segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Meditação em um instante, por Martin Borosson



O vídeo acima, One Moment Meditation (Meditação em um instante), de Martin Borosson, descobri via Facebook de Fernando Mozart, cineasta do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, que atua na Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia do Rio de Janeiro.
Diante da cada vez maior "aceleração do tempo", ou melhor, a sua sensação, às vezes precisamos desacelerar nosso tempo interior, buscando justamente dentro de nós mesmos o alívio para as situações estressantes do cotidiano, seja no estudo, no trabalho, no trânsito, nas redes sociais, enfim, tanto no mundo dito real como nos espaços virtuais de interação.
Recentemente me vi envolvido numa falsa polêmica, em uma rede social, pela má interpretação de minhas palavras. Eu criticava e refletia sobre situações em minha cidade, e uma pessoa conhecida fez diversas intervenções que foram se agravando no tom, até que precisei intervir e fui mal recebido e interpretado, e simplesmente a jovem começou a desferir palavras duras contra mim, chamando-me inclusive de hipócrita. Disse-me que o pai dela sempre falava: "Quem fala muito pouco faz" e que eu deveria ter um espelho para me olhar. E que não adianta falar se nada se fizer para mudar...
Tudo por que refleti sobre crescimento e desenvolvimento humanos, sobre custo de vida na região, sobre o choque cultural etc.
Primeiramente, fiquei surpreso, pois se fosse uma ilustre desconhecida, relevaria, mas sendo conhecida (morando atualmente noutro estado) e, em tese, conhecendo uma pequena parte de minha vida e trabalho (dos 25 anos de exercício, 20 deles dedicado à educação, com diversos projetos e atividades de valorização de educadores e da própria Educação), me chamar e acusar, só por que contra-argumentei, achei desproporcional. Ainda mais que sempre fui cordial e procuro sempre manter o mínimo de gentileza, até quando criticado. Tentei contato, ainda naquele momento pela rede social, para amenizar a situação e foi ficando pior o tom de minha interlocutora, tanto que ponderadamente concluí minha fala/escrita, antes que a coisa piorasse ainda mais. Logo em seguida ela me deletou de sua rede de amigos, dizendo inclusive que não possuía amigos e sim conhecidos.
Sinceramente, até hoje, quando faço pausa para pensar no ocorrido, não encontro uma explicação lógica para o acontecido, mas que uma coisa é certa: a intolerância, a agressão, a discussão e/ou o desrespeito normalmente são frutos de situações mal resolvidas e mal interpretadas que, como uma bomba-relógio, esperam apenas uma fagulha para acender o estopim, apenas uma gota d'água para transbordar a represa interior. Mas o que mais me impressionou no acontecido é o chamado "fogo amigo", que nunca esperamos, mas acaba acontecendo.
A breve e necessária lição que Martin Borosson nos brinda acima é algo que precisamos refletir no dia a dia, como educadores, sujeitos a crítica, tanto do alunado, de colegas, de pais de alunos, da comunidade em geral.
Ainda que sob pressão, somos o que chamo de "A pedagogia do Exemplo", e devemos, principalmente em situações críticas, pausar para contornar os problemas, sem deixar que questões universais sejam levadas para a questão pessoal, o que mal comparando, lembra-me a própria situação do condutor de veículo automotor, que ao fazer uma curva precisa desacelerar para não sair fora da pista. Assim sendo, devemos nós, pessoas em geral, nos portarmos em comunidade, pausando e pensando, meditando, nem que seja por uns instantes. Vendo o que erramos e o que acertamos, sejamos ou não educadores. Talvez, se fizéssemos isto diariamente muita coisa pudesse mudar ou situações constrangedoras pudessem ser evitadas. Repassar este conselho a nossa rede de amigos, colegas, conhecidos, vizinhos não custa nada e poderá no futuro nos ser um ótimo aliado na vida e no trabalho.
Como bem disse Mahatma Gandhi: "Sejamos a mudança que desejamos para o mundo". Que esta mudança comece primeiramente por nós. Não existe crítica sem autocrítica, sempre digo. E precisamos ter a consciência de que toda a ação gera uma reação, uma das mais conhecidas leis da física, e revogam-se as disposições em contrário.

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