terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
"Uma canção para vovó": o singular-plural de três relatos interligados em três extremidades do Brasil
Vídeo acima Canção para vovó, descobri no Facebook do autor, o jovem Daniel Santos, de Currais Novos, Rio Grande do Norte, Brasil, que além de comovente letra e contundente declaração e amor, lembra-me uma pequena crônica, intitulada "Minha avó não sabia ler e nem escrever. Mas sabia eternizar", do amigo Douglas Felliphe, poeta de Presidente Prudente (SP), Brasil, texto publicado em 03/12/2012, em seu blog chamado Você em pauta, e que reproduzo abaixo:
"Minha avó não sabia ler e nem escrever. Mas sabia eternizar.
E assim ela foi eternizando em mim, os verbos que não leu e nem escreveu, apenas escutou...
Eu na minha infância, apenas enxergava seus movimentos. Ela pegava um livro, olhava para ele e começa a contar historias. Não lia, apenas contava. Oras, ela não sabia ler, mas eu, eu sabia escutar..."
O bom educador, seja ele professor, pai ou avô, é aquele que sabe eternizar, mesmo. Eternizar verbos, e orações subordinadas ou equações matemáticas, que sabe incentivar a leitura de imagens, de coisas e gentes, além das letras e números.
E o mais interessante é que pouco mais de quatro anos após conhecer este texto, mais precisamente em janeiro 2017, quando a convite da professora Nelsa Santos, visitei a E>M.E.F. Padre Eugênio Tyck, na comunidade do Estreito, na zona rural do município de São José do Norte, extremo sul do Rio Grande do Sul (o extremo oposto ao Rio Grande do Norte, onde mora Daniel Santos), o ciclo se fechou, quando a professora me contou um pouco de sua história de vida, durante o caminho de carro da cidade à escola. Logo minha memória se lembrou da história de vida do amigo Douglas Felliphe, que me remeteu ao vídeo de Daniel Santos. Círculos concêntricos da memória como uma pequena pedra que é jogada ao rio e que abre círculos e mais círculos um dentro do outro.
Nelsa me contou que sua mãe era agricultora, morando no interior, sem acesso à educação, mas que mesmo analfabeta a incentivou a estudar até a 4ª série, na escola rural ali próximo. Sua mãe mesmo sem saber ler, contava histórias para ela, lendo imagens e dizendo que o dia que a filha aprendesse a ler lhe contasse o que estava escrito naqueles livros. Nelsa não apenas concluiu a 4ª série, mas depois, devido problemas de saúde, não pode mais ajudar os pais no campo e veio para cidade, onde concluiu ensino fundamental, depois o médio, se formou no magistério e depois concluiu a faculdade, vindo depois a ser diretora na escola da comunidade do Estreito. Uma bela história de vida dela com a mãe, que se conecta ás histórias de vida de Douglas e Daniel com suas avós. Do incentivo que os mais velhos dão aos mais novos, da importância da família na educação como primeiros educadores e incentivadores da leitura de livros e mundo. Da bagagem sentimental que trazemos junto e incorporamos aos projetos de trabalho que são (ou deveriam ser) extensões do projeto maior de vida.
Três relatos de vida, em três formas distintas (vídeo, texto e conversa informal), em três regiões extremas no país (RN, SP e RS), relatos singulares e ao mesmo tempo plurais, únicos e particulares, e ao mesmo tempo universais, unidos pelo amor à arte, à cultura, à família e à sociedade. O singular-plural.
Abaixo, vídeo com a resposta da vó de Daniel Santos ao vídeo com a canção em sua homenagem:
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Este é o ponto: animação feita por alunos sobre a questão da inclusão e da acessibilidade
O vídeo acima, Este é o ponto, foi indicação via Facebook da colega e amiga Elis Zampieri, educadora de Curitibanos (SC) Brasil e trata-se de curta-metragem de animação que, conforme o portal Catraquinha Livre: "[foi] Produzido por duas adolescentes de 16 anos, [e] retrata as dificuldades encontradas por pessoas portadoras de necessidades especiais durante sua espera num ponto de ônibus. Stefanie e Rafaela (criadoras do curta-metragem) nos convidam a olhar com cuidado para as adversidades que fazem parte do cotidiano daqueles que não têm os mesmos privilégios para se locomover pela cidade".
Conforme dados do vídeo, constantes da apresentação do mesmo no You Tube:
"As diferenças humanas e suas peculiaridades apresentadas dentro de um ambiente comum a todos, um ponto de ônibus. Este desenho animado coletivo, foi realizado dentro da ação educativa 'Ciência e Arte nas Férias-2011' da UNICAMP, onde alunos da rede pública de ensino tem acesso aos diversos institutos da universidade realizando atividades educacionais e artísticas. Esta oficina de animação foi realizada dentro do projeto 'Construindo a Diferença com a Diferença: Cartilha de Acessibilidade' numa ação conjunta entre a BCCL, LAB, LEPED e LIS (**)".
O vídeo com direção de Gustavo Tomazi (CADABRA) foi premiado com 2o.Lugar Cat. Ensino Fundamental no Festival Anim'Arte 2011 - RJ e teve participação no Anima Mundi 2011 - Cat. Futuro Animador. A trilha sonora é de Lucas Aribé Alves e Marlon Andrey Barbosa.
