades para o educador explorar com seus alunos, como a opção TV BRINCANDO (com diversos vídeos) e a opção CLUBINHO, com diversos jogos, brincadeiras e recursos audiovisuais, link abaixo:
CLUBINHO - JOGOS
Dentre todos, destaco dois que joguei, e me diverti muito:
CAMINHO CONSCIENTE - jogo de trilha com perguntas sobre meio ambiente
VOLEI NAS FÉRIAS
sábado, 30 de março de 2013
A Música dos Números Primos (documentário da BBC sobre matemática)
O vídeo acima, A Música dos Números Primos, ótimo documentário da BBC de Londres, que encontrei no You Tube e que recomendo aos professores de matemática, para motivar seus alunos para os fundamentos e importância da disciplina. Inclusive, mostrando a história da informática e da computação a partir da matemática.
Um ótimo material sobre o Universo Matemático e suas múltiplas possibilidades de uso educacional, demonstrando essa "musicalidade", harmonia, sinfonia dos números primos, utilizando as TIC e mídias como apoio.
Abaixo, apresentação do documentário no You Tube:
"A cerca de dois mil anos um enigma matemático confundia a cabeça das mentes mais fantásticas do mundo. Era um tipo de problema que necessitava de matemáticos corajosos o suficiente para enfrentá-lo, alguns entraram em desespero, outros ficaram muito bravos e alguns tentaram até o suicídio. Sendo ainda esse o mistério que fez parte da vitória britânica sobre o nazismo alemão, e que foi fundamental para a invenção do computador e que lançou luz sobre o comportamento dos átomos. Qual é o grande mistério da matemática? O mistério que desafiou matemáticos durante séculos é o enigma dos números primos. Esse é o grande problema insolúvel da matemática.
Essa é a história de alguns que tentaram desvendar o segredo desses números."
E o Educa Tube, parafraseando slogan de propaganda do Canal Futura: "Não são as respostas que movem o mundo, mas as perguntas". E de fato, se analisarmos este documentário, o famoso e milenar enigma dos números primos, ainda sem solução, levou matemáticos, cientistas, intelectuais e outras mentes brilhantes, se não a sua resolução, mas por conta do enigma em si, a encontrar outras formas de ver o mundo, inclusive, gerando a computação, a informática e o mundo como o vemos hoje.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Igor, O Menino que Ousou Sonhar (documentário sobre os efeitos do acidente na usina nuclear de Chernobyl)
O vídeo acima, Igor, O Menino que Ousou Sonhar (Igor, A Boy who Dared to Dream), descobri no You Tube e trata-se de documentário que passou no canal GNT, sobre o menino Igor, uma das primeiras vítimas do acidente da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, e que nasceu com sequelas, com apenas um braço e pernas atrofiadas, e que veio da Belarus (ex-república socialista soviética) para a Inglaterra em 1994, para submeter-se a tratamento para se adaptar a membros artificiais (braço mecânico e botas especiais). Igor sonhava que tinha pernas e braços iguais aos das outras crianças e sonhava também que teria uma família só sua, tendo como mãe provisória a inglesa Bárbara Bennett.
Igor não estudava até vir para a Inglaterra, e estava atrasado em seus estudos. Além dos estudos regulares, recebia atendimento especial em uma das unidades da escola que o acolheu. Seu crescimento foi monitorado por uma clinica e exames regulares eram feitos para detectar câncer na tireóide, algo comum entre as crianças de Belarus, por conta do acidente nuclear.
Assistindo ao documentário, comecei a refletir sobre questões educacionais.
Primeiro, quanto a prótese, braço para ele criado, que teve o dilema de escolher entre funcional e o estético. O que era estético não era funcional e vice-versa. Assim parece algumas coisas na educação, ora funcional, ora meramente estética, como a adoção de computadoras na escola, para impressionar mais aos pais do que aos alunos, como bem disse certa vez a professora Léa Fagundes.
Igor, por conta das sequelas tinha o crescimento dos membros superiores, enquanto os membros inferiores estavam atrofiados, e mal comparando, parece com a situação do ensino no Brasil, em que o Superior tem bastantes recursos e estrutura, enquanto que o médio e, principalmente, o fundamental, que é a base, a fundação da própria educação, carecem dos mesmos recursos. Como pensar em sistema de ensino com essas distorções visíveis?
Das constatações que a mãe adotiva Bárbara Bennet teve, a principal foi que "Tentando fazê-lo parecer normal tenho a impressão de causar-lhe mais mal do que bem". E de fato, deve ser respeitado a diferença, a limitação física e a deficiência, como uma diversidade, uma diferença que não o impediu de conviver, interagir, aprender...
Os sete primeiros anos de Igor foram vividos ao lado da Chernobyl, criado num orfanato, junto a crianças que ninguém queria. E lá no orfanato o menino contou a uma enfermeira o seu sonho de ser uma criança normal e ter uma família. Na Inglaterra, se recusou falar russo e a lembrar do passado. Mesmo assim se integrou a sociedade inglesa.
Não consegui descobrir dados sobre a situação atual de Igor, mas este documentário serve para que não esqueçamos tragédias como a de Chernobyl e de exemplos de superação de adversidade.
Abaixo, documentário O desastre de Chernobyl:
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quinta-feira, 28 de março de 2013
Projeto Bicycled: bicicletas feitas a partir da reciclagem de carros velhos
O incrível vídeo acima, Bicycled: uma bicicleta feita de carros, descobri visitando o portal eCycle e trata-se do Projeto Bicycled: bicicletas feitas a partir da reciclagem de carros velhos (Bicycled é justamente a junção das palavras bicicleta e reciclagem, em inglês), criado pela agência espanhola Lola Madrid.
Imaginem só que ideia simples, original e inovadora, que promove a reciclagem de materiais que vão para o ferro velho ou lixão, poluindo o meio ambiente, e com isso pode continuar sua vida útil, num exemplo claro da tecnologia com sentido social, de sustentabilidade.
Ideia para impedir cenas como esta abaixo, de um depósito a céu aberto em Ardennes, EUA, de carros velhos que a mata foi cobrindo...
Conforme notícia do portal eCycle, abaixo:
Automóveis localizados em ferros-velhos são reciclados para se transformarem em bicicletas mais sustentáveis que as normais.
A grande quantidade de carros nas ruas e suas emissões de gás carbônico no ar são parte de um problema a ser combatido e resolvido. E, por incrível que pareça, uma forma de amenizar a questão pode estar no ferro-velho, onde os carros sem condições de uso são levados para serem desmontados.
Geralmente, peças dos antigos automóveis são vendidas para montadoras e lojas de carros usados. Mas um destino menos danoso ao meio ambiente pode estar as aguardando. Isso graças à agência espanhola Lola Madrid, que criou o projeto “Bicycled”. Seu objetivo é o de desenvolver bicicletas a partir de peças de carros que estão em ferros-velhos. Assim, além de dar uma solução aos resíduos automotivos, cria-se um meio de transporte limpo a partir de restos de uma máquina poluente.
Os fabricantes desenvolveram o protótipo da bike e o lançaram na internet para aferir a repercussão do produto. E o resultado foi o melhor possível, já que milhares de pessoas se interessaram pela ideia e fizeram reservas por modelos da bicicleta. Esse fato acabou surpreendendo os produtores, que não esperavam esse interesse tão grande. A partir de então, iniciaram um processo de produção mais intenso para dar conta da demanda.
Toda a bike é feita a mão. O quadro contém metais reciclados do carro; a corrente é oriunda de uma correia de transmissão; a luz de sinalização provém de uma seta de direção; o guidão e o banco são cobertos com estofamento do assento do carro; e a regulagem do banco é produzida a partir da maçaneta do automóvel. Um carro é o suficiente para produzir um modelo dessa bicicleta.
Ainda sem previsão de custo, as bicicletas podem ser reservadas no site oficial, basta colocar seu email no espaço reservado e entrar na fila.
quarta-feira, 27 de março de 2013
Os monstros de minha casa - documentário sobre a violência contra a criança
O vídeo acima, Os monstros de minha casa, descobri via Twitter de Juan Manuel Corral Maldonado, de Málaga, Espanha, em seu blog Sociedad, educación y libertad, trata-se de documentário (legendado em espanhol) sobre a realidade incomoda, triste e impactante de crianças que sofrem maus tratos físicos e emocionais, abuso sexual e negligência por parte de pais e pessoas do e no âmbito familiar.
Mostra alguns sinais para perceber se a criança está sofrendo tais abusos, pois as crianças acreditam que os adultos sempre tem razão e que devem a eles obediência, mesmo quando não entendem o que está acontecendo. Uma monstruosidade aproveitar-se dessa fragilidade.
O documentário apresenta testemunhas e experiências de pessoas que sofreram tais abusos na infância e análise de psicólogos.
Monstros existem, sim. Não são como os filmes de terror, nem engraçados como os das animação Monstros S.A., mas tem em comum viverem numa Sociedade Anônima, silenciosa, quase invisível, até que a realidade vem à tona. A sociedade é anônima, quando percebe o que acontece com o vizinho e não se manifesta, não denuncia, se exime de responsabilidade... A omissão é tão severa como a ação...
Como bem fala o neurólogo Boris Cyrulnyk, um dos maiores especialistas em resiliência: "Quando se pensa em abandono, se fala da rua, mas ele ocorre dentro da casa também". Uma realidade desconhecida de muitos e que merece ser discutida na comunidade escolar, em defesa da dignidade humana e do direito de criança ser criança.
Documentário produzido em 2010, com duração de 59 minutos, dirigido por Marte Hierro e Alberto Jarabo e produzido por Quindrop, tem como protagonista Carmen Artero, uma mãe de acolhida de Mallorca, Espanha, que luta para criar uma fundação para defender os direitos da infância.
