@glaucosantosprof Toda vez que saem os resultados do Pisa, maior avaliação mundial sobre educação, os ditos “especialistas” em educação dos institutos e fundações empresariais saem na TV e nos jornais sugerindo uma série de medidas que os Professores deveriam fazer para que o Brasil suba no ranking do Pisa. 🤦🏽♂️ O que ninguém fala é que esses países do topo só estão lá, porque investiram pesado na qualificação, na remuneração e no status social dos Professores. 🤓 Só com valorização do trabalho docente é que conseguiremos transformar a educação brasileira. 💪🏽 #peofessores #professor #professora #pisa #educacao #finlandia #noruega #estonia #china #cingapura #ranking #escola ♬ som original - Prof. Glauco Santos
O vídeo acima, encontrei no Tik Tok do professor Glauco Santos e é um audiovisual de curtíssima duração, mas que permite longas e profundas reflexões, análise e debates dentro do ambiente escolar [entre professores, gestores escolares, funcionários, alunos e pais], no ambiente familiar [entre pais e filhos] e no ambiente político e social [entre gestores públicos, empreendedores, empresários etc.
Muito se fala Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes [PISA}, mas como bem destaca o professor Glauco Santos, muitas vezes é uma análise quantitativa [números, dados, estatísticas], porém, nem sempre qualitativa, como ele propõe. Ao invés de focar apenas nas metodologias e equipamentos eletro-eletrônicos, que tal a devida valorização salarial e reconhecimento social dos educadores? Investir na carreira, como faz a Finlândia e outros países, que garantem a formação profissional do professor até o mestrado, dando-lhes salário digno, turmas de até 25 anos e não 40, 50. Os profissionais do ensino sendo destacados por governo e sociedade, e não aqui, sendo vítimas de fake news, de ataques sistemáticos por extremistas, tendo que lidar com pressões as mais variadas, baixos salários, falta de infratestrutura, principalmente na rede pública.
O PISA avalia o rendimento dos estudantes, mas também das escolas e dos professores, de forma indireta, mas sem analisar profundamente as reais condições socioeconomicas e estruturais das escolas. É uma reality show distanciado da realidade local.
Investir no capital humano, mais do que nos equipamentos tecnológicos, pois com uma boa formação e capacitação continuada, o próprio professor vai se atualizando, revendo seus métodos, trocando experiências com seus pares.
O que assistimos atualmente, no contexto brasileiro, é uma invasão, interferência cada vez maior de elementos sem formação na área, de celebridades a apresentadores de TV, de jogadores de futebol a pastores midiáticos, de políticos extremistas a influencers digitais, todos querendo "ensinar o padra e rezar a missa", como diz aquele ditado popular.
Não vemos professores querendo impor seus métodos a quem quer que seja, mas sim, passar conteúdo educativo aos alunos, muitas vezes chamados de doutrinação, no sentido pejorativo, sem levar em conta que a palavra "doutrina" significa a reunião de conhecimentos sobre determinada área, seja ela religiosa, militar, filosófica, artística, literária, cultural, social etc. Por sinal, muitos dos que acusam profesores de doutrinação política estão envolvidos com projetos políticos partidários extremistas, talvez, faltando às aulas de interpretação textual, de filosofia e sociologia, que tanto combatem.
De tudo que Glauco Santos nos remete, fica a breve lição que a educação é reflexo da sociedade em que vivemos, e, se quisermos melhorar os índices de desempenho no PISA e noutros avaliadores nacionais e internacionais, precisamos, enquanto nação, e não apenas governos transitórios, investir maciçamente mo educador, pois é ele que mantém funcionando a pleno vapor A GRANDE M[AQUINA DO CONHECIMENTO que é a escola, como uma RODA GIGANTE de experiências sociais, através das trocas de saberes entre os alunos, os alunos com os professores, os professores entre os seus pares, gestores com os educadores, pais com filhos e muito mais.
Em tempo: Cabe salientar que nenhum professor, por mais qualificado que seja seu currículo, consegue viralizar, engajar nem monetizar seu conteúdo educativo, enquanto que influencers digitais replicam seus teorias conspiratórias, sendo seguindos por milhares. E isso diz muito sobre uma sociedade.
Exemplo disso é o apagão de professores que está em curso no Brasil, em vídeo d Pesquisa FAPESP, logo a seguir, que ilustra bem isso:
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
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