Significado das siglas acima:
** BCCL - Biblioteca Central "Cesar Lates"
** LAB - Laboratório de Acessibilidade da Biblioteca Central br /> ** LEPED- Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade
** LIS - Laboratório de Imagem e Som
Observação do Educa Tube Brasil: Uma ótima animação, feita com a técnica de colagem de desenhos e stop motion, que mostra o cotidiano de pessoas com deficiência física (cadeirantes, cegos), obesos idosos etc. que muitas vezes são tratados com descaso ou como se fossem invisíveis, não apenas ao transporte público. Uma realização coletiva entre alunos e professores que serve como inspiração a outras produções audiovisuais que retratem o cotidiano escolar e social. Um verdadeiro artesanato cultural e digital.
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sábado, 25 de fevereiro de 2017
Comer juntos: publicidade canadense sobre a importância da conexão muito além das redes sociais digitais
O vídeo acima Eat Together (Comer Juntos), foi preciosa indicação via Facebook, feita pelo colega e amigo Robson Garcia Freire, educador do Rio de Janeiro (RJ) Brasil e editor do blog Caldeirão de Ideias (um quase sócio do Educa Tube Brasil, desde a sua fundação pelas inúmeras sugestões que compartilha com este blog educacional).
Eat Together é um comercial canadense que critica a solidão em tempos de alta conexão digital, em que é preciso às vezes se desconectar do digital para se reconectar com o real pois vemos ao nosso redor, em toda parte, pessoas vidradas diante de suas telas de todos os tamanhos, alguns totalmente alheios ao entorno, como se vivesse aprisionado a uma Matrix.
A ideia do vídeo simples, bela e comovente mostra uma jovem desligada das tecnologias, vagando entre pessoas conectadas aos seus equipamentos eletrônicos, até que resolve romper aquele ciclo vicioso, colocando uma mesa no corredor do prédio de seu apartamento e convidando os vizinhos para jantar com ela.
Quanto de nós conhece o vizinho? Sabe seu nome? Trocou sequer meia dúzia de palavras? Alguns passam cabisbaixos que nem mesmo dirigem o olhar, quando mais um cumprimento.
Um vídeo para refletir sobre os Tempos Modernos que me lembra antiga postagem do Educa Tube Brasil (link abaixo) sobre a importância de "O primeiro seguidor e a rede social", pois é justamente este primeiro a seguir nossas ideias que gera o primeiro elo da rede e que impede que solitários sejamos considerados tão-somente o "louco da aldeia".
O PRIMEIRO SEGUIDOR E A REDE SOCIAL NO EDUCA TUBE BRASIL
Um ótimo material para pais e filhos professores e alunos, professores e colegas, gestores públicos e escolares debaterem sobre conexões, desconexões e (re)conexões sociais, digitais ou não.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Videoclipe faz "duelo" criativo entre o antigo e o novo, a arte e a cultura, o cinema e a música
O vídeo acima Roundtable Rival, foi indicação via Facebook do colega e amigo Alexsandro Oliveira, educador de Rio Grande (RS) Brasil e trata-se de criativo e divertido videoclipe de Lindsey Stirling, que é uma violinista, dançarina, cantora e compositora dos EUA, que em 2010 participou na quinta temporada do programa 'America's Got Talent'.
Um clipe dirigido pelo jovem Tom Morris (vide making of abaixo), e que demonstra de forma cristalina como é possível promover um sadio e inteligente diálogo entre épocas e linguagens, unindo o antigo ao novo, a arte à cultura, o cinema à música.
Stirling vale-se da dança e da música para promover um divertido duelo (referência ao título do clipe), num cenário que lembra o Velho Oeste, só que ao invés de usar armas são utilizados instrumentos musicais como violinos, guitarras, amplificadores e caixas de som.
Lindsey usa a arte, cultura e história de sua região, de seu país, através da música country, da sua realidade local para fazer um clipe universal que pode ser adaptado à arte, cultura e história da cada região.
Assim deve ser a educação, quando incorporar ao fazer pedagógico elementos artísticos, históricos e culturais do local onde está inserida a comunidade escolar, em diálogo com o universal.
Como este blog sempre reitera: nem tudo que é novo é de fato inovador. Inovar é transformar o que já existe em algo novo também. Não é precisa que o professor todo dia reinvente a roda, que redescubra o fogo, ou que seja genial é invente algo totalmente novo. Ser inovador é torna simples algo complexo. E a simplicidade é que permite a continuidade de projetos, atividades, ações, pois permite a sustentabilidade de pessoas e coisas junto a um objetivo em comum. Inovar, portanto, é transformar coisas ideias e pessoas, levando em conta toda a bagagem artística, cultural e histórica da própria humanidade...