Mais informações, no site do documentário, link abaixo:
LOS MONSTRUOS DE MI CASA
terça-feira, 26 de março de 2013
Construtor do Mundo: o amor no tempo dos bits e bytes
O belíssimo vídeo acima, World Builder (Construtor do Mundo), foi indicação via Twitter do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e editor do premiado blog educacional Caldeirão de Ideias.
Trata-se de um curta-metragem de Bruce Branit, que intitulei "Construtor do Mundo: o amor no tempo dos bits e bytes", pois conta a história de "um homem estranho que usa ferramentas holográficas para construir um mundo para a mulher que ele ama".
Com um visual espetacular, e uma história simples, World Builder (página no Facebook), além de uma pequena obra de arte, trata-se de um material para refletir sobre tecnologia e sociedade. Ainda que tenhamos máquinas que possam dar a falsa ilusão holográfica de realidade, de construirmos tudo ao redor, ainda dependemos da emoção, da vida, do outro, para dar sentido as nossas ações... E precisamos valorizar as pessoas, enquanto do nosso lado. Criamos máquinas, mas as máquinas, por mais sofisticadas que sejam, são incapazes de nos proporcionarem a verdadeira felicidade.
Por sinal, Robson estampou no Caldeirão de Ideias uma frase minha, extraída de um texto em que discutia as relações entre tecnologia e educação: "Modernas devem ser as ideias e suas práticas libertárias e emancipadoras, e não apenas os equipamentos e máquinas controladores de tudo e de todos…", José Antonio Klaes Roig.
Conheçam outro vídeo do Bruce Branit, que também é conhecido como o co-criador, junto com Hunt Jeremy (2000) do curioso e engraçado 405 (vide abaixo), em que um avião de passageiros faz um pouso de emergência na rodovia 405, e surpreenda-se com a cena final deste vídeo que tornou-se um viral na internet:
O Esconderijo Secreto - Discovery Kids
A imagem acima é da página inicial de O ESCONDERIJO SECRETO, programa infanto-juvenil do canal/portal DISCOVERY KIDS, que apresenta diversos vídeos de 2 minutos cada, com a turma do Esconderijo, que divertem e incentivam a ciência, a pesquisa, a aventura, a descoberta, a brincadeira e a imaginação de forma divertida. (imagem e link para os vídeos abaixo):
O ESCONDERIJO SECRETO - VÍDEOS
Conforme dados:
A turma de "O Esconderijo Secreto" está co dois novo amigos que se juntarão a Zé, Nanda e Chico: Lulu, uma menina que adora música e desenha máquinas e coisas que (ainda) não existem, e Rafa, que é um ótimo atleta e sabe tudo de skate.
Em episódios curtinhos, o programa mostra as aventuras que os amigos vivem depois da escola, na garagem da casa de Nanda. Lá eles abusam da criatividade e já se divertiram criando geringonças, ajudaram amigos e até viajaram para a Lua.
segunda-feira, 25 de março de 2013
O enigma das frações - jogo educacional
A imagem acima, trata-se do jogo educacional O ENIGMA DAS FRAÇÕES, indicação da Revista NOVA ESCOLA, que descobri via Facebook da colega e amiga Cristina Pereira, do NTE Bagé, RS, Brasil.
Um jogo para refletir sobre os diferentes conceitos de fração.
Faça o download do jogo e ensine o conceito de fração. É só clicar abaixo:
O ENIGMA DAS FRAÇÕES
http://revistaescola.abril.com.br/swf/jogos/exibi-jogo.shtml?211_enigma_fracoes.swf
domingo, 24 de março de 2013
Arte na Estação Ferroviária de Viena: Flashmob Carmina Burana
O vídeo acima, Flashmob Carmina Burana, descobri no Facebook da professora Raquel Rolando Souza, educadora e pesquisadora de Rio Grande, RS, Brasil e minha orientadora no mestrado e agora no doutorado em Letras / História da Literatura (FURG).
Trata-se de performance de "Músicos, bailarinos, coristas e orquestrantes da Viena Volksoper [que] se camuflaram primeiramente entre os passageiros que estavam aguardando na Estação Ferroviária da cidade. Depois sacaram seus arcos e violinos improvisando a música mais conhecida da ópera de Carl Orff “Carmina Burana”, deixando os viajantes pasmos. Isto foi o que aconteceu no dia 23 de abril de 2012, em um flash mob com o objetivo de aproximar as pessoas à ópera: A julgar pelo rosto das pessoas, o objetivo foi atingido, muitos dos passageiros ficaram surpresos e se divertiram com a apresentação.
Aquela máxima da canção Nos Bailes da Vida (vídeo abaixo), de Milton Nascimento que "todo o artista tem de ir aonde o povo está", faz-se presente neste vídeo e em outros momentos que tenho presenciado, como certa, uma peça do Grupo de Teatro Dupla Face do colega e amigo Can Robert Brasil, que encenada ao ar livre, na Avenida Rio Grande, próximo da Igreja, no balneário Cassino, Rio Grande, RS, Brasil e depois em São José do Norte, RS, promoveu interação de atores com público, aqueles se misturando aos transeuntes. Alguns dois jovens atores estavam disfarçados de meninos de rua, e foi curioso o olhar atento de alguns da plateia, ora para os atores declarados, ora para os atores dissimulados... A mesma peça, encenada em um shopping da cidade de Rio Grande, segundo Can Robert, fez os seguranças do local interpelarem os atores, achando que se tratavam mesmo de meninos de rua, forçando a reflexão do público para os mecanismos de segurança e de discriminação em nosso entorno.
Parafraseando Nos Bailes da Vida, "todo educador tem de ir aonde o aluno está" e trazê-lo para o Planeta da Educação. Os jovens de hoje são acusados muitas vezes de alienação, de gostarem de coisas duvidosas, mas se pararmos para pensar com o se pode gostar de algo que não se conhece, se a grande mídia impede o acesso a arte e cultura popular e erudita, preferindo investir no que chamo de a "ditadura do banal e do mais do mesmo", ou seja, quando criam um modismo é 100% apenas isso e nenhuma diversidade, como se só existisse aquele tipo de música etc. Cabe ao educador mostrar outras formas de arte e cultura, e o ambiente escolar é um palco para essas descobertas.
E já que esta postagem fala de educação e música, aproveito para relembrar outro sucesso de Milton Nascimento, chamado Coração de Estudante (vide abaixo), em que ele canta acompanhado de uma orquestra sinfônica. Não é por mero acaso que maestro significa mestre em espanhol, e que mestre é sinônimo de professor. Música e educação são duas formas de atingir o coração e a mente do aluno.
sábado, 23 de março de 2013
99 Balões / Querido Eliot
O emocionante vídeo acima, 99 Balões, descobri no Facebook e trata-se de uma comovente carta (e posterior vídeo) de um pai para seu filho Eliot Hartman Mooney, que nasceu com trissomia do cromossomo 18 (Síndrome de Edwards).
Apesar de desenganado pelos médicos no nascimento, Eliot resistiu 99 dias, por isso, quando faleceu, seus pais jogaram ao céu 99 balões simbolizando cada dia que esteve junto deles. Uma comovente lição de vida de pais que se dedicam aos filhos e que aproveitam cada dia, mesmo diante da adversidade. Pessoas que, mesmo diante da fatalidade, não desistiram de acreditar na vida.
Um bom material para refletirmos no ambiente escolar sobre o valor das coisas e das pessoas. E para motivarmos aqueles que desistem, seja do que for (estudo, família, vida, emprego etc) ao menor sinal de dificuldade.
sexta-feira, 22 de março de 2013
A História da Páscoa contada por crianças
O belo e encantador vídeo acima, A História da Páscoa, foi uma dupla indicação via Facebook das colegas e amigas Elis Zampieri, professora da educação especial e coordenadora pedagógica da APAE de Curitibanos, SC, Brasil e editora do blog Sobre Educação e de Carla Kalindrah, professora de artes, atriz, contadora de histórias e escritora de Niteroi, RJ, Brasil, criadora e autora do portal Mix Cia. de Arte.
Um ótimo material para destacar o verdadeiro sentido da Páscoa - acima das religiões -, pois é um momento de renascimento, de recomeçar, e quando uma história universal (inspirada no Novo Testamento) é contada pelo jeito peculiar e a voz sem igual das crianças, mais interessante fica.
Em tempos de consumismo e individualismo, nada melhor do que falar de humanismo e de comunidade. De resgatar valores de um tempo em que o símbolo era o peixe (do pescador de almas) e não a cruz (do opressor). Passar valores às crianças é dever de todo educador: primeiro os pais, depois os professores...
Um vídeo simples, sem efeitos especiais, sem computação gráfica e nada disso, mas com o efeito especial de motivar as pessoas para o sentido verdadeiro de "amar uns aos outros", o verdadeiro sentido de uma rede social, ainda mais se educacional.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Capital Cultural e Educação (Pierre Bourdieu)
O vídeo acima, Capital Cultural, foi indicação via Facebook de Carla Kalindrah, professora de artes, atriz, contadora de histórias e escritora de Niteroi, RJ, Brasil, criadora e autora do portal Mix Cia. de Arte.
Capital Cultural é um vídeo da UnivespTV, inspirado nas ideias do sociólogo francês Pierre Bourdieu, que considera o conhecimento que trazem de berço este capital cultural.
