sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Mia Couto conta poeticamente como se tornou um leitor e um escritor de poesia e prosa
O vídeo acima A literatura por Mia Couto, descobri via Twitter da amiga Vanize Lemos, jornalista, repórter e fotógrafa de Teresina, Piauí, Brasil.
No referido vídeo, o escritor moçambicano conta como se tornou leitor e escritor, tanto de poesia como de prosa do papel de seu pai, também poeta, como seu primeiro incentivador e divulgador, dos escritores que influenciaram seu fazer poético como o brasileiro Jorge Amado e muita coisa mais em poucos minutos.
A importância da leitura para a escrita, todos sabem disso, mas como já foi dito por vários: não existe o bom escritor sem antes um grande leitor, não apenas de livros, de palavras, mas de imagens, de paisagens, de pessoas, da sociedade...
E este processo de construção do escritor a partir do leitor, a família e a escola têm papel fundamental, de fundação mesmo. Lembro de minha mãe, quando ía visitá-la (já que fui criado por meus avós paternos), de sempre ter livros, revistas, jornais, HQs por cima da mesa da sala... Ela nunca me disse: leia isso, leia aquilo. Simplesmente eu a via lendo e passei a me espelhar nela, lendo de tudo um pouco: de livros, revistas, jornais, HQs, sim, até álbuns de figurinhas, almanaques do pensamento (distribuídos pelas farmácias, com curiosidades), até me associar na biblioteca pública da cidade e adentrar de vez, ainda na adolescência, no mundo mágico da Literatura e de lá nunca mais me exilar...
Fazendo o link com essa imagem poética de meu passado, utilizo a imagem abaixo, encontrada na linha do tempo do Twitter da amiga Vanize, que envolve três gerações de mulheres, e que lembra minha história de vida com minha mãe e meu filho, também um grande leitor:
Observação: A imagem acima, trata-se de fotografia de Candelaria Rivera, em 'Amor de Campo', na Nicarágua. E a legenda que consta lá é de citação de Paola Klug: "A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo".
Ler e escrever é saber entrelaçar as palavras que geram narrativas de vida, ficcionais ou não, digo eu.
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Que lindo, Zé! Que possamos sempre alimentar o leitor nosso de cada dia e ajudar aos nossos jovens e crianças que também o façam.
ResponderExcluirSim, amiga Marli. É o nosso compromisso como educadores. Um grande abraço!
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