Vejam a seguir o making of do referido videoclipe, ativando as legendas ao clicar nos ícones no canto inferior direito da janela de exibição:
Lindsey Stirling é uma artista que mescla dança, música teatro em suas apresentações, que lembra até O Teatro Mágico, grupo cênico, artístico e musical brasileiro, que mistura poesia, música, circo e trato em suas apresentações. Vejam abaixo mais alguns clipes dela e uns de O Teatro Mágico para comparação:
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Invertebrados: animação para trabalhar Ciências no ensino fundamental e Biologia no médio
O vídeo acima Invertebrados e uma criativa e didática animação, que descobri no Twitter, e foi produzida por Daniela Torres, educadora de Bragança, Pará, Brasil, usada para trabalhar os invertebrados em Ciências para o Ensino Fundamental e em Biologia no Ensino Médio.
Daniela é também editora do blog Lela Orca: Bióloga, onde divulga sua prática escolar e sua produção de material pedagógico.
No blog há em destaque a relevante citação de Jean Piaget: "A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
A teoria precisa dialogar com a prática. E mais que isso, esta prática escolar precisa ficar documentada de forma audiovisual, escrita, etc para servir de acervo àqueles que virão. Uma grande oportunidade para projetos em coautoria entre professores e alunos.
Nesta perspectiva, o blog, de certa forma, pode ser pensado como um pequeno e criativo espaço de Educação a Distância, que o Educa Tube Brasil recomenda visitação do blog e sua página no Facebook, vide links abaixo:
LELA ORCA: BIÓLOGA (BLOG EDUCACIONAL)
LELA ORCA NO FACEBOOK
Além disso, Daniela Torres produziu com seus alunos o vídeo abaixo, intitulado Preconceito: O Filme, para ser exibido na X MOSTRA PEDAGÓGICA E CULTURAL DA EEEFM PADRE LUIZ GONZAGA, de Bragança, Pará. Que segundo a própria professora "É um recurso para trabalhar o preconceito em relação a algumas doenças e mostrar que homossexualidade não é doença".
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Fora de vista: Animação mostra as aventuras de menina que perde seu cão-guia (e o poder da imaginação)
O vídeo acima Out of Sight (Fora de vista, tradução livre) é um curta-metragem de animação que descobri no portal Catraquinha Livre, e conta as aventuras de uma menina cega que perde seu cão-guia.
Trata-se de "projeto de graduação de três estudantes da faculdade de artes de Taiwan, a National Taiwan University of Arts, que conta a história da pequena Chico", que passeia pela rua com seu cão-guia e alguém rouba sua bola. O cão corre atrás do ladrão e a menina se vê sozinha e guiada por tato, olfato e imaginação.
Ao se desviar do caminho que já conhecia, a menina adentra em um mundo desconhecido, dependendo de outros sentidos e do imaginário, criando literalmente uma outra dimensão.
Muitas vezes o educador se apega por demais aos seus cães-guia: livro didático, datashow, multimeios etc E essa dependência deve ser acessória e não principal, pois se falta energia elétrica, cai a conexão com a internet e todos acabam tendo que apelar para o famoso Plano B, que é a imaginação.
Promover pequenas expedições ao entorno da escola favorecem a imaginação quando sobrepostas ao conteúdo da disciplina. Estimular o olhar do aluno para a criticidade, seja de placas, anúncios, arquitetura dos prédios, para a estrutura das casas, das ruas, a sonoridade das ruas, o sotaque das palavras dos transeuntes. Enfim, uma gama de possibilidades existem para ser exploradas com simplicidade e criatividade. Além da abordagem de temas como inclusão, acessibilidade, alteridade...
O curta de animação é um ótimo material para uma provocação didática e metodológica, além de tecnológica e educacional, que o Educa Tube Brasil sugere aos educadores do século XXI e aos gestores escolares.
Fora da vista da escola há um mundo imaginário do aluno que precisa ser descoberto e incorporado ao fazer pedagógico, assim como cabe ao educador incorporar seu imaginário (sua bagagem sentimental) à sua prática escolar. Ser professor não é ser apenas mero reprodutor de conteúdo, mas produtor de material didático criativo a partir de sua experiência de vida, inclusive, como quando foi aluno, sua percepção, sua sensibilidade.
Sejam guias de si mesmos, usando a imaginação, a metodologia e didática mais adequadas a realidade local...
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Arte na prática: Sua Cultura #01 (reflexão sobre arte e cultura na educação)
O vídeo acima Sua Cultura #01 é produção da colega e amiga Carla Kalindrah ate educadora do Rio de Janeiro (RJ), Brasil e editora do blog Arte na Prática, que visa valorizar a arte, a cultura na educação.
Carla destaca a importância dos museus como patrimônio cultural. Para ela "a arte é um representante cultural". Causos, receitas histórias de uma região, do artesanato, da música tudo é artefato cultural que podem ser abordados numa região, e levados para a sala de aula, para o espaço escolar.
Transformar as coisas do cotidiano em encantamento na sala de aula. Para Carla há que se aprofundar o olhar e que essas trocas provocam justamente este encantamento do outro, quando conhece outras culturas.