De fato, os filhos reflexos de seus pais... Eis o verdadeiro capital cultural... A metáfora de Bourdieu demonstra que a cultura é uma espécie de moeda para acentuar as diferenças, e que a cultura é usada como instrumento de dominação, as classes dominantes impõe sua cultura às classes dominadas. Que a escola dissimuladamente contribui para que a cultura dominante seja transmitida como tal... E que o discurso de igualdade, que a escola prega, não funciona na prática. Que há uma violência simbólica colocada em pratica ainda de forma inconsciente pela escola, e que para evitar isto basta que seja exposto esse procedimento velado da instituição.
Um ótimo material para discutir as relações culturais e sociais na escola e na comunidade escolar.
Trabalhar com arte e cultura, valorizando o popular e o erudito é uma das formas de dialogar com o Capital Cultural dos alunos.
Se paramos para pensar, a obra de artistas consagrados como Heitor Villa Lobos (música), Monteiro Lobato (Literatura), Cândido Portinari (artes plásticas), Ariano Suassuna (teatro), entre outros, é um diálogo permanente do popular com o erudito: O Trenzinho do Caipira (Bachianas brasileiras #2), O Sítio do Picapau Amarelo, O Lavrador de Café, O Auto da Compadecida são obras universais a partir de questões puramente locais e populares. Um rico capital artístico, cultural, social que pode ser utilizado pela educação.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Fronteiras do Pensamento (Portal e Canal de Vídeos)
Imagem acima, do portal Fronteiras do Pensamento, indicado via e-mail pelo professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
No portal e também no Canal de Vídeos é possível "conhecer as ideias dos renomados pensadores, cientistas, artistas e líderes que estão na vanguarda de suas áreas de pesquisa e pensamento". Abaixo, link para Portal e Canal de Vídeos:
Portal Fronteiras do Pensamento
Canal de Vídeos - Fronteiras do Pensamento
Conforme apresentação no Portal:
"O Fronteiras do Pensamento é um projeto cultural múltiplo que aposta na liberdade de expressão intelectual e na educação de qualidade como ferramentas para o desenvolvimento. Através de uma série anual de conferências, o Fronteiras abre espaço para o debate sobre a identidade do século XXI, apresentando pensadores, cientistas e líderes que estão, cada um a seu modo, na vanguarda nas mais diversas áreas de pesquisa e pensamento.
Temas, ideias e personalidades que moldam o nosso tempo ocupam o palco do Fronteiras, tendo como valores básicos o pluralismo das abordagens e o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados. Desta forma, o projeto busca avaliar tendências, aceitando a provocação destes que são, hoje, alguns dos mais renomados pensadores em atuação no mundo, constituindo uma linha interdisciplinar de pensamento.
Em sete anos de existência na cidade de Porto Alegre e já em sua terceira edição em São Paulo, o Fronteiras do Pensamento conta com mais de 130 conferências realizadas para milhares de espectadores. O Fronteiras 'quer trazer para o debate temas imprescindíveis, dando aos espectadores uma visão real dos próximos dez ou vinte anos, nas diferentes áreas contempladas'. Conta, também, com edições especiais em Salvador e Florianópolis.
As conferências servem como plataforma para a geração de conteúdos diversos, abrangendo os mais variados públicos, em diferentes formatos, fazendo com que o projeto atravesse os seus limites e se expresse também através de fascículos didáticos, filmes, publicações e, agora, o canal de vídeos fronteiras.com, apresentado pela Braskem, que pretende democratizar o acesso ao conhecimento e revelar um acervo inédito de ideias expressas no palco do Fronteiras em seus sete anos de existência. Com atualização semanal, o fronteiras.com já entra no ar com mais de uma centena de vídeos publicados com legendas em português, espanhol e inglês e versão mobile".
Vejam também o canal de vídeos do Fronteiras do Pensamento, no You Tube, link abaixo:
Fronteiras do Pensamento -Canal de vídeos / You Tube
Neste canal, há "Programas com os melhores momentos das conferências que fazem parte do seminário internacional Fronteiras do Pensamento, realizado no Salão de Atos da UFRGS. Sobre UFRGS TV: A Unidade Produtora de TV da Universidade Federal do Rio Grande do Sul apresenta à comunidade as atividades e os projetos desenvolvidos na UFRGS, uma das mais conceituadas instituições federais de ensino superior do Brasil.
Vejam abaixo a palestra (em duas partes) do historiador e antropólogo italiano Carlo Ginzburg, que "fala sobre as modificações ocorridas na vida do homem devido a revolução tecnológica e comenta o novo tipo de leitura que se desenvolveu paralelamente a internet".
terça-feira, 19 de março de 2013
O dançarino da areia e o processo de educar pelo exemplo
O incrível vídeo acima, Sand Dancer (Dançarino da areia), descobri por mera casualidade no You Tube, mas é um desses momentos diferenciados, que me promoveu uma profunda reflexão sobre arte, cultura e educação.
Petter Donnelly é o dançarino que faz diversos desenhos na areia, munido apenas de um ancinho (material de jardinagem, adaptado para fazer arte), na beira da praia. Impossível ver as imagens do alto da passarela e não pensar, inicialmente, nos famosos círculos ingleses nos campos de trigo da Inglaterra.
O local para a criação dos desenhos foi New Brighton Peir, Christchurch, New Zealand (Nova Zelândia), em 2006.
Porém, como educador, ao assistir estes 10 minutos de vídeo e ver a alegria de Donnelly, sua dança e o resultado de suas obras, impossível não pensar no trabalho diário de um bom professor, que dia após dia faz suas "esculturas", suas lições (modelagens) e ensinamentos aos alunos, sabendo que breve o vento e as águas do mar irão apagar tudo e no dia seguinte ele terá que recomeçar sua empreitada.
"Educar é ter a consciência do inacabamento", disse-o bem o grande educador Paulo Freire, em sua Pedagogia da Autonomia.
De fato, educar é como fazer estes desenhos na areia, consciente de que a imagem ficará na memória dos transeuntes (dos educandos), que poderão seguir aquele exemplo - a pedagogia do exemplo, que sempre reitero, do espelhamento dos alunos e filhos nos professores e pais -, buscando na simplicidade e na alegria formas diversas de aprender e ensinar.
Visões disruptivas da educação, por Maria Acaso
O vídeo acima, Visões disruptivas da educação, encontrei no portal e-Professor, no menu Web TV, e trata-se de fala da professora e pesquisadora Maria Acaso, de Madri, Espanha, que propõe, entre outras coisas a ruptura com o modelo tradicional de educar, incorporando a arte e a linguagem visual, das micronarrativas e as metanarrativas, dialogando no fazer pedagógico. Propõe metodologias inovadoras, incorporando as artes, já que a educação está obsoleta.
O Educa Tube tem destacado, desde sua criação, através de vídeo diversos (clipes, curtas, animações, slides, cenas de filmes, filmes completos, propagandas etc) a importância de sua inclusão no ambiente escolar, pois esta geração convive diariamente com estas práticas artísticas e culturais (dança, música, vídeos, esportes, teatro etc), faltando a escola ir DE VOLTA PARA O FUTURO (século XXI), e não o aluno retornar para EM ALGUM LUGAR DO PASSADO (século XIX) - parafraseando títulos de filmes que lidam com a questão do tempo e espaço. O espaço-tempo escolar precisa mesmo destas visões disruptivas, de romper com o tradicional, mantendo apenas o que (apesar de antigo) ainda é atual e essencial, e substituindo o arcaico, anacrônico, obsoleto pelo que de fato poderá ser inovador. E quando falo em inovação não me refiro apenas a questão tecnológica, mas principalmente a metodológica, que é o fazer pedagógico utilizando-se da cultura digital dos jovens, dentro de uma proposta educacional do professor e da escola.
O termo Disruptivo é adjetivo: Que provoca ou pode causar disrupção; capacidade para romper; que rompe.
Ou seja, essa ruptura entre o modelo tradicional, buscando a inovação.
Maria Acaso divide a disruptura em: poder, invisível, tempo e espaço, informação, conhecimento e perguntas.
O PODER: passando do sistema autoritário para o democrático em sala de aula e na escola, trabalhando em grupo, com outros docentes, trabalhando também com o não-docente e o não-estudante;
O INVISÍVEL: deixar de trabalhar de formas automáticas e buscar formas invisíveis, que estão presentes fora da escola;
TEMPO E E ESPAÇO: romper o espaço e tempo rígidos e convertê-los em tempo-espaço flexível, mudando a disposição espacial, incorporando pintura, música, danças e outras artes no cotidiano escolar;
INFORMAÇÃO: saindo de um quadro de informação fechado para um aberto, cultura visual e entretenimento, usar música, arte contemporânea, dentro da sala de aula, como performances, fotografia, escultura etc;
CONHECIMENTO: ultrapassando o sistema de reflexão para um sistema de produção, metodologia de projetos,
PERGUNTAS: lançar uma série de perguntas, estimulando os alunos a perguntarem, indagarem, discutirem e debaterem entre si e o educador, inclusive, sobre o processo educativo, sobre a metodologia utilizada etc.
Vejam também outro vídeo de Maria Acaso, chamado Manifesto Docente (2009), logo abaixo:
Abaixo, apresentação do Manifesto Docente, no Vimeo:
"Esta es la web de una persona dedicada al desarrollo de la educación artística en el mundo que nos rodea. Mi vida profesional, bien sea a través de mis clases, de la organización de eventos, del desarrollo de proyectos de investigación o de miss publicaciones (incluyendo como tales vídeos, libros, artículos y twits) tiene como principal objetivo que la educación a través de las artes visuales, y en concreto en los museos y la educación secundaria y superior, deje de tener el lugar periférico que en estos momentos ostenta para pasar a ser considerada como una actividad central tanto en el seno de las instituciones educativas como en el resto de los contextos donde la educación se produce . Creo firmemente que, para vivir en un mundo mejor, el desarrollo y fortalecimiento de una educación artística relacionada con la gestión del conocimiento es imprescindible. Por ello he decido hacer esta web y contribuir desde ella a que este cambio se produzca."
segunda-feira, 18 de março de 2013
O papel jamais morrerá e o papel vital (e cada vez mais atual) do educador
O vídeo acima, Le papier ne sera jamais mort (O papel jamais morrerá), foi indicação via e-mail de minha prima Rejane Raffo Klaes, bibliotecária da UFRGS, de Porto Alegre, RS, Brasil e me serviu para uma breve reflexão sobre os meios digitais e impressos e o papel do educador na sociedade.