Por fim, Carla convida àqueles (amigos das artes e parceiros educadores) que assistirem ao vídeo que troquem com ela suas experiências. E isso, pode ser, logicamente, através de seu canal de vídeos no You Tube e de seu blog, conforme links abaixo:
ARTE NA PRÁTICA - CANAL DE VÍDEOS
ARTE NA PRÁTICA - BLOG
Para surpresa do Educa Tube Brasil e seu editor, eis que Carla menciona este blog educacional no vídeo a seguir, intitulado 2D 3D 4D nas ARTES #03, o terceiro vídeo do canal Arte na prática, que discute as formas da utilizar a arte na educação. O Educa Tube e seu editor agradecem a gentileza e menção. :-)
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Gênesis 3.0: De Michelangelo às redes sociais digitais (GIF para refletir sobre tecnologia e educação)
O vídeo acima Gênesis 3.0: De Michelangelo às redes sociais digitais, é um criativo e divertido GIF que encontrei no Twitter e tomei a liberdade de fazer upload para poder refletir em meu blog educacional sobre arte, cultura, tecnologia, comunicação, linguagem, educação e sociedade.
A imagem (que não consegui localizar a autoria do GIF) se refere ao fabuloso afresco pintado por Michelangelo Buonarotti por volta de 1511, no teto da Capela Sistina, intitulado "A Criação de Adão", que representa o simbólico, emblemático e mitológico episódio do Livro do Gênesis, no qual Deus cria o primeiro homem.
Uma ótima "upgrade" de uma imagem clássica para refletir sobre "linguagem de sinais", comunicação, arte, cultura, educação entre gerações de pais e filhos, professores e alunos.
Apenas cinco segundos de imagem, mas uma mensagem universal e atemporal para uma profunda reflexão sobre nosso cotidiano. Entre o clássico e o moderno. Entre o antigo e o novo. Afinal, são eles intercambiáveis, uma coisa não precisa substituir à outra, mas podem dialogar, se comunicar. Cada geração deixa à próxima suas descobertas e também suas dúvidas e sonhos. Assim tem sido o caminho do conhecimento humanos, em que os mais antigos é que foram os primeiros inventores e descobridores: do fogo, da roda, e tudo mais.
Não precisamos mais inventar ou descobrir o que existe, mas o que temos visto são conceitos essenciais, atemporais e universais sendo aperfeiçoados, numa imensa upgrade séculos afora.
Dos homens das cavernas a Michelângelo foi salto imenso, um Renascimento. Hoje, estamos em outro momento em que os avanços tecnológicos fazem a ficção científica tornar-se premonição. Mas tudo é fruto da pesquisa, da experimentação, do erro que gera o acerto, das trocas de saberes, dos sonhos se tornando realidade. Mestres e aprendizes, professores e alunos, pais e filhos têm muito o que aprender um com o outro.
O que difere o ser humano dos demais seres vivos no planeta é justamente a nossa formal de comunicação, seja ela verbal, visual etc. Muitos dos conflitos que ocorrem é pela falta de comunicação, noutras pelo choque de gerações, cada um desconhecendo o mundo do outro. Neste contexto, a GIF acima, mais que criativo e divertido é um bom material para iniciar um debate sobre educação, arte, cultura, tecnologia memória e história em nossa sociedade.
domingo, 19 de fevereiro de 2017
A definição e o dever de um artista, feita por Nina Simone: o de refletir o seu tempo!
O vídeo acima O dever de um artista, trata-se de fala da cantora Nina Simone, e descobri via Twitter. Nina entende que o artista (seja ele escultor, pintor, poeta escritor, músico etc) deve modelar e dar forma também a sua sociedade e por conta disso, "Como você pode ser um artista e não refletir os tempos?", afinal, a arte deve ser, ao meu ver, uma provocação cultural um espelho distorcido do real mas que force uma visão crítica dessa realidade, que também é mais que modelada, manipulada pelos meios de informação, como uma Matrix.
O artista é o Morfeu que dá a pílula vermelha à sociedade. Que não aceita passivamente o que é imposto pelo Status Quo pelo famoso "sistema" que tenta padronizar comportamentos, Cada um é livre, ou deveria ser, para pensar por si mesmo e não terceirizar seu pensamento a outros espelhos e telas.
Graças aos artistas, sejamos mais janelas!
Segue abaixo link dos grandes sucessos da cantora "Eunice Kathleen Waymon [1933-2003], mais conhecida pelo nome artístico Nina Simone", que "foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos" (...) bastante conhecida nos meios musicais do jazz, mas trabalhou com diversos estilos musicais na vida, como música clássica, blues, folk, R&B, gospel e pop":
sábado, 18 de fevereiro de 2017
EATKARUS: história de um menino que desejava voar (publicidade que parece curta-metragem)
O vídeo acima EATKARUS foi indicação via Facebook da colega e amiga Marisa Barreto Pires, educadora de Rio Grande (RS) Brasil e trata-se de belíssima peça publicitária da empresa Edeka, que como se fosse um curta-metragem, conta a história de um menino que desejava, e vive em um mundo em que todos estão bem acima do peso.
Um comovente vídeo que tem a belíssima canção "All I Can Do" (Tudo que posso fazer), de Ben Kendrick (´´audio completo, ao final desta postagem), serve para se refletir não apenas sobre a questão da obesidade infantil sobre a alimentação saudável, equilibrada, balanceada, mas também sobre a superação dos desafios, da persistência na luta por seus sonhos e muito mais.
Eatkarus era um menino conformado com sua vida, até ver um pássaro pousar em sua janela e dali em diante nunca mais foi o mesmo... Tentou voar com balões, o peso impediu. Criou vários tipos de asas, o peso impediu. Até que viu a fruta que alimentava o pássaro e passou a se alimentar dela também. Além disso ele fez asas com folhas de jornal, imitando as de um pássaro e não mais de um avião. Ele de fato quis se transformar, e adotar a aerodinâmica de um pássaro...
Uma pequena história de pouco mais de 2 minutos cheia de metáforas: da vida que passa pela janela, do pássaro que pousa nela, dos sonhos que voam, da fruta etc. Sonhamos com voar e muito mais, e são esses sonhos que alimentam nossa vida. Precisamos para alçar voo, muito mais do que perder peso, mas ter a leveza do viver. Para tudo na vida há que se ter o devido equilíbrio entre o corpo e a alma, entre o sonho e a realidade. Ter objetivos não bastam. Há que se ter método, metodologia para que os meios nos levem a uma finalidade.
E o vídeo se encerra com lema: "Acredite nos seus sonhos, exercite-se, alimente-se bem, voe alto!"
Afinal, como diz o poeta que me habita: "Todo viagem é acima de tudo um voo à imaginação". Nem tudo se realizará literalmente em nossa vida, muita coisa será simbolizada, metaforizada, mitificada, mas tudo isso fará parte de nossa identidade enquanto indivíduo e enquanto integrante de uma comunidade.
Conforme destaca no Facebook Sitio Cercado, trecho de texto de Richard Bach, autor de Fernão Capelo Gaivota, de Longe é um lugar que não existe entre outros livros: "Tem alguma ideia de por quantas vidas tivemos que passar até chegarmos a ter a primeira intuição de que há na vida algo mais do que comer, ou lutar, ou ter uma posição importante dentro do bando?”
Enfim, para se bem viver, há que se também acreditar nos sonhos, exercitar a imaginação, alimentar os sonhos, voar alto...
Abaixo áudio completo da canção que faz fundo sonoro ao belo comercial:
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
A dupla aprendizagem: Não basta ser pai, tem que aprender a bailar com a filha
O vídeo acima, é reportagem da ABC News, e descobri via Facebook do colega e amigo Jarbas Novelino Barato, educador de São Paulo (SP) Brasil e editor do blog Boteco Escola.
Trata-se de iniciativa do "Centro de Dança de Filadélfia [que] mantém uma aula de ballet de São Valentim para os pais frequentarem com suas filhas e filhos... com resultados hilariantes".
Um vídeo divertido, mas que também é reflexivo, pois permite discutir a importância de estar presente do cotidiano dos filhos. Não importa se é através da dança, dos esportes, teatro, música, jogos, seja o que for.
Neste período de formação da identidade, a presença da família é essencial, não apenas como espectador, mas participante, parceiro das atividades, brincadeiras e tudo mais. É um período que passa rápido demais e que não tem como voltar atrás.
Muitos professores conseguem empatia com os alunos quando participam de atividades extraclasse, que podem ser extensão do seu fazer pedagógico, incorporando a este a arte, a cultura, a música, os esportes etc.
Tanto o pai como o professor, na posição de aprendiz, de balé ou outra atividade, consegue refletir sobre seu papel social como educador. Percebendo que coisas que parecem fáceis para as crianças e jovens são difíceis para os adultos e vice-versa. Ou seja, a dupla aprendizagem, do aprender a aprender, sendo também um eterno aprendiz. br />
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
A solidão na América Latina, fabuloso discurso de Gabriel García Márquez, durante Prêmio Nobel de Literatura (1982)
O vídeo acima, "A solidão da América Latina", foi indicação preciosa do amigo e vizinho Javier Garcia López, professor do IFRS Campus Rio Grande.
Trata-se de belíssimo, filosófico, mágico, trágico e poético áudio do discurso de Gabriel García Márquez, quando recebeu o Prêmio Nobel de Literatura (1982).
Um discurso que dialoga com texto "El reino de este mundo", de Alejo Carpentier sobre o "Real Maravilhoso" e com "Nuestra América", de José Martí.
Três ótimos textos para tratar de arte, cultura, história, filosofia sociologia, literatura e sociedade.
Abaixo o vídeo com imagem de Gabriel García Márquez, proferindo o referido discurso:
As oito tendências da educação contemporânea, por Michelle Sander ao TED
Tendências da educação contemporânea - TEDxMauá - Michelle Sander from Perestroika on Vimeo.
O vídeo acima Tendências da educação contemporânea, descobri na rede social e trata-se de apresentação ao TEDxMauá (2014), de Michelle Sander, publicitária e consultora envolvida com a educação, integrante da Perestroika: escola de criatividade.
Michelle destaca oito tendências da educação na atualidade:
1 tecnologia (e seu uso criativo na educação);
2 descentralização (mediação da educação);
3 personalização (respeitar a individualidade do aluno);
4 storytelling (narrativa educacional, como uma grande contação de histórias);
5 gameficação (aprendizagem por fases em jogos de aprendizado);
6 desescolarização (aprender fora da escola tradicional);
7 escola + vida (o cotidiano trazido pra dentro da escola),
8 experiência (um teste de imersão com a plateia usando venda nos olhos e que pode ser replicado com alunos, aproveitando a imaginação e o imaginário).