O referido vídeo tem um final engraçado, que demonstra que nem tudo é substituível (ainda) e que os meios eletrônicos, apesar de todos os avanços da tecnologia, possuem também limitações. Evidentemente que o meio digital promove, em parte, relações com meio ambiente, quando preservando árvores a partir da diminuição do uso de material impresso, embora muitos ainda tenham dificuldade em ler textos longos em tela plana. Mas, há também impactos ambientais sobre o chamado lixo eletrônico produzido através do descarte de produtos eletro-eletrônicos, com componentes altamente tóxicos, feitos a partir de metais pesados.
Mas pensando neste divertido vídeo como uma reflexão sobre o PAPEL social do educador (seja pai ou professor), cabe salientar que as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), ainda que cada vez mais avançadas, não substituirão pessoas que tem a função primordial e social de primeiros educadores de seus filhos.
Apesar dos meios eletrônicos estarem cada vez mais sofisticados, e usados de forma autodidata pelas crianças e jovens, são utilizados em grande parte como lazer, recreação e rede social, sem o sentido educacional, e quando na educação, ainda carecem de projetos que favoreçam aprendizagem e ensino de forma inovadora, mais focados no ato de pesquisar, de copiar e colar, se não houver um planejamento de atividades de produção e colaboração.
E por mais que ainda alguns pensem, o educador - o bom professor - não será substituído por máquinas; a não ser na situação descrita pelo escritor Arthur C. Clarke (autor de 2001: Uma Odisseia no espaço): "O professor que for substituído por uma máquina, merece sê-lo". Ou seja, aquele que já atua de forma maquinal, que faz seus alunos agirem de forma mecânica, este sim, poderá ser substituído por máquinas e ninguém sentir sua falta. Mas o professor que incentiva o diálogo, o trabalho em grupo, da produção em colaboração, do debate de ideias em sala de aula, este ainda terá vida longa e será, em alguns casos, insubstituível... Um educador com este perfil exerce um papel vital, não apenas em sua turma e escola, mas na sociedade... É que auxilia na resolução de problemas e incentiva a criatividade.
O vídeo, que trata-se de uma bem humorada propaganda, encerra com a frase: "le papier a un grand avenir" (o papel tem um grande futuro). E serve também para refletirmos sobre os diversos papeis na sociedade.
Para completar esta postagem, indico outra, feita anteriormente pelo Educa Tube, link abaixo:
Livros versus E-books: reflexão sobre tecnologia e metodologia na educação
Para saber mais sobre Inovação e Comunicação, visitem o site abaixo:
INFLUENCIA.NET
domingo, 17 de março de 2013
Pangea: O Mundo Sem Fim (animação)
O vídeo acima, trailer do filme Pangea: O Mundo Sem Fim, é uma bela animação 3D, de 2009, da empresa AEnima CGS, que descobri no You Tube.
Uma animação com visual incrível e cenas realistas, contando as aventuras de um bebê dinossauro à procura de sua mãe.
Ótimo para professores de história e biologia e educadores em geral, pois, mais do que tratar de um período pré-histórico - a Pangeia, continente que teóricos dizem ter existido há mais de 200 milhões de anos atrás -, o trailer pode ser usado como uma bela história de encontros e desencontros familiares.
Para maiores dados sobre o filme, acesse o link abaixo:
PANGEA - O MUNDO SEM FIM
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sociedade
sábado, 16 de março de 2013
As Escolas de Educação Infantil de Reggio Emilia, Itália (Univesp TV)
O vídeo acima, As Escolas de Educação Infantil de Reggio Emilia, Itália, divulgado no You Tube pela Univesp TV (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), foi indicação via Facebook do colega e amigo Alexsandro Oliveira, advogado e educador de Rio Grande, RS, Brasil.
Conforme apresentação do referido vídeo no You Tube:
"A equipe da Univesp TV viajou até Reggio Emilia, cidade de 170 mil habitantes que fica no norte da Itália e [que] é conhecida no mundo todo por sua excelência na educação infantil. A reportagem conta como as dificuldades do pós-guerra fizeram surgir na comunidade o desejo de iniciar um novo tempo para todos, começando com a formação das crianças pequenas. A visita a uma escola ligada à prefeitura de Reggio Emilia mostra como é a rotina de professores, alunos e pais."
Uma experiência que vem de encontro as práticas que o Educa Tube tem destacado neste blog, que valorizam o aprender aliado a atividades lúdicas, artísticas e culturais.
No caso das escolas de educação infantil da cidade de Reggio Emilia, são incorporadas ao fazer pedagógico a música, montagem, movimento, pintura, desenho, numa experiência envolvendo a professora, a atelierista, a pedagoga e a cozinheira, que formam a equipe de educadores que trabalham em conjunto, e não de maneira estanque... Todos são importantes dentro daquele sistema de ensino, cada qual com sua função relevante dentro do processo, com múltiplos olhares que se entrelaçam no cotidiano daquela comunidade escolar.
Segundo a matéria, são utilizadas linguagens artísticas, expressivas, que na escola tradicional não são exploradas na didática cotidiana. O atelirista não é um artista que trabalha na escola, mas um educador que trabalha em conjunto com a escola. E ao final do trabalho as crianças trocam experiências, contando como desenvolveram suas atividades, momento significativo de a criança ter vez e voz no processo coletivo de aprendizagem. A discussão começa a ser incentivada na mais tenra idade, o que favorecerá no futuro a argumentação lógica do aluno, evitando timidez, falta de iniciativa, receio de trabalhar em grupo...
A imagem estática da ponte serve para buscar a convergência de ideias, a construção do conhecimento, e esta ponte entre as diversas linguagens da criança é feita pelo atelierista. Proposta do educador Loris Malaguzzi: de que a escola não deva somente trabalhar as linguagens decodificadas e reconhecidas hoje, mas valorizar a experiência real, feita através da exploração e pesquisa sensorial, pois a mente da criança é multidisciplinar, mas o ensino ainda é feito em caixinhas. Malaguzzi disse certa vez: "Eu observo a criança enquanto ela conhece, a criança me devolve essa forma de conhecer".
Outro fato interessante é o espaço arquitetônica de uma creche que leva em conta este espaço também como uma experiência sensorial e educacional, um ambiente adequado favorecerá uma melhor aprendizagem, a distribuição das salas é pensada para favorecer a comunicação com as crianças e a participação da família.
Percebam a proposta da mesa luminosa para mostrar elementos do cotidiano às crianças. E que os espaços (divisórias) transparentes na escola, que permitem às crianças a multiplicidade e pluralidade de experiências sensoriais. E uma ótima definição para estes espaços, como "laboratórios sensoriais para que crianças e adultos possam construir aventuras do conhecimento".
Segundo uma das educadoras, ambientes com uma estética, como dizia Bergson: "como elemento de qualidade do conhecimento". E por causa disso, a estrutura que conecta as pessoas.
Interessante também que as salas não são arrumadas, após o desenvolver das atividades, para que no dia seguinte seja dada continuidade às pesquisas, o que lembra-me a cultura dos jovens, de salvarem fases em jogos eletrônicos, para depois continuarem a jogar a partir de onde pararam. O fio narrativo, segundo professores, para continuidade do trabalho.
Uma proposta educacional que favorece a participação e o envolvimento familiar. O gestor escolar e o gestor público integrados ao processo, favorecendo a inclusão e coesão social, e por conta disso tudo as crianças se habituam a discutir, conversar, fazer peguntas a si mesmas e aos outros.
Uma interessante proposta educacional que merece ser vista, discutida e divulgada.
Vejam abaixo outros vídeos educacionais interessantes feitos pela Univesp TV (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), no seu canal no You Tube:
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sexta-feira, 15 de março de 2013
"A finalidade da educação não é validar a ignorância, e sim, superá-la" - Lawrence Krauss, físico teórico
O vídeo acima, Parem de Validar a Ignorância, foi indicação via e-mail do prof. Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil e trata-se de fala de Lawrence Kraus, físico teórico estadunidense, e que destaco como título desta postagem uma de suas frases: "A finalidade da educação não é validar a ignorância, e sim, superá-la".
De fato, por causa da intolerância religiosa e do desconhecimento científico, muitas inverdades são mantidas como dogmas, quando na verdade, a ciência e o bom senso já revogaram este pensamento arcaico.
E como educadores, devemos pensar a educação como um instrumento de emancipação do indivíduo, através do livre pensar, do estímulo a argumentação e sustentação de pontos de vistas, da réplica e tréplica, da autonomia da pesquisa e do respeito ao conhecimento humano e dos avanços da Ciêncía, Tecnologia, Educação e Sociedade. E não apenas a defesa do pensamento monolítico, em todos os sentidos.
Conforme apresentação do vídeo no You Tube:
Em protesto contra a decisão do Conselho Estadual de Educação do Kansas de permitir que o design inteligente seja ensinado nas escolas públicas como uma alternativa para o criacionismo, Bobby Henderson audaciosamente argumentou que "O Monstro do Espaguetti Voador" também deva ser ensinado em tempo igual nas salas de aula.