Um vídeo bem interessante para provocar uma reflexão e promover um debate entre educadores.
Como tenho dito a professores, em minhas andanças diletantes pelas escolas: "Se os equipamentos e seus jovens usuários trazem em si os conceitos de mobilidade, portabilidade, interatividade, intuitividade, convergência, cabe à educação incorporar essas questões ao cotidiano escolar...
Como bem destacou na fala de Michelle Sander, o colega e amigo Robson Garcia Freire, educador e editor do blog Caldeirão de Ideias:
O vídeo pode ser resumido no que ela fala no final:
"Qual o modelo vencedor? Qual modelo eu posso aplicar na minha escola?
A resposta é super simples: NENHUM.
Fazer essa pergunta é não entender o modelo, não entender o contexto, não entender o randômico, não entender que o que vale é a diversidade, o que vale é a pluralidade... é entender que é o conjunto que forma a onda." (Michelle Sander).
Fato, pois não existe uma RECEITA DE BOLO, para ser repetida em ingredientes e modo de preparo a todas as escolas. A educação não pode ser um processo padronizado, feito uma linha de montagem, como bem critica Michelle, no início de sua fala. O educador do século XXI precisa valer-se de sua bagagem sentimental, ter consciência que esta geração é audiovisual, colaborativa e dinâmica.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Você consegue mesmo dizer se uma criança está mentindo? divertida palestra de Kang Lee ao TED
O vídeo acima Você consegue mesmo dizer se uma criança está mentindo?, descobri via Twitter de Edney Souza, consultor e professor de São Paulo (SP), Brasil.
Trata-se de criativa e divertida conferência ao TED, feita por Kang Lee, "pesquisador de desenvolvimento Kang Lee estuda o que acontece fisiologicamente com as crianças quando elas mentem. Elas mentem bastante, desde os dois anos de idade, e na verdade são muito boas nisso. Lee explica porque devemos comemorar quando as crianças começam a mentir e apresenta uma nova tecnologia de detecção de mentiras que pode um dia vir a revelar nossas emoções ocultas".
Um interessante vídeo para reflexão de pais e professores, sobre seus filhos e alunos, sobre o imaginário infantojuvenil sobre a importância do contar histórias, inventadas ou não.
Esta conferência de Kang Lee me lembrou dois momentos poéticos que podem servir de link para a Educação: o primeiro, verso do poeta Manoel de Barros, "Tudo que não invento é falso", e a canção do grupo O Teatro Mágico, vide clipe abaixo, em que um de seus versos da canção "Eu não sei na verdade quem eu sou", diz que "escola é onde a gente aprende palavrão".
O grupo O Teatro Mágico mescla música, dança, teatro, circo, poesia e muito mais, e a referida canção é uma pequena declaração de amor à vida. O verso em questão "Escola é onde a gente aprende palavrão", mais que lugar-comum é a consciência de que é na escola que se socializa tudo, se aprende de tudo, sejam palavras palavrinhas e palavrões...
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
A menina que trocava livros e criou biblioteca para crianças na Índia
O vídeo acima, que intitulei de A menina que trocava livros, descobri no Twitter, em versão legendada um espanhol e trata-se da iniciativa de Muskaan Ajiwar, uma menina de 9 anos, de criar uma biblioteca para crianças em Bhopal, na Índia. (Aqui versão em inglês).
A ideia surgiu da consciência de Muskaan, de que seu bairro (em Bhopal, na Índia) necessitava de uma biblioteca e as crianças precisavam ler.
A biblioteca de Muskaan foi inaugurado em janeiro de 2016 e conta com a doação de livros de todas as partes da Índia, além de doações dos EUA e da Austrália.
Todos os dias, depois da escola, Muskaan reúne crianças para atividades diversas em sua biblioteca.
Uma belíssima iniciativa de uma menina que trocava livros e quis montar sua biblioteca. Algo que mostra como há muita coisa bonita acontecendo mundo afora, e como iniciativas individuais podem contar com o apoio de uma comunidade e ir além desta.
Uma biblioteca é uma entidade viva, enquanto os livros adquirem vida nas mãos de seus leitores.
Precisamos construir mais bibliotecas e escolas do que muros e prisões...
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Varinha quebrada: animação sobre tecnologia que se presta a reflexão sobre educação
O vídeo acima Broken Wand (Varinha quebrada), foi indicação via Twitter do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador do Rio de Janeiro (RJ) Brasil e editor do blog Caldeirão de Ideias.
O curta-metragem de animação de Anne Yang & Michael Altman mostra um mágico idoso tentando chamar a atenção de um jovem com o olhar fixo em seu telefone celular. O mágico tenta de todas as maneiras (e com todos os truques que conhece) conseguir a atenção do menino, mas sem êxito. De mágico, torna-se equilibrista, malabarista e nada acontece... Até que quem faz a verdadeira magia é o menino que transforma o celular numa pomba branca.
Uma animação que se presta a pequena reflexão sobre a educação e o ato de educar, que pode ser mágico ou trágico, conforme a metodologia e didática empregadas pelo professor. Aquele que não domina o meio ou os multimeios, melhor nem utilizá-los, sobe pena destes tornarem-se uma "varinha mágica quebrada" para alunos que dominam melhor que um adulto as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC_). Ao professor é necessário que domine o conteúdo e que saiba adaptá-lo a meios e multimeios que sejam adequados àquela atividade. E para isso, ele nem precisa ser um expert em tecnologia mas precisará ter a sensibilidade de contar com alunos que sejam lideranças positivas em suas turmas e que sirvam de elo e ligação entre a educação e a tecnologia.
Não é preciso ensinar ás crianças e jovens como usar um telefone celular, um smartphone, a internet o computador, pois isto eles já conhecem bem antes de entrarem para a escola. Mas o educador do século XXI precisa conhecer a linguagem deste jovem, seu universo, estabelecer troca de ideias que promovam troca de saberes, pois o professor pode, sim, aprender com seu alunado e este pode ensinar a seu professor as novidades, cada vez mais surpreendentes da tecnologia.
Entretanto, por mais experts em tecnologia que possam ser os alunos, e que se valham do Google e You Tube para suas pesquisas, ninguém superará a bagagem e a formação de um professor que se qualifica, se capacita, se atualiza.
A magia da educação está não na varinha, que pode ser um smartphone, um datashow ou outro equipamento eletrônico, mas na transformação da informação em conhecimento mútuo, em que toda a comunidade esoclar se beneficia.
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Educação para o trânsito e para a sociedade: exemplo de cidadania e civilidade em túnel da Coreia do Sul
O vídeo acima Reação de motoristas sul coreanos quando acontece um acidente dentro de um túnel, descobri na rede social e como o título indica, mostra uma bela educação para o trânsito, além de exemplo de civilidade, solidariedade e cidadania.
Exemplo que precisam ser replicados, incentivados e divulgados.
Ainda que seja noutro país e noutra cultura, há muita coisa boa acontecendo no mundo que pode contagiar as pessoas e servir para uma reflexão sobre o social e universal acima do particular e do individual.
A exceção pode ser a regra àqueles que vivem em comunidade.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
O mistério da criação na geometria de Deus: de Kepler a Einstein por Gleiser
O vídeo acima O mistério da criação: de Kepler a Einstein, descobri no You Tube e trata-se de interessante material produzido por Marcelo Gleiser, físico e escritor brasileiro, e divulgado em 2007 no portal Fronteiras do pensamento, em "que explica a criação do modelo planetário de Johannes Kepler e como ele tentou desvendar os mistérios do mundo utilizando a geometria".
No referido vídeo, "Gleiser esclarece que este pensamento pitagórico, que tenta compreender o mundo através da geometria, prosseguiu através dos tempos, chegando a Einstein, que também afirmava que era possível descobrir os mistérios da natureza utilizando a matemática.
Segundo Kepler: "A geometria deu a Deus um modelo para a criação. A geometria é o próprio Deus".
Ótimo material de divulgação científica que mostra a "geometria de Deus", presente no universo. Ótimo para trabalhar nas aulas de história, filosofia e matemática.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
A vida imita o videogame: drone filma parkour, com posterior edição de efeitos digitais
O vídeo acima 2D RUN - MMP 3 (Mixed Motion Project), descobri na rede social, através do portal GQ e trata-se de criativa ideia de unir "drone, parkour e muita ação" para criar um vídeo que parece um videogame da vida real.
O vídeo brinca com o universo dos games clássicos em 2D aliando os saltos do parkour aos efeitos visuais de moedas na tela, tudo captado do alto por um drone.
O resultado de fato é similar a um Super Mario Run só que no mundo real.
Saber incorporar o imaginário dos esportes, jogos, arte e cultura ao universo escolar é uma grande ponte para se aprender brincando, pois muitos vídeos simples, usando ou não drones, podem ser criados, utilizando a criatividade e essa memória sentimental do professor, seja valendo-se do cinema, da literatura, do teatro, da dança, da música, de alguma atividade física ou manifestação cultural.
O que não pode ser a coisa pela coisa em si apenas focada na diversão. Há que se saber unir o útil ao agradável, o conteúdo programático à bagagem sentimental.
Abaixo, outro impressionante vídeo que une Parkour Drone e tecnologia 4k de alta resolução chamado Storm Freerun - Drone Parkour in 4K, que parece também um jogo eletrônico:
Projetos que exigem grande organização entre o praticante do parkour e o piloto do drone, que a distância precisa acompanhar o corredor, pensar um roteiro, a sequência da imagens etc.
domingo, 5 de fevereiro de 2017
A arte urbana de Julien Malland: um artista que estuda o contexto e a cultura do local
O vídeo acima Arte de rua de Julien Malland foi indicação via Facebook da colega e amiga Marisa Barreto Pires, educadora de Rio Grande (RS) Brasil. Malland é um artista francês que viaja pelo mundo pintando imensos murais, conhecidos como Seth Globopinter. Um artista que estuda a cultura local para pintar e interage com os artistas locais para dar contexto e sentido aos murais. Além disso, Julien publica livros, e o mais recente é Extramuros.