A ideia por trás dessa paródia pitoresca era simples. A tolerância religiosa é uma coisa. Outra coisa é ensinar as crianças alegações infalsificáveis.
Segundo o físico Lawrence Krauss, autor de "Um Universo a Partir do Nada: Por que Existe Algo ao Invés do Nada", a noção de que a Terra tem 6.000 anos de idade, em oposição aos 4,55 bilhões de anos de idade, é simplesmente um erro, e um erro muito grande de fato. Ensinar um erro, diz Krauss, tem conseqüências. Seria como "ensinar as crianças que o tamanho dos Estados Unidos é de 5 metros. Para ver o quão grande isto é um erro", diz Krauss.
Qual é o significado?
Como Krauss gosta de dizer, "a finalidade da educação é o de superar a ignorância, não validá-la." Em outras palavras, não podemos desvirtuar nosso ensino de Ciência, Krauss argumenta. Na verdade, precisamos ser mais ousados.
"O próprio fato de que muitas pessoas estão dispostas de alguma forma a acreditar que a Terra tem 6.000 anos de idade", argumenta ele, "significa que temos de fazer um trabalho melhor ao ensinar Física e Biologia, e não um trabalho pior."
Krauss tem problema em particular com o fato de que alguns políticos são obrigados - por qualquer razão - a disseminar a ideia de que a Terra tem 6.000 anos de idade. Ele sinaliza a Marco Rubio, um senador dos Estados Unidos que ganhou as manchetes a vários meses atrás, quando ele disse que não sabia qual é a idade da Terra.
Ao qualificar suas observações, Rubio também disse isso : "Eu acho que a idade do Universo não tem nada a ver com a maneira com que a nossa economia vai crescer."
Krauss discorda, e diz:
A tecnologia e biotecnologia serão a base do nosso futuro econômico. E se permitirmos que um absurdo seja disseminado nas escolas, nós faremos um desserviço aos nossos alunos, um desserviço aos nossos filhos, e estaremos garantindo que eles vão ficar para trás em um mundo competitivo, que depende de uma força de trabalho qualificada capaz de compreender e manipular a tecnologia e a Ciência.
quinta-feira, 14 de março de 2013
Mágica para os olhos: o peixe no aquário (Revista Ciência Hoje das Crianças)
O vídeo acima, Mágica para os olhos, descobri via Facebook de José Carlos Antonio, educador de Santa Bárbara do Oeste, SP, Brasil.
Trata-se de um dos diversos vídeos do canal Ciência Hoje das Crianças, que é a versão digital da Revista Ciência Hoje das Crianças, material que foi tema de reportagens publicadas na página da publicação na internet.
Ótimo material para resgatar as brincadeiras antigas, seja de ilusão de ótica como esta, bem como a criação de brinquedos com sucata etc.
Endereço do Ciência Hoje das Crianças no Twitter: @chcriancas
Abaixo, imagem e link para a Revista Ciência Hoje das Crianças, versão online:
REVISTA CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS
Canal de Vídeos CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS, no You Tube
No portal há links para Jogos, Vídeos, Quadrinhos, Rádio (diversos arquivos de áudio: podcasts), Clube do Rex (o dinossauro, mascote da revista), Temas (matemática, física, astronomia, meio ambiente etc), Novidades etc.
Dentre os diversos jogos educacionais, explorei o MUTIRÃO DA LIMPEZA, em que a personagem Rex cata lixo (garrafas de vidro e latinhas) no fundo do rio e deposita numa caixa para sua amiga Diná, tentando não levar choque de peixes. A cada nível a dificuldade aumenta e o número de peixes que dão choque. Vejam imagens abaixo:
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quarta-feira, 13 de março de 2013
Todas as crianças nascem gênios, mas são esmagadas pela própria sociedade - Michio Kaku
O vídeo acima, Todas as crianças são gênios nascidos, mas são esmagadas pela própria sociedade, descobri no You Tube e trata-se de breve mas interessante fala de Michio Kaku, físico teórico estadunidense, professor e co-criador da teoria de campos de corda, um ramo da teoria das cordas.
Conforme dados: "Kaku formou-se como bacharel (summa cum laude) na Universidade de Harvard em 1968, quando ele foi primeiro em sua turma de física. Em 1972, ele dirigiu-se ao Berkeley Radiation Laboratory na Universidade de Berkeley para receber o PhD. Em 1973, tornou-se membro da Universidade de Princeton. E atualmente ele é professor da City University of New York. Autor de vários artigos técnicos envolvendo a teoria das cordas, a supergravidade, supersimetria e hádrons; seus estudos atualmente se concentram na Teoria de tudo. Ele é autor de vários livros de divulgação científica, e também fez várias participações em programas de televisão explicando os conceitos mais "esotéricos" da física moderna. Atualmente apresenta dois programas no Discovery Channel: A Física do Impossível, Como Funciona o Universo e O Mundo do Futuro."
A referida fala de Michio Kaku me remeteu ao questão bem atual da distribuição de tablets às crianças, quando se sabe que em boa parte das escolas, com receio de perdas, extravios, roubos etc, impedem que a máquina seja levada para casa do aluno; que os professores são capacitados para utilizar os aplicativos, mas não para uma metodologia que priorize o trabalho em grupo, e não apenas cada criança com sua telinha tremeluzente à frente; e quando em uso na escola, tais equipamentos têm restrito seu acesso a ambientes virtuais (que podem também ser de aprendizagem online e a distância) como blogs, redes sociais, jogos etc. Tal proibição muitas vezes é mais por desconhecimento das possibilidades de aprendizagem de e em tais ambientes. É mais simples proibir, até descobrir possibilidades, mas tais atitudes, de certa forma, esmagam a criatividade e a possível genialidade do aluno, se não forem trabalhadas em colaboração com o educador. Incentivar a curiosidade do aluno e não a simples memorização de nomes e datas, trabalhar com teoria e prática, com reprodução e produção, alguns dos desafios da cultura digital.
Para refletir sobre tecnologia e educação.
Recomendo também, mais abaixo, pequenos vídeos de Michio Kaku, em que o físico discute temas da Física Moderna, com uma didática acessível, que poderá servir aos professores de Física para tratar outros temas da disciplina em sala de aula, e proporcionar outras pesquisas na bilbioteca escolar e no mundo virtual:
Michio Kaku - O Lado Negro da Tecnologia
Michio Kaku - O Déjà-vu e o Multiverso
Michio Kaku - Um Buraco Negro em Nosso Próprio Quintal
Michio Kazu e o livre arbítrio
Michio Kaku - Super Camera Captura o Que Está Além da Compreensão Humana
Michio Kaku - O "Santo Graal" da Astronomia Planetária
Vejam também abaixo o interessante documentário UM UNIVERSO FLUTUANTE, com o Dr. Michio Kaku, professor de Física Teórica na Universidade da Cidade de Nova Iorque, EUA:
Como você quer viver os últimos anos de sua vida? Melhor prevenir do que remediar!
O video acima, Como você quer viver os últimos dez anos de sua vida, foi indicação via Facebook de Josane Batalha Sobreira, educadora de Campinas, SP, Brasil.
Trata-se de campanha institucional a respeito da prevenção de problemas cardíacos, feita para The Heart and Stroke Foundation, do Canadá.
Através de uma tela partida ao meio, é apresentada as duas vidas de uma mesma pessoa, mostrando as bifurcações do destino, e das possíveis escolhas que podemos fazer, entre o prevenir e o remediar. Um vídeo que incentiva as pessoas a adotarem hábitos saudáveis, desde cedo, para uma vida com mais vitalidade.
Assim é a educação, não apenas para a saúde, mas para uma vida menos estressante no cotidiano, respeitando valores e limites, consciente de que as escolhas feitas agora repercutirão no futuro e na qualidade de vida que poderemos ter mais adiante.
Entre o tênis e o chinelo, a roda da bicicleta ou de uma cadeira de rodas, a gravata e o respirador, as duas faces de uma mesma vida, em tela partida.
terça-feira, 12 de março de 2013
O Criador: curta-metragem para refletir sobre a autoria na Educação
O vídeo acima, The Maker (O Criador), foi indicação via Twitter do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e editor do premiado blog educacional Caldeirão de Ideias.
The Maker - que também pode ser traduzido por "o autor", "o fabricante" - é um curta-metragem que participou do Anima Mundi 2012. Escrito e dirigido por Christopher Kezelos, o curta conta o desafio de um estranho ser na corrida contra o tempo para fazer a criação mais importante de sua vida.
Sempre procuro assistir alguns vídeos, dentre eles curtas-metragens, com um olhar educacional e quando terminei de assistir The Maker foi nítido para mim que o mesmo pode ser utilizado como metáfora da educação, seja de pais e filhos, professores e alunos, de professores formadores de outros professores, pois o grande desafio de O Criador é moldar alguém a sua imagem e semelhança, durante a virada da ampulheta, que pode ser justamente quando o professor de aposenta, escolhendo seu sucessor, do mestre ao seu discípulo, dos pais ensinando aos filhos seus valores, e quando partirem, deixarem a estes o mesmo encargo que os moldou: a vocação, o talento, a aptidão. Este fazer pedagógico que é espelhado em algum Autor.
Vejam que The Maker (O Autor) faz sua criação amparado em um livro, que provavelmente abrange este conhecimento secular a serviço da inovação, da renovação, a partir do conhecimento passado de geração a geração. Educar é promover esse eterno recomeçar. Afinal, nós passaremos, mas o conhecimento adquirido precisa seguir adiante...