Uma bela iniciativa deste pintor de conhecer a realidade local para poder produzir sua arte. Assim deverá ser o educador de século XXI conhecer o contexto de sua comunidade para melhor poder interagir com seu alunado dando maior sentido e significado a seu fazer pedagógico junto aos seus alunos, escola e localidade em que está inserido.
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Um professor impressionante e sua memória sentimental na assinatura corporal de seus alunos
O vídeo acima que intitulei O professor impressionante e sua assinatura corporal, foi indicação via Facebook do amigo Fernando Luis músico e poeta de Rio Grande (RS), Brasil e editor do blog Zé Urbano.
Trata-se da incrível iniciativa de Barry White Jr., professor de inglês do quinto ano da Ashley Park PreK-8 School, em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), que elaborou criativo aperto de mão personalizado, com que ele saúda cada um de seus alunos na entrada da sala de aula. Aperto inspirado na personalidade dos jovens que proporciona empatia, emoção e energia no convívio escolar.
Conforme entrevista dada pelo professor ao canal ABC News, e reproduzida pelo Yahoo Barry diz que iniciou este aperto de mãos com os alunos do 4º ano, mas que "Este ano eu comecei a fazer apertos de mão com as crianças no recesso. Foi apenas um ou dois alunos e, em seguida, tornou-se contagiosa", acrescentou. "Eu vi o quanto isso significava para eles, então eu disse: 'Vamos lá. Todo mundo vem'. Então era minha classe inteira". Logo este gesto se espalhou pelas demais turmas do professor." White alega ter uma memória muscular que o faz lembrar de todos os movimentos por mais diferentes que sejam. "Eu faço isso muito com eles. Eles adoram vir até mim e fazê-lo. Eu só sei os certos movimentos que são com determinadas crianças, porque é personalizado. Por exemplo, eu comecei uma equipe de passo na escola. Alguns dos meus alunos do 5º ano que ensino estão na equipe de passo e você notará que damos um passo em seus apertos de mão." Em tempos que se fala em padronização, pensar que a aprendizagem é única e cada qual aprende de um jeito próprio, a iniciativa de White de personalizar um cumprimento e provavelmente uma interação com seus alunos é algo inspirador.
White é fã do time de basquete Cleveland Cavaliers, e diz que se inspirou nos apertos de mão dos seus jogadores para depois reproduzir com seus alunos, principalmente depois de ver LeBron James, seu jogador preferido, fazendo a mesma coisa com seus companheiros de equipe.
Interessante associação entre o esporte e a educação.
Para a Meaghan Loftus, diretora da escola: "A única maneira de ajudar nossos estudantes a alcançar níveis elevados todos os dias é abraçar a necessidade de um relacionamento significativo e profundo". "Os apertos de mão de Barry representam sua própria tomada autêntica em construir aqueles relacionamentos. Quando entro nas salas de meus professores, vejo o impacto desses relacionamentos fortes e confiantes."
Toda forma de linguagem é válida na comunicação entre professores e alunos, pais e filhos e a linguagem visual e corporal é algo que as crianças e os jovens, que pertencem a uma geração audiovisual encontra um amparo e uma reciprocidade. Educar é estabelecer pontes, e saber dar sentido ao estar numa escola, é estabelecer diálogos utilizando a arte, a cultura, o esporte e outras manifestações que fazem parte do cotidiano do aluno fora da escola, incorporando-o ao fazer pedagógico. Mas como bem demonstra o professor Barry: há que se ter um significado primeiro para o professor para depois ser significante e contagiar o aluno. O professor deve fazer algo que pra ele também seja importante e não apenas tentar agradar o aluno, pois este sabe quando a atividade é autêntica ou apenas improvisação.
Sejamos, pois, autênticos a nossa memória sentimental e a utilizemos dentro de uma proposta que una o útil ao agradável, o social ao educacional, como o professor White faz com seus alunos e a retribuição é imediata. :-)
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Mais cinco minutos: animação sobre o poder da brincadeira e da imaginação
5 MORE MINUTES - animated short from Tom Yaniv on Vimeo.
O vídeo acima Five More Minutes (Mais cinco minutos, tradução livre), trata-se de criativa animação de Tom Yaniv segundo o próprio: inspirada em sua filha e mostra justamente uma menina no balanço, em um ato de recreação que ativa toda uma imaginação...
O brincar e o aprender deveriam andar de mãos dadas, pois a criatividade é despertada muitas vezes durante processos recreativos. O brincar é algo que não pode se restringir apenas a momentos de intervalo ou fora da escola. É possível aprender brincando e brincado aprender.
Apenas cinco minutos de intervalo ou alguma atividade que quebre o ritmo de algum projeto longo pode ser um grande fator de estimulação e de interação.
Um belo vídeo para uma provocação pedagógica e sociológica, pois cinco minutos a mais podem fazer, sim, uma significativa diferença na vida de uma criança, jovem e até adulto.
Muitos educadores e seus alunos têm produzido animações, curtas-metragens, vídeos diversos em apenas 5 anos de duração justamente utilizando o poder da concisão audiovisual para passar uma mensagem artística, cultural, educacional e social.
A própria figura do balanço, do balançar-se, do fazer pequeno balanço (avaliação) pode ser utilizada nalguma dinâmica de grupo, numa reunião de professores, ou de professores com pais e alunos.
Marcadores:
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