Interessante o sinal na testa do estranho ser, que é reproduzido na testa de sua criação, e assemelha-se ao sinal presente no violino. A música é uma das linguagens desenvolvidas pela humanidade, e é uma linguagem universal, pois tendo harmonia, nem é preciso entender de música, nem ler uma partitura para compreender a mensagem que nos leva e eleva.
Mais tarde, ao rever esse curta, pensei que o tal sinal - e nada é por acaso, em se tratando de manifestação artística - fosse uma metáfora visual para a questão da música interior e que o violino fosse mero instrumento para atingir esse objetivo. Ou numa analogia entre a arte e a educação, que o Maker (Criador) fosse a própria música. Transposto pra Educação, que a Metodologia e Didática do professor são sua marca pessoal (na testa, que remete à consciência e ao conhecimento) e que o violino - que pode ser um datashow, com computador e conexão à internet, um retroprojetor, um mimeógrafo, tantos faz - é um acessório, um aliado um meio ou multimeio para qualificar esse processo de ensino-aprendizagem.
Um ótimo vídeo para que professores e alunos discutam sobre criação e autoria, produção e reprodução em sala de aula.
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domingo, 10 de março de 2013
Aprendendo com um movimento pés-descalços, por Bunker Roy (TED)
O vídeo acima, Aprendendo com um movimento pés-descalços, descobri no You Tube e trata-se de palestra de Bunker Roy ao TED, sobre a Universidade dos Pés-Descalços, que foi idealizada e fundada por ele, décadas atrás, em Rajasthan, na Índia, "uma escola extraordinária ensina mulheres e homens do meio rural - muitos deles analfabetos - a tornarem-se engenheiros solares, artesãos, dentistas e médicos nas suas próprias aldeias."
Depoimento de quem teve uma educação elitista e largou tudo para se dedicar a um projeto de trabalho que é extensão do projeto maior de vida, de fazer o bem comum aos mais necessitados. Nem apologia nem ideologia, uma filosofia de vida de quem frequentou escolas e universidades mais caras da Índia.
Bunker Roy diz que descobriu "os mais extraordinários conhecimentos e habilidades que as pessoas muito pobres têm, que nunca são trazidos ao conhecimento público, que nunca são identificados, respeitados, aplicados em larga escala" e ai pensou em fundar a Universidade dos Pés-Descalços, uma universidade só para os pobres, resgatando e sistematizando este conhecimento popular, e passando a visitar as aldeias mais pobres da Índia.
Pensando nas palavras de Roy, penso que muitos sistemas de ensino são inspirados em sistemas de ensino considerados modelo, de Primeiro Mundo, mas que nem sempre são adaptados à realidade local, simplesmente transplantando, como uma metáfora, um tipo de palmeira que sobrevive melhor numa região para um deserto... Em uma aldeia, o conselho de anciões sugeriu que Roy não trouxesse nenhum acadêmico para a Universidade, se queria mesmo que seu objetivo fosse alcançado, e assim o fez... Na UPE (sigla que utilizo para mencionar a entidade) é preciso saber trabalhar com as mãos, ter a praticidade das coisas. Que seja um trabalho prestado à comunidade. Na verdade, parece-me uma escola de ensino profissionalizante com sentido social e comunitário. E estes profissionais são parteira, oleiro, agricultor, artesão etc.
Fica claro que objetivo da UPE é organizar este conhecimento e difundir, pois estamos justamente entrando em nova revolução tecnológica e muitas das profissões - sapateiro, alfaiate, engraxate etc - estão sendo extintas, diante da massificação dos produtos e das linhas de produção, cada vez mais substituindo pessoas por robôs. Muito conhecimento como o de fazer brinquedos com sucata foi quase perdido e é totalmente desconhecido da atual geração que nasceu sob o impacto dos eletroeletrônicos.
Divulgar, sistematizar e valorizar este conhecimento e habilidades dos mais humildes, que é algo universal, a partir de questões puramente locais.
Quando divulguei o referido vídeo nas redes sociais, uma colega e amiga me perguntou se não considerava a proposta "uma apologia da não-escolarização e a negação do conhecimento humano sistematizado pelos séculos". Revendo o vídeo, penso não se tratar nem de apologia nem de ideologia, mas de uma filosofia de vida e de trabalho em comunidade. Trata-se do resgate de práticas milenares e justamente sua sistematização, ainda que sem a preocupação formal da certificação, da validação oficial de estudos, ou seja, das práticas convencionais de educação, hoje muito calcadas em aumentar o currículo vitae, para competir com o mercado cada vez mais individualista.
Universidade esta que funciona a partir do estilo de vida e de trabalho de Mahatma Gandhi, que disse certa vez: "Seja a mudança que desejas para o mundo". Não há contratos e ninguém recebe mais de 100 dólares por mês.
Outro objetivo é de que as pessoas venham para criar e experimentar ideias, por mais malucas que sejam. O empirismo, a praticidade. Como disse Bunker Roy: "O Liceu Pés-Descalços é o único liceu onde o professor é o aprendiz e o aprendiz é o professor."
Não é conferido certificado, a construção da escola foi feita por seus integrantes, através do conhecimento prático de cada um; toda energia é solar, através da captação feita por painéis instalados no telhado pelas mulheres das comunidades, de forma autodidata. A água é coletada da chuva através da canalização pelo telhado. Há escolas noturnas por que lá as crianças trabalham de dia e estudam à noite.
Enfim, os maiores objetivos da UPE são os trabalhos manuais e os conhecimentos práticos DO e PARA o dia a dia em comunidade, socializando saberes em prol de todos, sem fins lucrativos, preservando este conhecimento em tempos de tecnologia de ponta e consumismo, individualismo e tudo mais. E o mais interessante de tal projeto de vida e de trabalho, idealizado por Bunker Roy é que a cada 5 anos é eleito um primeiro-ministro que escolhe o seu ministério e efetivamente acompanha o que acontece em 150 escolas destas aldeias, com um público-alvo de 7 mil crianças.
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sábado, 9 de março de 2013
"No princípio existia a Natureza. Depois, algo aconteceu..." (Música e Pintura)
O belo vídeo acima Music Painting - que prefiro chamar de "No princípio existia a Natureza. Depois, algo aconteceu...", versos iniciais da canção que descobri visitando o blog O Único Planeta Que Temos, indicação via e-mail pelo professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
No blog encontrei um rico material, alguns já conhecidos do Educa Tube, mas outras preciosidades como o vídeo acima mencionado, que trata-se da arte de Alice Ninni e da música Lacrime Di Giulietta, de Matteo Negrin, contando a história sobre o processo civilizatório e a natureza, através da pauta e das notas musicais. Criativo e original.
Uma música pintada ou uma pintura musicada, em 2010, uma história cantada e desenhada (reparem como as notas musicais aparecem sob diversas formas no papel) que serve para trabalhar arte, cultura, história e sociedade no ambiente escolar.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Caixas Misteriosas: educação, tecnologia e imaginação
O vídeo acima Caixas Misteriosas, descobri no You Tube e trata-se de palestra de J.J. Abrams, criador da cultuada série "Lost", que mudou o formato e o estilo dos seriados de TV, e que fala sobre o recurso do suspense no cinema e na TV, e sobre a influencia da tecnologia na criatividade, mas que o Educa Tube direciona também para a educação.
Inspirado em suas memórias, principalmente nas tais caixas misteriosas que seu avô o presenteou na infância, J.J. Abrams conta como o mistério é um catalisador da imaginação. De fato, o mistério, a curiosidade (e também o medo), movem a inventividade humana, ora como passatempo, ora como mecanismo de defesa. Muitos dos recursos tecnológicos foram criados a partir destas três emoções. Mais: muito da tecnologia atual é fruto da imaginação, contida da literatura, no cinema e outras manifestações artísticas e culturais. Para os curiosos, sugiro a leitura do livro Da Terra à Lua, de Júlio Verne, que antecipa em um séculos a ida do homem (espécie) ao nosso satélite natural, com incrível precisão de detalhes, como local de partida e retorno, tamanho da cápsula etc. Premonição? Que nada. Verne era ávido leitor de literatura científica também, que refletia em sua arte, e, provavelmente, com base nisso, estipulou o melhor caminho para tal viagem. E assim, como ele, outros autores, como Gene Roddenberry e seu Jornada nas Estrelas, na década de 1960, antecipou o moderno telefone celular (o comunicador entre os tripulantes em Terra e a nave USS Entreprise), a Estação Espacial Internacional (que é a ponte de comando da Enterprise, com o estadunidense Kirk, o russo Checov, o japonês Sulu, a afrodescendente Uhura, o vulcano Spock), só faltando inventarem o teletransporte, que deve estar contido em alguma caixa misteriosa da imaginação de algum cientista do futuro.
Para o Educa Tube a tecnologia, bem como a arte e a cultura são fontes de inspiração no processo criativo. A cena da turbina que suga um passageiro, em Lost, é prova disso. Sem a tecnologia, tal cena seria impossível de ser feita com um dublê.
A tecnologia deveria ser também para o educador e seu processo de ensino-aprendizagem, um dos catalisadores da imaginação, incentivando a criação colaborativa entre alunos, seja utilizando o laboratório de informática como a biblioteca escolar, pois ambos, se bem utilizados dentro de uma proposta educacional, são belas e misteriosas caixas.
o que são histórias, sejam de contos de fada como a oficial, senão caixas misteriosas? O que é educar senão abrir essas caixas?
E o mais interessante na fala de J.J. Abrams é quando ele apresenta cena do filme Tubarão, de Steven Spielberg, em que o filho se espelha nos movimentos e caretas que o pai faz, sentados à mesa da cozinha (não consegui localizar a cena, mas na palestra de J.J. é mostrada). Cenas como estas, segundo Abrams, que concordo plenamente, são as historias por trás de cada história. Na literatura, além do roteiro horizontal, há uma história contada em sentido verticalizado, e assim na vida, se olharmos uma notícia em jornal ou telejornal, trata-se apenas de uma versão dos fatos, e por trás dela há outras micro histórias a serem contadas, reveladas, como o abrir de caixas misteriosas.
Ler um livro, ver um filme, jogar um game, dar uma caminhada com uma criança ou um jovem é de certa forma abrir caixas misteriosas. E dialogar sobre as caixas misteriosas que o educador (seja pai ou professor) tinha quando era criança, uma pequena viagem no tempo. Falar de um tempo em que as caixas misteriosas não eram a internet, o computador e o videogame, mas os brinquedos feitos com sucata (carros feitos latas de óleo, de leite, pipas de armação de madeira e asas de papel celofane, etc) é mostrar que a imaginação é um pássaro aprisionado numa caixa misteriosas que precisa ser aberta e libertada a ave rara que existe lá... Cabe aos educadores mostrarem com computador de mesa, notebook, fone celular, tablet e outros, as caixas misteriosas da atualidade, podem ser utilizadas dentro de uma proposta unindo arte, cultura, história, tecnologia, educação e muita Imaginação.
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quinta-feira, 7 de março de 2013
Sinfonia da Ciência: A Poesia da Realidade
O belo vídeo acima Sinfonia da Ciência: A Poesia da Realidade, descobri visitando o blog O Último Planeta Que Temos , indicado via e-mail pelo professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil e trata-se de uma criativa e original canção sobre a ciência, a partir da montagem com frases de 12 cientistas: Michael Shermer, Jacob Bronowski, Carl Sagan, Neil deGrasse Tyson, Richard Dawkins, Jill Tarter, Lawrence Krauss, Richard Feynman, Brian Greene, Stephen Hawking, Carolyn Porco e PZ Myers. Edição de áudio Symphony Of Science com a fala dos cientistas, modulada para dar a impressão que estão cantando.
Realmente a poesia da realidade, através da ciência e da tecnologia. Uma bela e criativa forma de unir ciência e música, arte e cultura, educação e tecnologia.
Um belo projeto que trabalha com as falas de cientistas, tratando-os como rock stars. Abaixo, outro belo vídeo chamado Segredo das Estrelas (em inglês):
Para assistir a mais vídeos em que a ciência é apresentada como música, vejam no link abaixo:
SINFONIA DA CIÊNCIA
Posteriormente a publicação desta postagem encontrei outras versões legendadas (em português e inglês) de a Sinfonia da Ciência, vejam abaixo:
O MUNDO QUÂNTICO
O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA
NOSSO MAIOR DESAFIO (MUDAR O CLIMA)
ESTAMOS TODOS CONECTADOS
NOSSO LUGAR NO COSMOS
NÓS SOMOS POEIRA DE ESTRELAS
quarta-feira, 6 de março de 2013
Novas experiências para o autodidata, por Sugata Mitra (TED)
O vídeo acima Novas experiências para o autodidata, trata-se de palestra ao TED de Sugata Mitra (2010), cientista da educação, que conforme apresentação no You Tube: "(...) aborda um dos maiores problemas desta área: os melhores professores e as melhores escolas não existem onde são mais necessários. Numa série de experiências na vida real desde Nova Deli a África até Itália, deu às crianças acesso auto-supervisionado à Internet e viu resultados que podem revolucionar a nossa forma de pensar sobre o ensino."
Um de seus projetos mais conhecidos de inclusão digital e social, iniciada em uma favela de Nova Deli, chama-se "O Buraco no Muro" (veja o referido vídeo ao final desta postagem), já destacado pelo Educa Tube.
De fato, a criança e o jovem desta geração é autodidata e aprende mais facilmente através das trocas estabelecidas em grupos, quando um socializa aos demais o que vai descobrindo. Conforme notou Mitra: "as crianças vão aprender a fazer aquilo que querem aprender a fazer". Crianças aprendem e ensinam umas com as outras, de forma autodidata a manipular complexos mecanismos tecnológicos, mesmo quando sequer estão alfabetizadas, chegam a jogar games em língua estrangeira, mal dominando o próprio idioma, tudo por conta do interesse, ainda mais quando se trata de recursos audiovisuais, como internet, videogames, fones celulares etc.
Sugata Mitra recorda frase de Arthur Clarke, escritor de ficção científica, como o clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço: "Um professor que puder ser substituído por uma máquina deve sê-lo". De fato: pois aquele professor que executa um ensino mecânico e robotizado sempre estará em franca desvantagem com as máquinas, cada vez mais sofisticadas em obedecer comandos pré-estabelecidos por seus criadores. Até prova em contrário, e que a Inteligência Artificial, antes mera ficção e hoje sendo incorporada ao cotidiano, possa superar a inventividade do cérebro humano, sempre as máquinas precisarão de um programador. E se chegarem a se autoprogramar, não creio que máquinas cheguem a se equiparar aos humanos na questão do autodidatismo, que requer experimentação, observação, aprendizagem com erro, trocas de experiências de vida etc.
Outra afirmação de Clarke a Mitra foi que: "Se as crianças tiverem interesse, a educação acontece". E ai, entra o papel social do educador, seja pai ou professor, em estimular o interesse pelo processo educacional, que inicia na família (ou deveria) com a aquisição de valores e limites de convivência social) e tem (ou deveria ter) continuidade na escola, com a instrução, e segue por toda vida, através do trabalho em sociedade. Mas parafraseando o colega e amigo Jarbas Novelino, de Sao Paulo, SP, Brasil, que em seu blog Boteco Escola no post TIC e Educação: Onde as coisas mudam? (parte 1) (parte 2) (parte 3) se reportava a questão dos blog educacionais, que deveriam ser menos didáticos e mais comunicativos, amplio esta questão da tecnologia educacional em si, já que é público e notório que não há necessidade do professor ser didático no uso das ferramentas, pois os alunos dominam melhor do que ele (o autodidatismo que Mitra demonstra), mas precisa ser um comunicador para se fazer entender, motivar, incentivar e estabelecer um diálogo entre gerações, em que o aprender e o ensinar seja uma via de mão dupla, e nisso o educador e pensador Paulo Freire já dizia, muito antes da informática, da internet, das mídias e redes sociais estarem no cotidiano de alunos e alguns professores: "Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender".
O trabalho de Sugata Mitra vem de encontro ao que tenho comentado com colegas em formações, palestras, cursos e eventos diversos, de que a aprendizagem funciona mais em pequenos grupos, que compartilham suas descobertas. Mitra divide as crianças em grupos de quatro: a cada quatro alunos um computador é usado ao invés de quatro máquinas, e as crianças podem ir trocando de grupos, conforme o seu interesse ou desinteresse. E o que concordo plenamente com Sugata sobre a memoria fotografuca e troca de informções entre alunos é que de fato "uma unica criança na frente de um computador não fará isso", refereridno-se a aprendizagem coletiva. Um computador, uma mesa, um banco para quatro pessoas e um mediador, que pode estar a quilômetros de distância e se comunicar via Skype, sendo até mesmo uma avó, que passe sua experiência de vida.
Um dos exemplos foi em escola italiana que Mitra, falando apenas inglês, conversou com alunos que só falavam italiano, e logicamente a comunicação não se estabeleceu, mas quando ele escreveu no quadro em inglês, rapidamente eles copiaram e traduziram via Google. Para Sugata há um sistema de auto-organização feito por crianças em que a estrutura aparece sem uma intervenção explicita do exterior e que a educação é um sistema de auto-organização onde a aprendizagem e um fenômeno emergente. E ao final, Mitra mostra a aritmética para mudar a educação.
Um vídeo reflexivo e motivador, que todo educador precisa assistir, divulgar e debater.
terça-feira, 5 de março de 2013
Sem Luz: curta-metragem de animação sobre energia elétrica
O vídeo acima No Light (Sem Luz), trata-se de curta-metragem de animação desenvolvido pela Qurien, empresa de design e animação, e que descobri no You Tube.
A personagem começa o dia, como outro qualquer, até que as quedas de energia elétrica afetam suas necessidades básicas de abastecimento de água, comunicação, ambiente de trabalho, entretenimento etc. Conforme apresentação do vídeo: "A incerteza constante de fornecimento de energia elétrica afeta todos os equipamentos eletrônicos modernos que a personagem utiliza & finalmente desestabiliza sua vida diária pessoal e profissional".
O curta-metragem "No Light" alerta para isso, de como seria nossos dias se eletricidade. Mais que isto, serve como alerta não apenas sobre consumo de energia, mas de como estamos extremamente dependentes de equipamentos eletroeletrônicos em nosso cotidiano, desde que acordamos até dormir. E cada vez mais são inventados equipamentos eletrônicos que depende da eletricidade para recarregar as baterias ou para manterem-se em funcionamento. Com o aquecimento global e as mudanças climáticas, ventiladores, condicionadores de ar, climatizadores são ligados em casa e no trabalho. Com o crescimento populacional, mais equipamentos são produzidos e comercializados. Há mais de um fone celular per capita, e isso também gera o famoso lixo eletrônico, com componentes altamente tóxicos depositados em lixões, contaminando leitos de rios, subsolo etc.
Há quem deixe todas as peças da casa com a luz ligada, ainda que more sozinho e esteja acomodada apenas em uma das peças (sala, por exemplo), com a TV ligada, acessando a internet, via computador... Um consumo que requer cada vez mais produção de energia, que requer um custo socioambiental também, com a criação de represas, hidroelétricas, desmatamento, inundação e tudo mais...
Sem falar na questão de que hoje em dia as pessoas isolam-se em sua "bolha" ou bola de cristal, que são seus mundos virtuais e não conversam mais entre si, salvo quando falta luz. Certa vez, em projeto de aprendizagem sobre a Água e a Energia Elétrica com alunos da educação especial, perguntei a eles o que faziam, quando faltava luz; Um deles disse que assistia televisão. Fiquei surpreso, mas logo ele explicou que o pai era pescador e pegava a bateria do barco e ligava nela a TV. Mas ai tornei a perguntar: E que quando acabasse a bateria? Bom, ai eu converso com meus pais e brinco com meus amigos. Outros disseram o mesmo: sem luz, eles convivem com outras pessoas, andam de bicicleta (se de dia, logicamente) e procuram outras formas de se divertirem.
Tenho procurado um vídeo que me comentaram sobre quatros garotos cada um com seu celular teclando em redes sociais, e chega um quinto e quer conversar da forma convencional: olho no olho, sem intermediação de uma máquina. Porém, ninguém lhe dá atenção, até que diante da insistência deste em dialogar, um dele diz: liga teu celular e converse com a gente por ali também. (quem conhecer este vídeo, por favor socialize comigo o link para que eu possa ampliar aqui esta reflexão).
Recentemente li notícia sobre explosões solares e estudo de cientistas britânicos (veja link abaixo) que dizia que a cada 150, 200 anos ocorrem supertempestade solar, e que a última ocorreu em meados do século 19, causando transtornos às comunicações da época (telégrafo basicamente e alguns equipamentos). E que se ocorrer uma atualmente, dependente que estamos das comunicações via rádio, TV, internet, que dependem dos satélites em órbita, os prejuízos seriam incalculáveis por conta da interferência eletromagnética, podendo o mundo inteiro ficar um largo tempo sem estas ferramentas de comunicação e localização. Precisaríamos a retornar ao serviço de correios convencional, a carta escrita, imaginem só... E voltar ao tempo que para conversar com alguém não era preciso estar conectado a algum aparelho eletroeletrônico...
Cientistas estão preocupados com supertempestade solar
segunda-feira, 4 de março de 2013
La surconsommation (consumo excessivo): a nova "cadeia" alimentar (consumidos e consumidores)
O impactante vídeo acima La surconsommation (consumo excessivo), que rebatizei de A nova "cadeia" alimentar, por motivos óbvios que comentarei mais adiante, foi indicação via e-mail do professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
La surconsommation é um curta-metragem que mostra de forma avassaladora, através da força das imagens, esta nova "cadeia" alimentar em que os animais, dito irracionais, estão cada vez mais confinados, para ganhar peso e serem abatidos numa moderna linha de produção, enquanto os humanos, e ditos racionais, ora são consumidos, ora consumidores... Consumidos pelo estresse das grandes cidades, pelo modelo consumista de ter mais do que ser, do individualismo, da busca pelo lucro fácil, pela fortuna instantânea que tem colocado o próprio planeta em desequilíbrio socioambiental. Uns cada vez mais ricos, outros cada vez mais pobres.
Citando Albert Einstein: "O homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela vida sem ver nada."
E precisamos abrir os olhos, ver, rever, debater, discutir, refletir e pensar um novo modelo civilizatório, mais calcado na coletividade do que na individualidade, mais no compartilhar do que no competir, mais nas ações que visem o bem comum e não apenas os bens materiais de alguns incomuns mortais, cada vez mais donos do mundo, como certos conglomerados econômicos, que são mais ricos que muitos países (as empresas transnacionais).
A cena final do vídeo fecha o círculo vicioso deste modelo nocivo a todos os seres vivos deste planeta.
Enfim, já ficou mais do que provado e comprovado de que com este nível excessivo de consumo, seria necessário mais de três planetas, embora boa parte da população viva sob condições subumanas, que nem alguns animais, confinados em guetos, favelas, invasões de terras, por não terem onde viver, morar dignamente. São todos sobreviventes deste progresso...
Certa vez li matéria de jornal que dizia que estudos das Nações Unidas indicavam que se toda a riqueza produzida no mundo fosse dividida igualitariamente (uma utopia!), cada um dos 7 bilhões de habitantes do planeta teria uma renda per capita de cerca de quatro mil dólares. Não haveria ricos nem pobres, certamente, mas também de nada adianta dividir, redistribuir renda sem uma nova tomada de consciência global, uma nova matriz social, pois a Terra não suportará por mais tempo este consumo excessivo. O que é preciso a mudança cultural que leve em conta a sustentabilidade e a continuidade da vida no planeta.
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The Six Dollar Fifty Man: curta-metragem, bullying e educação
The Six Dollar Fifty Man from NZ Shorts on Vimeo.
O belo e sensível vídeo acima, The Six Dollar Fifty Man, trata-se de curta-metragem (2009) com direção de Mark & Louis Sutherland, da Nova Zelândia, e descobri no Vimeo. Uma pequena obra-prima, feita com poucos diálogos e a força das imagens que falam por si. Resumo: Em 1970, na Nova Zelândia, The Six Dollar Fifty Man segue Andy, um menino corajoso de 8 anos de idade que é forçado a sair de seu mundo de faz de conta povoado por super-heróis para lidar com valentões no recreio escolar.
Não consegui uma tradução apropriado para o título do vídeo. "Homem 50 de Seis Dólares"? Talvez uma alusão ao boneco de uniforme vermelho de Andy, que acompanha o menino aonde quer que ele vá, inclusive em seus saltos dos telhados.
Um belo material para trabalhar arte e cultura, bullying e linguagem. Arte por se tratar de um curta-metragem com atores, em sua maior parte, crianças, com muito talento; bullying pois toda a história trata do isolamento daqueles jovens (e o menino é um desenhista talentoso) que pela timidez sofrem perseguição dos valentões, que sempre atuam em grupos; e linguagem, por que embora falado em inglês (veja versão com legendas automáticas, ainda que confusas, pelo You Tube, vídeo abaixo), que por ter poucos diálogos e manter um ritmo que favorece a leitura das imagens, poderá ser utilizado tanto por professores de língua portuguesa como inglesa, em separado ou juntos, em atividade que favoreça a interpretação da narrativa e a produção textual, sem falar na própria questão do bullying no ambiente escolar e na sociedade.
Um vídeo cativante, emocionante, belo e profundo e com um final surpreendente...
Abaixo, música Jumps the fence (Pule a cerca), de Connan Mockasindo que faz parte do curta-metragem:
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domingo, 3 de março de 2013
Sobrevivendo ao Progresso / Surviving Progress (2011): documentário
SOBREVIVENDO AO PROGRESSO / Surviving Progress (2011) LEGENDA PT from famintos um on Vimeo.
O vídeo acima, Sobrevivendo ao Progresso (Surviving Progress), é um ótimo documentário, produzido em 2011 por Matthieu Roy, e me foi indicado via e-mail pelo professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
Sobrevivendo ao Progresso, conforme sinopse, trata de:
"A ascensão da Humanidade [que] é geralmente medida pela velocidade do progresso. Mas e se o atual progresso estiver nos prejudicando, em direção ao colapso? Ronald Wright, autor do best-seller 'A Short History Of Progress' (A Breve História do Progresso), que inspirou este documentário, mostra como as civilizações do passado foram destruídas pelas 'armadilhas do progresso' - tecnologias fascinantes e sistemas de crença que atendem a necessidades imediatas, mas comprometem o futuro.
Com a pressão sobre os recursos mundiais aumentando e as elites financeiras levando nações ao fundo do poço, poderá nossa civilização globalizada escapar da catástrofe - a 'armadilha do progresso' final?
Através de imagens marcantes e insights iluminadores, de pensadores que investigaram nossos genes, cérebros e comportamento social, este réquiem do modelo de progresso usual também propõe um desafio: provar que tornar macacos mais inteligentes não é um beco sem saída evolucionário."
Assistindo a este importante e esclarecedor documentário, foi pausando e fazendo anotações e reflexões, que compartilho com meus seguidores e visitantes:
Primeiro, que os últimos 200 anos tiveram ênfase na máquina, a partir da Revolução Industrial e que a cada revolução tecnológica, sempre a máquina é o carro-chefe do processo em curso. Mas cabe, antes disso, pensar afinal o que é Progresso? Muitos confundem crescimento (que visa consumo e acumulação de bens) com desenvolvimento (que necessita qualidade de vida e redistribuição de recursos). Segundo o vídeo, no século 21 a ênfase é no software (modos de pensar), mais ainda agimos com o mesmo hardware (copor e instinto) de 50 mil anos atrás, quando deixamos de ser meros caçadores-coletores. Que é a cultura que nos diferencia dos homens idade pedra. Mas nossa cultura está muito centrada no Ter do que no Ser. Que são as perguntas, as dúvidas, as indagações que nos diferenciam dos chimpanzés, que compartilham 99,5 % do DNA. Que estamos pensando como ricos que gastam sua herança, ao não lidar com questões cruciais para humanidade, como a sustentabilidade e o modo de vida atual, que podem comprometer o chamado "Capital natural". Que a Natureza do planeta é finita, e que a economia parece viver separada do mundo real, nesta cultura materialista. Que os valores e os limites estão invertidos, uns com muito, outros com nada. E o mais interessante das falas dos entrevistados, ao referir-se sobre o consumismo: "(...) é muito difícil colocar de volta o gênio na garrafa". E que os desafios vivenciados são problemas de técnica mas de ética. Que precisamos de um progresso moral.
Enfim, documentário que dialoga com outros três que o Educa Tube já destacou anteriormente, conforme links abaixo:
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA E A SOCIEDADE DE CONSUMO
DIA DA TERRA (EARTH DAY'S)
QUEM MATOU O CARRO ELÉTRICO?
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